Humans 2x06e07 – Episodes 6 & 7


“It’s time for them to fear us”
Mais dois episódios SENSACIONAIS de Humans que mostram, definitivamente, a que a segunda temporada veio. Muito mais instigante que a primeira, a trama assume proporções inimagináveis com uma história mais complexa e ampla – e enquanto nos preparamos para o grande clímax, nós começamos a sentir saudade desde já. Começamos entendendo, de fato, a trama dos SERAFINS através de uma propaganda já pronta da Qualia que chega a causar calafrios: sintéticos crianças com atualizações de corpo anuais, que pensam, sentem, amam e aprendem, como qualquer criança normal. Entendemos, então, qual é realmente o propósito de Athena na Qualia que é, acima de tudo, descobrir como os synths conscientes que são capturados pela empresa adquiriram essa consciência para, então, poderem jogar isso nos sintéticos infantis produzidos ali, para que possam ser comercializados… nem vem, nem por um segundo caímos naquele papo altruísta de “ajudar as pessoas que mais precisam”. Entendemos a intenção de fato nisso tudo.
Episode 6
O sexto episódio leva Mia de volta para a Família Hawkins, como Anita. É um pouco angustiante, mas acima de tudo eletrizante. É simultaneamente bonito, tenso e triste quando Laura a vê e, feliz com sua presença, a abraça… seu desespero ao se dar conta do que aconteceu, de como “Anita” parece um synth comum e perguntar “Mia, are you in there?” é palpável. É claro que a reação é difícil, é claro que a família está desconcertada, nada preparada para essa situação. Enquanto isso, Niska anda pelas ruas, fugindo, com sintéticos a encarando onde quer que ela vá, e Mattie se aproxima de Leo e aprende sobre o seu plano e de Hester contra a Qualia, enquanto Hester é absolutamente inconveniente compartilhando informações demais sobre como transou com o Leo, por exemplo… a Mattie definitivamente não precisava daquelas coisas. Enquanto isso, Athena reúne todo o grupo de sintéticos conscientes apreendidos pela Qualia em busca de informações sobre o paradeiro de Leo Elster…
Enquanto isso, nos apaixonamos cada vez mais pela perfeição que é o personagem de Odi. Nos afeiçoamos tanto a ele, desde a temporada passada, que sentimos toda sua dor e confusão, andando perdido nas ruas e chegando à igreja. Seu depoimento, lá, é arrepiante: “I’ve recently gained self awareness. And I’m having difficulty finding purpose or meaning”. Foi uma cena linda e fofa a dele no confessionário, e tudo o que ele sabe fazer é isso: ajudar as pessoas. É o que ele fez a vida toda, é o que dá sentido à sua existência. É com muita dor que acompanhamos o desfecho de sua história no episódio seguinte, e sua carta impactante deixada para Mattie: “Thank you for a glimpse on another life. It was a great gift, but I cannot accept it. Goodbye. Odi”. Assim, perdemos Odi com consciência, mas aquela existência de sofrimento por não encontrar um propósito pelo qual viver não estava lhe fazendo bem, e acho que é uma discussão pertinente.
Inclusive, levanta mais perguntas em relação a dar consciência a TODOS os synths.
Antes, no entanto, de Odi deixar a carta para Mattie, suas cenas são bonitas no episódio 6. A Família Hawkins está em um desespero imenso tentando acordar Mia, e o susto dela quando ela acorda quase nos assusta – mas é reconfortante vê-la falar de Niska, sobre como ela precisa de ajuda, e o desabafo dela quando Laura a abraça (“I trusted him”) nos prova que ela ainda é ela mesma. Embora mudada. Com Odi, Mia tem uma das minhas cenas favoritas na SÉRIE TODA – tudo bem que eu ADORO tanto Mia quanto Odi, queria muito mais momentos deles juntos: “I was trying to leave, but all I feel is fear” “You have to be strong if you’re going to survive”. Depois, na situação toda de Sophie, cada vez mais parecida com um synth, Joe é um pai fantástico organizando aquela BAGUNÇA TODA, uma das cenas mais bonitas da série, e uma ideia que eu sinto em pensar que não teria – mas que, infelizmente, não é o suficiente. O que leva Toby a pedir a ajuda de Rennie…
Enquanto isso, Karen encontra um Serafim e o nomeia, e acho que ela se emocionou!
“I’m thinking I like the name Sam. Do you like it?”
Episode 7
As coisas começam a crescer consideravelmente no sétimo episódio, nos conduzindo para a grande finalização da temporada, cedo demais. Mia revela para Leo: “Mattie’s completed the code. She’s aware of how to wake us up. All of us”. Isso mostra um perigoso avanço para Leo, para Mattie e uma nova faceta da personalidade de Mia. Um pouco assustadora, mas apaixonantemente intensa: “It’s time for them to fear us”. Enquanto a equipe de Leo (agora intensificada pela presença de Mia) faz planos muito mais radicais em relação a Qualia, que não envolvem apenas salvar synths capturados, mas também tentar destruir a empresa, Max lidera um grupo separado e pacífico que acolhe os synths que adquiriram consciência e não sabem lidar com situação. Além de Flash, agora eles já tem Hubert e Connie – “We’re building a home here”. E é a eles que Matilda recorre quando se dá conta que os planos de Leo podem sair de controle.
O episódio também traz uma intensificação desesperadora da condição de Sophie, e quando ela fala aquele “I do not recquire sustenance, thank you, Joe”, eu juro que fiquei todo arrepiado e incomodado. Mas a ideia de Toby de trazer Rennie, por mais questionável que parecesse a princípio, pode surtir efeito – porque ela fez Sophie se abrir e, em sua fala, ficou claro como esse distúrbio é um mecanismo de defesa, de esconder as emoções para não precisar mais sofrer. E isso ajudou, e muito, a RENNIE! Porque em uma cena de angustiante suspense, ela tira lentamente as lentes de contato, a peruca, e vai voltando a ser humana, e a tensão do momento nos sugere que ela está prestes a cometer suicídio. Joe e Toby chegam desesperados na casa dela para salvá-la, e agora ela pode ser ela mesma. Toby pode vê-la como ela realmente é. Com sua própria aparência, suas roupas normais, capaz de falar de seus sentimentos, sobre como era legal no começo, como parecia que ela não podia mais se machucar, mas com o tempo ela se perdeu…
E foi o Toby quem conseguiu tirá-la disso. E Sophie, é claro.
Enquanto essas coisas se desenvolvem belamente, Karen, depois de ter nomeado Sam, o Serafim, o deixa em casa e vai até a Qualia, conversar com Athena. E a proposta dela é perspicaz, meio surpreendente: “I don’t want to wear a dead woman’s face anymore. I don’t want this body”. Ela quer ser humana. Poder comer, gerar filhos, morrer quando for o momento – não acho que Athena possa, de fato, fazer isso, nem que faria caso pudesse. Mas não descobrimos isso, afinal de contas as coisas saem de controle depressa. Mia permite-se ser capturada, se torna mandona, e com Hester acorda um grande número de sintéticos conscientes para libertá-los… mas a fuga é interrompida em um massacre que leva à morte de MUITOS synths (o grito de frustração de Leo é angustiante) e é Mia quem salva os últimos, os últimos CINCO synths que foram os únicos que eles puderam salvar, enquanto Hester, mais radical e perigosa do que nunca, comete mais um assassinato e, dolorosamente, mata Pete…
Eu não estava preparado para ver o Pete morrer.
Não queria ver o Pete morrer.
Mas acho que isso vai transformar/motivar Karen!
Chega me arrepiar pensar no que ela poderá fazer!

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