Supermax 1x04e05


“Será que a regra do jogo agora é não ter regras?”
Foram dois episódios MUITO BONS e que, talvez, tenham finalmente me conquistado de verdade para que eu pense que a série tem um bom futuro pela frente. Eu, agora, fiquei ainda mais entusiasmado para descobrir aonde o resto da temporada vai nos levar. O Episódio 4 ainda foi melhor que o 5, mas ambos foram envolventes e trouxeram histórias bacanas para personagens que ainda não conhecíamos tão bem. Aparentemente a produção ainda está desaparecida, e surge uma expectativa de que a regra do jogo agora é não ter regras, então o caos previamente instalado apenas se intensifica. A questão da comida continua sendo muito forte. O ar condicionado é desligado. Eles se sentem cada vez mais perturbados, em um tormento psíquico insistente que vai levar cada um a perder completamente o juízo. Mas eles ainda não estão abandonados de verdade, não totalmente, pelo menos é nisso que algumas pessoas como a Sabrina continuam acreditando. Quer dizer, as coisas realmente pararam de funcionar, mas nem tudo. Por que as portas continuam se fechando no horário certo todas as noites?
Continuamos de onde paramos com o retorno de Dante naquela cena macabra, com os cortes no peito formando letras do hebraico e suas histórias mirabolantes sobre o que aconteceu. Supostamente sem conseguir dormir à noite, ele perambulou pelo presídio e encontrou um buraco que o levou para o lado de fora, para o coração da Floresta Amazônica. Bem, o episódio virou um pouquinho de American Horror Story, na minha impressão, com sexo no meio da floresta, muito peitinho e a Diana toda provocante querendo alguma coisa com o Dante. Não que tenha conseguido. Mas foi bom lentamente conhecer um pouco mais de Dante, descobrir o seu crime. Ele matou o irmão. Talvez porque ele tenha pedido (uma alface com cérebro), talvez porque ele simplesmente o detestasse mesmo. Não sei. O fato é que ele matou o irmão e as experiências da Supermax o deixaram cada vez mais atormentado a ponto de pegar o telefone vermelho e pedir para sair. “Me tira daqui, por favor. Vem me buscar”. Além de ficar dopado com remédios…
Mas eu acredito que o Dante pode ser infiltrado da produção, faz todo o sentido!
E o “Vem me buscar” ao telefone foi SUSPEITO!
De todo modo, pedir para sair não parece ser realmente uma escolha acertada. Cecília, a socialite, pediu para sair no capítulo anterior, e o que aconteceu? Ela ficou doente. Bruna começa a insistir numa história de “Esse lugar tem cheiro de morte” enquanto as loucuras vão se intensificando. O quarto episódio foi muito bem construído, com muito mistério e suspense, nos deixando apreensivos, é o meu episódio favorito até agora! Não sabemos no que acreditar das histórias de Dante, que ele mesmo desmente. Investigamos o crime do médico, que pode ser aborto. O padre começa a ver criaturas bizarras que se parecem com o Gollum, mas sem olhos – que são supostamente encontrados no episódio seguinte numa sala de armazenagem da produção. De todo modo, a sequência, as falas e as vozes foram perturbadoras, em uma cena incrivelmente boa! E como nem tudo foi apenas pavor e um pouquinho de susto, o lance de Luís e Janete presos na despensa comendo que nem loucos e se refrescando na geladeira foi bastante cômico.
Só serve para aumentar a tensão entre os competidores.
Se for uma experiência psicológica doentia, é muito bem conduzida.
O quinto episódio desenvolve, especialmente, duas tramas. Primeiramente, a da doença de Cecília depois que ela pediu para sair, para completa satisfação de Bruna, que parece estar se deliciando com cada segundo. O jogo começa a ficar cada vez mais macabro, começa ameaçar ir longe demais. As feridas de Cecília são angustiantes, e a maneira como parece que ela sofreu isso tudo justamente por querer desistir. Vimos, em flashback, o seu crime, e eu não acho que tenha sido nada tão exorbitante. Sim, ela atropelou um cara, mas uma mãe faz qualquer coisa em busca de salvar o filho. “Eu atropelaria ele quantas vezes fosse preciso de novo para salvar o meu filho”. E então ela teme que ela vá se encontrar com o filho, morrendo também na Supermax. Mas quem diria que a Bruna seria uma pessoa que ajudaria a salvar a sua vida? Quer dizer, depois do que já conhecemos dela dos episódios passados? De todo modo, ainda há muito mistério envolvido, muita coisa que nós não entendemos e não fomos feitos para entender.
Por isso estou curioso para saber onde Supermax está nos levando.
Outra história desenvolvida foi a de Janete, depois que ela fica presa na despensa com o Luís e, depois de quase transar com ele, ela começa a ser espancada. Então vem a revelação bombástica: de que Janete nasceu homem. Eu realmente não estava esperando por aquilo, então fui surpreendido. E ela teve uma excelente história, bem desenvolvida em flashbacks e na força e determinação da própria personagem. Os flashbacks foram revoltantes, tanto quando ela apanhou do pai quanto quando retornou depois, já como Janete, deu um emprego a ele e ele, babaca, passou a roubar dela. É triste e revoltante o quanto ela queria ser aceita pelo pai, que sempre teve vergonha dela e que “a criou na porrada”. É uma trama, infelizmente, verdadeira e deprimente. Por isso eu não acho que ela realmente tenha tido culpa da morte do pai e nem deva ser julgada por isso. Ele pediu por isso. E ela sofreu ainda mais um inferno depois disso. Por isso ela enfrentou o Luís com força e com propriedade, e o detonou, de forma linda. Ela está no Supermax para pagar sua cirurgia! “Se você encostar em mim de novo, eu te mato!”
Foi forte e foi merecido também.
Agora, novo mistério: o que aconteceu com Sabrina na busca pela fuga?
Estou AMANDO os mistérios e o incrível tom de suspense. Supermax me convenceu!

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