A Última Ressaca do Ano (Office Christmas Party, 2016)


“PARTY LIKE YOUR JOB DEPENDS ON IT”
Primeiro de tudo: uma deliciosa surpresa. Não estava contando com ir ao cinema assistir a Última Ressaca do Ano, mas ainda bem que eu o fiz. O tempo que passei no cinema foi incrivelmente divertido, com gargalhadas infinitas e as memórias serão boas. O filme, descontraído, é uma deliciosa comédia com Jennifer Aniston e Jason Bateman, daquelas no estilo americano mesmo de Passe Livre ou Quero Matar Meu Chefe, por exemplo, mas é melhor que o último. A química dos personagens estava fenomenal, as piadas estavam bem colocadas, os cenários eram ótimos (e essa coisa de festança até que é uma boa ideia, não é, vide Projeto X, mas agora é num escritório) e ainda tinha alguma espécie de clima natalino. Ah, não é a fofura do Natal, nem as mensagens familiares, nem uma comédia romântica. É uma comédia independente disso tudo para que você realmente se divirta. E quer saber? É UM MÁXIMO. Acho que fazia algum tempo que eu não me divertia tanto no cinema assistindo a uma comédia.
Aqui está.
A trama do filme é simples: Josh Parker é um dos responsáveis pela Zenotek (mas não o grande chefe) e ele está vendo a empresa ameaçadoramente cair. Enquanto isso, o CEO da filial, Clay Vanstone não parece realmente a pessoa ideal para cuidar de uma empresa, porque você duvida de sua responsabilidade – mas não de sua devoção. E quando Carol Vanstone, sua irmã CEO da empresa geral, vê que sua produtividade não está das melhores, resolve que eles vão ter que fechar. E Clay não aceita… quer dizer, era a filial do PAI deles antes de morrer! Portanto, ela lhe dá dois dias para que ele resolva tudo e mostre crescimento, e então talvez ele tenha uma chance. Challenge accepted. E como fazê-lo? Bem, não de uma maneira muito ortodoxa, até porque isso não surtiria efeito. Melhor burlar a regra da não-festa de Natal na empresa e, com ela, conquistar um novo cliente, um cliente importante que possa salvar o emprego de todos.
Por que não?
Gostei bastante. E eu confesso que inicialmente eu até duvidei um pouco, embora eu goste bastante do Jason Bateman e o ache ótimo para comédias. Mas o filme foi me conquistando, cada vez mais. E quando as deliciosas risadas começaram, então eu estava ganho. É uma confusão tremenda, típica do gênero. Eles organizam uma festança gigantesca e apresentam uma produtividade impressionante. Árvores, enfeites, DJ, luzes. Tudo é muito grande e muito bacana. Mas a festa ainda demora a decolar. Só decola de fato com o Josh e a Tracey naquela dancinha vergonhosa e perfeitamente hilária. Depois, claro, com toda a dedicação do Clay que, quem diria, conseguiu subverter até a Mary, a responsável pelos Recursos Humanos, com aquele ótimo “Eu digo R, vocês dizem H. RH! RH!” que eu ri demais. A Mary, por sinal (e não só pelos peidos) é um show à parte. DO INÍCIO AO FIM. Contida e solta. Falando que processou a ela mesma por assédio sexual. Que está peidando na van desde que entraram.
Ou a cara dela naquela girada fenomenal da van.
E Carol tentando ir para a cidade, mas presa no aeroporto?
Diria que ela sou eu.
As coisas maldosas que ela disse para a criança foram fenomenais – claro que eu acho que a Jennifer Aniston fenomenal mesmo. Mas suas contracenantes! Que é isso? O telefonema para o Papai Noel foi um máximo. Aquela motorista de Uber falando do nome “Carol” foi HILÁRIA. E quando ela finalmente consegue chegar à Zenotek, o negócio já saiu de controle completamente. Walter já foi acidentalmente atingido por uma baforada de cocaína que uma prostituta comprou e, a esse ponto, está disposto a seguir algumas sugestões malucas de Clay, como a de se pendurar nas luzinhas de Natal da decoração e voar pelo salão como se fosse o Tarzan. Não que isso dê remotamente certo. Nem PERTO disso. É um verdadeiro desastre mesmo, mas eu tenho que ficar culpado por rir tanto do tombo dele? Porque gente, FOI UM MÁXIMO. E as reações das pessoas também foram impagáveis. O problema é que mesmo que tenha sido “a melhor noite de sua vida”, ele não é mais um cliente realmente tão bom.
Então Carol fecha tudo. Cancela tudo. Termina a filial. Oferece um emprego a Josh.
E Clay, decepcionado, acaba bebendo e saindo com as prostitutas.
Bem, então eles precisam SALVAR o Clay – quer dizer, elas são perigosas! E olha tudo o que o Clay fez por eles. É Allison quem lhes conta tudo. Sobre o dinheiro dele mesmo que ele usou para bancar tantas coisas. E o resgate é quase melhor do que todos os outros. Seguindo a onda de imensas e divertidas referências ao longo do filme, eles quase têm um momento Velozes e Furiosos. Pulando aquela ponte, para humilhar Vin Diesel. E eu realmente achei que eles fossem tentar. Não sei o que teria sido melhor. Tentar ou não, porque não tentar também foi igualmente hilário. Mesmo que tenha acabado com a internet da cidade toda. Tudo bem, porque foi a chance de Tracey conseguir levar o seu plano a cabo, consolidando uma verdadeira revolução para a maneira como as pessoas se conectam à internet e, consequentemente, salvando a Zenotek. E levando todos de volta à festa depois de buscar Clay no hospital. E foi um final muito bom, com aqueles códigos bem na frente do médico, sobre como a festa continuaria.
Porque a festa não para.
Nem o filme. Muito bom, ótima comédia!

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Comentários

  1. Este filme é muito bom e o elenco é ótimo! O mais interessante de A Última Ressaca do Ano é a forma como o roteiro trata o universo profissional dos funcionários de um escritório. A dinâmica confeccionada entre personagens, mesmo que a maioria estereotipados, cria certo elo com o público, por todos conheceremos tais pessoas satirizadas no longa. Temos, por exemplo, o nerd que mente sobre a namorada gostosa, a conservadora recatada e rígida, a mãe solteira, etc… O êxito do filme se deve muito ao grande elenco que é bastante conhecido pelo seu grande trabalho. Protagonizado por Jennifer Aniston e Jason Bateman, A Última Ressaca do Ano não rende um porre para esquecer e sim uma bebedeira de modesta celebração. Ótimo entretenimento. O filme também é estrelado por Jillian Bell, Por certo eu recomendo ROUGH NIGHT é uma versão feminina da primorosa comédia de Todd Phillips: cinco amigas se reúnem durante um final de semana em uma casa de praia em Miami para a despedida de solteira de uma delas. As coisas saem do controle, contudo, quando elas matam acidentalmente um suposto um stripper. Super recomendo!

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