Forever 1x05 – The Pugilist Break


Como essas investigações funcionam!
Forever é uma espécie de série policial muito peculiar. Eu adoro toda a trama que envolve o conhecimento de Henry por seus mais de 200 anos de vida, e a maneira como os seus casos do presente se ligam a coisas que aconteceram em sua vida em outras épocas. Também adoro o tom de comédia que nos permite ótimas cenas como aquela do Henry no cimento. E como os detalhes são importantes durante as investigações, tornando Henry cada vez mais um detetive, enquanto Jo o ensina a “trabalhar para a polícia”, construindo um caso de homicídio, tijolo por tijolo. Tudo na série parece estar funcionando incrivelmente bem, e é uma das minhas maiores apostas da temporada.
“History has a way to repeat itself. It’s just that most people don’t live long enough to see that”
Assim como já ouvimos falar que a “história tende a se repetir”, é isso o que Henry traz para nós nesse episódio: quando um homem aparece morto em um apartamento à venda, todo mundo parece acreditar rapidamente que ele era apenas “outro viciado morto”, que morreu de overdose. Enquanto Henry é o único a analisar o caso de maneira mais crítica, disposto a avaliar a cena do crime e perceber que: 1) ele foi arrastado até ali; 2) a causa da morte foi um golpe na cabeça; e 3) a droga foi injetada após a sua morte. Então sim, temos um caso de homicídio que precisa ser estudado e analisado, e devemos cavar realmente para entender os motivos que levaram ele a isso.
Cavar literalmente.
Todo o desenrolar do caso aconteceu de maneira eficaz e incrível – Raul Lopez era um ex-drogado que, ao sair da cadeia, mudou completamente de vida, consciente de seus erros, e trabalhando voluntariamente com crianças para impedir que eles cometessem os mesmos erros que ele cometera. Ameaçado por uma grande construtora, ele defende o bairro, contra a desapropriação e construção de hotéis de luxo e um novo parquinho. E todas as cenas foram ótimas… o canteiro de obras, a negação de Delgros seguida do telefone tocando, a tocaia (que foi excelente com aquele lanche!), o pacote entregue ao Fabian… e todos esses pequenos detalhes crescentes, que vão construindo um caso tijolo por tijolo, exatamente como Jo tanto defendeu.
Ligando isso tudo ao passado, para justificar o motivo de Henry afirmar que “a história de repete”, temos um caso muito parecido enfrentado por ele anos antes, de um homem que apareceu morto, e ele tentou defendê-lo após a morte, e cuidar de seu filho, que ficou por ali desamparado. Os flashbacks são sempre muito bons, e eu adoro a fotografia do momento, os figurinos, todo o espaço. É ÓTIMO! E como conhecemos mais de Henry por vê-lo apanhar, mas por vê-lo determinado ao mesmo tempo. E por vê-lo aprender que, embora alguns crimes pareçam sempre se repetir, eles têm o poder, sim, de mudar algumas coisas. E temos, desse modo, aqueles finais emocionantes com as últimas impressões de Henry, com um sorriso bonito em seu rosto…
E com a criança que ele ajudou durante o episódio. O mais chocante desse caso foi ver o envolvimento daquele menino com a bola de tênis, que acompanhamos de longe desde o começo do episódio, mas que pouco se abre com Henry embora suas tentativas. Quando ele é seqüestrado porque não pode “conversar com policiais”, eu juro que fiquei um pouco angustiado, mesmo sabendo que provavelmente Henry e Jo chegariam a tempo. Da mesma maneira, adoro ver a dinâmica desses dois, como eles trabalham bem juntos, e como eles são uma grande promessa para o futuro da série. Como, por exemplo, aquela excelente cena do jantar de Abe, Henry e Jo. QUEREMOS MAIS MOMENTOS COMO ESSE! Série ótima, recomendada.

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