Cuna de Lobos (2019) – A covardia de Francisco



“Sou capaz de entregá-la!”
Francisco foi um personagem dificílimo de assistir – ele passou ANOS sendo amante de Catalina Creel, e desde a morte de Carlos ele a segue feito um idiota, apoiando tudo o que ela faz, ainda que ela cometa umas atrocidades… e ele diz que não a apoia, mas eu cansei de ouvir o Francisco dizer que “isso é demais”, porque embora ele dissesse isso, ele nunca fez nada contra Catalina… Ambar tenta incentivá-lo a fazê-lo, dizendo que se ele fosse corajoso ele faria a coisa certa e a entregaria à polícia, e José Carlos também tenta convencê-lo a se entregar… só assim ele pode provar o que vem dizendo: que ele quer ajudá-los a derrubar Catalina. A única ajuda real que ele dá é um pen-drive com informações contra Catalina, um pen-drive que José Carlos eventualmente entrega a Alejandro: se ele está mesmo tão bravo com a mãe e quer que ela pague, então que se junte a eles…
Alejandro teria coragem ou a covardia vem de família?
Ele sempre foi muito covarde até então!
Fiquei animado pensando que talvez fosse a hora de Francisco se levantar contra Catalina, porque ele tinha informações sobre o tráfico de diamantes o suficiente para enviá-la para a prisão… mas a verdade é que, se ele vai atrás da própria Catalina (!) para dizer que “é capaz de entregá-la”, ele não vai entregá-la mesmo, no fim. Francisco a aconselha a fugir (por que ele dá essa opção a ela?), mas Catalina nunca quis fugir… em uma cena fortíssima entre Francisco e Catalina, ele resiste ao seu jogo de sedução, e então ela coloca uma arma no queixo dele, pronta para dar um tiro em sua cabeça, e o beija, enquanto uma lágrima escorre do rosto de Francisco, uma representação perfeita do quanto ele é patético, e do quanto ele nunca vai passar disso… é como Ambar diz: ele nunca fez nada, e entregar o pen-drive tampouco é muita coisa.
Ele é covarde, ele foge, ele delega…
A própria Ambar diz que “ele é patético”.
José Carlos, enquanto isso, está pensando em ir para Serra Leoa, em busca de mais provas contra Catalina, mas o problema é que ele está sendo atraído para lá porque sabotaram o avião do seu voo e querem que ele morra antes mesmo de chegar ao seu destino… antes da viagem, no entanto, ele tem uma “despedida” com Leonora, e os dois conversam, os dois voltam a se beijar e, dessa vez, eles acabam passando a noite juntos, acabam transando… no dia seguinte, José Carlos é uma pessoa radiante, pensando no futuro, saindo para comprar um anel de compromisso, mas Leonora não está com a mesma reação: ela está decidida a ir embora. Chorando, ela conta o que aconteceu a Luis (é doloroso ver o Luis escutando isso tudo), e explica os seus motivos para ir embora, para se afastar de toda essa história… e ela deveria mesmo ter ido embora.
Teria sido muito melhor…
Luis, por sua vez, CONTINUA SENDO UM HOMÃO. Ele está de coração partido (e eu estava me perguntando se não podia cuidar dele), mas ele diz a Leonora que “José Carlos a ama”. Depois, percebendo que as coisas com Leonora nunca poderão dar certo mesmo, Luis tem uma cena LINDA com a sua ex-esposa, de uma relação que foi construída ao longo de vários capítulos de “Cuna de Lobos”, em pequenas cenas. Eles se aproximaram, eles reaprenderam a se respeitar e a se admirar, e agora eles conversam no parque, e ela fala sobre como ela o admira e como ela se preocupa com ele… então, os dois resolvem dar uma chance para essa reaproximação que aconteceu naturalmente (Te extraño. Si tú quieres… quiero intentarlo de nuevo), e eu gostei de vê-los sorrindo, de vê-los se beijando, e de ver o Martín todo feliz celebrando com eles ao ver o beijo…
O Luis merece tanto ser feliz!
Gosto muito de uma cena que Ambar tem com Alejandro, e de uma cena que, depois, Alejandro tem com José Carlos. Ambar pergunta a Alejandro por que ele não vai embora e se afasta de Catalina, é o melhor para ela, e parte de Alejandro realmente quer isso… quer se afastar, começar uma nova vida. Então, ele resolve deixar todas suas ações na empresa para Edgar, e embora eu não goste de Alejandro e de toda essa jornada de “redenção” que desenham para ele às pressas no final de “Cuna de Lobos”, eu me emocionei com a cena que ele teve com José Carlos… naquela cena, quando diz para José Carlos que está deixando as ações para o pequeno Edgar (!), Alejandro diz que “o ama muito”, e o irmão recebe aquilo com certo choque, porque ele nunca tinha dito isso antes… então, os dois trocam um abraço, e é triste ver que eles podiam ter tido uma história completamente diferente se não fosse a constante interferência de Catalina.
Triste.
Por fim, o pai de Álvaro vem atrás de Alejandro, e então Alejandro tem um motivo para continuar ali, pelo menos por mais algum tempo… ele não tinha nenhum compromisso com Álvaro nem nada assim, mas a morte dele é, em parte, sua responsabilidade. Ele nem sabia que Álvaro estava morto, mas quando seu pai mostra a matéria de jornal e diz que “quer saber quem foi que o matou”, Alejandro decide que vai averiguar e que, assim que souber, ele mesmo virá contar para ele… mas a verdade é que Alejandro não tem provas, mas ele sabe muito bem quem foi que matou Álvaro, quem é que podia fazê-lo: a mesma pessoa que matou Miguel. Então, ele liga para Luis, apenas para confirmar: “Você sabia da morte de Álvaro? Foi a minha mãe, não foi?” Alejandro sabe que sim, mas agora ele vai ter que encontrar uma maneira de provar que foi ela.
E, assim, ele se junta à guerra contra Catalina.


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