Constantine 1x01 – Non Est Asylum

Um recomeço.

Já faz mais de três meses desde que o Piloto original de Constantine supostamente “vazou” na internet – e eu o vi e comentei, mas faz tanto tempo que eu na verdade tenho poucas recordações de detalhes quando me refiro a ele. Algumas cenas realmente me fizeram lembrar daquela ocasião, e vi que continuavam iguaizinhas, em outros momentos eu não tinha mais tanta certeza. Mas como aquele primeiro Piloto que dividiu os espectadores era apenas um teste, algumas coisas foram alteradas para a estréia oficial da série, que aconteceu agora. Por exemplo: Liv não fará mais parte do elenco. Foi o caso da primeira semana, para nos apresentar o personagem de John Constantine e tirá-lo do hospício, mas essa foi a única missão dela.

Eu adoro a estética da série. Com um personagem principal extremamente arrogante e cheio de si, a série tem esse estilo todo interessante com um quê de superioridade que eu adorei. Mas visualmente falando, a série é belíssima. E um tanto quanto assustadora em alguns momentos. Eu gosto de como eles abusam nas cenas mais fortes, trazendo algumas possessões terríveis de se assistir, com direito a viradas de cabeça, curvas estranhas, vozes diabólicas e aqueles olhares brancos assustadores. É assim que temos o nojo de animais pequenos que são associados ao imundo e consequentemente ao mal, e uma das melhores cenas de exorcismo que já vimos. Dessa vez, parece que a cena passou incrivelmente depressa, mas ainda assim foi uma excelente cena.

Quando o episódio começa, John Constantine está no Non Est Asylum – e como ele diz, por vontade própria, por mais estranho que isso possa parecer. Suas discussões sobre demônios, exorcismos e o negócio de ser “Mestre das Artes Ocultas” fazem com que as pessoas o caracterizem como louco. Mas depois de uma possessão no próprio hospício e uma mensagem na parede (“Liv Dies”), ele resolve sair e voltar à sua vida de… John Constantine. E já entendemos, bem depressa, o tom que a série vai tomar – temos, por exemplo, as primeiras cenas misteriosas de Liv, com o biscoitinho da sorte em branco, a câmera de ré do carro apontando um objeto que não estava lá, e aquela explosão que coloca fogo em um imenso buraco no chão… e a aparição de Constantine, prometendo ajudá-la. Local no qual, segundos mais tarde, conhecemos também Manny, o Anjo que tenta convocar John para um trabalho.

E a personagem de Liv nos mostra como é “acordar” para esses outros mundos além do nosso, esses planos paralelos de existência que seu pai podia ver, e que agora ela está começando a ver. “What’s happening to me?” “You’re waking up”. Adorei a cena na qual ela vê a “avó” em casa, mas principalmente a cena na qual John lhe explica o que está acontecendo, e ela consegue ver aquelas almas perdidas, aquele trem fantasma, tudo em uma interessante perspectiva escura e cheia de sombras, que é mais ou menos o mundo como ele realmente é. Para falar nos efeitos e na estética da série, ainda, temos uma excelente cena de John Constantine conversando com Manny na qual ele pára o tempo no meio de uma chuva, e eu achei aquilo realmente genial. Foi desnecessário, talvez, mas ficou visualmente muito bonito, e interessante.

Poucas mudanças são observadas ao longo do episódio – e eu estava me dando conta disso quando vi que nos aproximávamos do final, com a cena do telhado. ADOREI o momento de Constantine invocando o demônio que está perseguindo Liv, e conseguindo aquela aparição de uma versão mais destruída de si mesmo, com uma voz terrível, e uma imitação de Astra que mexe com ele e quase o faz perder toda a batalha. Também é interessante conhecer mais sobre ele no desabafo sobre o tratamento do seu pai, e a morte de sua mãe – além do motivo de ele ter se envolvido com o ocultismo. Uma excelente cena de ocultismo, uma cena finalizadora no bar, e uma mulher fazendo desenhos loucamente sobre ele… assim o Piloto chega ao fim, trazendo a promessa de uma boa série. Eu estou animado!

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