Arrow 4x19 – Canary Cry


“Sara came back. All the crazy things we’ve seen. Maybe my baby girl isn’t gone”
Podia ter sido melhor? Arrow SEMPRE pode ser melhor do que é, com esses episódios fracos que eles nos vêm apresentando, mas eu confesso que eu achei BEM melhor do que eu estava esperando. Foi uma despedida de Laurel Lance, e não foi realmente uma despedida digna. Os flashbacks, por exemplo, não foram necessariamente sobre ela, mas sim de Laurel e Oliver lidando com a morte de Tommy, lá no fim da primeira temporada – embora eu, talvez, entenda o motivo de eles terem trazido de volta toda a ideia de Tommy nesse episódio, e pode ter duas razões: primeiro, porque ele é o ÚNICO personagem que morreu efetivamente em Arrow e nunca cogitaram trazê-lo de volta; ou segundo, justamente para assegurar, através de um paralelo simbólico, que a morte de Laurel Lance também foi definitiva. Não sei se a narrativa estava preocupada com esse tipo de sinal que estava nos passando, porque você sabe muito bem que as coisas não fazem sentido, inclusive por causa do Barry, aparecendo com seus poderes de volta sendo que ele acabou de dar os poderes dele para o Zoom e passar um episódio inteiro sem velocidade.
Continuidade é tudo, por isso adoro a CW.
Enfim, o episódio começa, surpreendentemente, com Laurel Lance fazendo o seu discurso no enterro de Tommy. Foi bonito, foi bacana, e eu acho que, em muito tempo, esse é o flashback que mais faz sentido, porque tem importância emotiva e envolvimento com a história, embora eles ainda pudessem ter escolhido melhor os momentos de Laurel para despedir-se dela, afinal amávamos a personagem, independente de todo o tempo que passamos a odiando quando a série começou. Ela se redimiu lindamente enquanto outros personagens decaíram vergonhosamente. Foi muito rápido, depois da morte de Laurel Lance, para uma Usurpadora (!) aparecer tentando tomar o seu lugar de Canário Negro, mas eu sinceramente não consegui dar muita importância para ela. Ela nem convencia de verdade como Canário Negro, e tinha toda aquela história de o Oliver ter deixado para trás os prisioneiros da HIVE e tudo o mais. A escolha de palavras dela – “You left us. You lets us at Reddington! You left us there to die! You failed this city” – só podia mesmo gerar um tanto desnecessário de drama na interpretação “ótima” de Stephen Amell.
Nós tivemos todo o drama necessário em Arrow, aquele ao qual já estamos habituados depois de todo esse tempo – então o Diggle estava se culpando, enquanto o Oliver (ah tá!) vinha dizer que ele não devia fazer isso. Felicity está de volta também, com um pouquinho de sentimento de culpa. Aff. O mais bonitinho foi mesmo o Capitão Lance, porque eu entendo perfeitamente essa tentativa dele de se apegar a alguma esperança, de esperar que sua filha possa retornar, afinal já vimos isso acontecer em Arrow quase mais do que vimos em Supernatural. Já teve a Sara, o próprio Oliver, o irmão do Diggle, o Ray Palmer… mas quando ele pede a ajuda de Nyssa para trazê-la de volta, ela explica: não existe mais Poço de Lázaro. Tudo bem, Lance, o pessoal já retornava dos mortos BEM antes de introduzirem o Poço à série, então ainda há esperanças! Quanto à usurpadora, ela tinha alguma relação com o Alex Davis (por sinal, um gato com aquela barbinha!), a prefeita quase transformou aquilo na Guerra Civil da Marvel, e no fim o Oliver tentou se assegurar de que a imagem da Canário Negro não seria manchada, revelando a verdade:
“Laurel Lance was the Black Canary. She was not a criminal. She was a hero.”
Uhm.

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P.S.: Sabe o que me intriga? A escolha de palavras nessas últimas cenas, o que pode ter sido aleatório, mas prefiro pensar que significam alguma coisa. Barry Allen aparece de volta com os seus poderes, e revemos em sequência linear as cenas que estamos vendo desde que a quarta temporada de Arrow começou, agora sabendo a quem pertence o túmulo. Parece-me forçado demais colocar o Barry ali com poderes, com tudo o que estamos acompanhando atualmente em The Flash, mas eu vou deixar passar por enquanto… essa linha temporal só não está muito correta. O que eu mais fiquei pensando foi na conversa de Oliver Queen e Felicity Smoak no carro, e em como ela pode ter ligação com The Flash. Afinal, ao falar da “magia” de Damien Darhk, o Oliver explica que não é só isso: “It’s not just magic. It’s darkness”. Bem, não foi o Zoom, no episódio 18, que estava falando aquele negócio todo de “You can’t lock up the darkness”? Gosto de pensar que essa escolha particular do uso de “darkness” não seja puramente ocasional!


Comentários

  1. "Ao cruzar elementos entre as séries de super-heróis da DC às vezes as datas não se alinham exatamente. As programações mudam, e isso está fora de nosso controle." Aaron Helbing, produtor de The Flash sobre o Barry aparecer com poderes no enterro. Foi um erro (terrível) de continuidade mesmo.

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  2. Então, essa "descontinuidade" não tinha percebido. Agora que você falou da velocidade Barry que me toquei! Verdade!!! - Erro - mas deixamos passar hehehe
    Realmente, não gostava da Laurel, mas ela cresceu como personagem e eu passei a gostar mais dela nessas últimas 2 temporadas....
    Talvez a referência com o Tommy seja mais sentimental. O começo de tudo, primeira temporada. Mas também pela culpa do Oliver não conseguir salvar o amigo, e agora ela...Maybe Oliver vá pro lado sombrio da força again hahahaha
    E essa referência à 'darkness'...mas como Zoom ajudaria?! Se for essa a opção?! Já vimos que o que dá forças ao Damien é aquela cabeça/escultura. Sem ela, ele vira um ser comum.
    Se for assim, que venham os Winchesters hahahahahaha


    beijãozão *

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