Annabelle


Ok, vamos dar uma idéia geral da crítica: eu gostei!
E isso não quer dizer que tenha sido qualquer coisa que eu tenha imaginado… por algum motivo, Annabelle, antes de assisti-lo, me fazia pensar em Chuck. Acho que é toda a vibe do boneco assassino e tudo o mais… e eu vou confessar: eu morria de pavor do Chuck quando era criança, e nunca mais assisti um filme dele desde então. Quando vi o trailer, sonhei que tinha uma daquelas bonecas em minha casa. Não sei com o que sonharei essa noite. Mas depois disso tudo, depois de tantos comentários que vi pela internet de pessoas apavoradas com o filme e tudo o mais, o que eu esperava? Algo muito mais amedrontador. Não vou negar os meus sustos e apreensões, mas não é um filme de terror assim tão apavorante.
Também não é a história tradicional de Annabelle, mas para quem se incomodou com isso (né, amor?), olha aí a dica: essa fica para a sequência que, por sinal, já está sendo confirmada. Então calma. Não, a história de Annabelle não é das duas universitárias, mas sim de uma mulher grávida, Mia Form, que ganha a boneca de seu marido. A boneca horrorosa (sim, é uma boneca horrorosa, mesmo que não fosse um filme de terror!) integra, a partir de então, a coleção de Mia, e coisas muito estranhas começam a acontecer. Como, primeiramente, a porta daquele quarto nunca mais parar fechada! Enquanto a boneca desce da prateleira e senta preguiçosamente na cadeira de balanço. E, ah sim! Uns assassinatos misteriosos começam a acontecer.
Parece, sim, o típico de um filme de terror: tão previsível quanto, e ainda assim tão divertido quanto. Eu gosto de filmes de terror, especialmente pela apreensão que eles causam – e o filme consegue fazer isso. Pode não ser apavorante como eu esperava, mas a trilha sonora intensa e os momentos prolongados nos fazem ficar apreensivos à espera do susto, do corte ou do que quer que seja… e, diferentemente de algumas produções que vimos nos últimos anos, ele não apela apenas para o sangue e para o nojento para fazer um terror visual. Não, temos os tão queridos sustos, os vultos passando no fundo da câmera para que nos encolhamos, comecemos a comer unha e coloquemos os potes imensos de pipoca na frente dos olhos.
Eu gostei.
Algumas cenas são mais marcantes do que outra, só senti mesmo a falta de me conectar mais com os personagens – não parece que eu realmente me importava tanto com eles quanto deveria me preocupar. Para mim, o maior destaque fica para Lea. Mesmo depois de ter duvidado que aquela criança chegaria a nascer, eu gostei da maneira como o demônio a perseguiu insistentemente, culminando em algumas das melhores cenas do filme: o elevador que não se movia (aquela aparição na escada!) e a cena do quarto, na qual as coisas fazem sentido e se resolvem. O pavor de Mia, a boneca no berço do bebê, a maneira como ela a bate na grade e parece ter matado a própria filha… o último ato de Evelyn. Mas não por seu ato, mas toda a apreensão que o precedeu, o pavor de Mia, foi ali que tudo ficou muito mais interessante!
Mas esperamos agora pela sequência. O primeiro filme não está no nível de todos os comentários que eu venho escutando (e acredite em mim, eu tenho medo de bons filmes de terror), mas ainda assim não é um filme a ser condenado. A história está ali, acessível, interessante o suficiente, e consegue fazer com que não queiramos ver uma boneca na nossa frente. Vamos aguardar a sequência de Annabelle para podermos então acompanhar as duas universitárias e a boneca que está, a cada momento, em um lugar diferente. Por sinal, que final excelente! Aquela boneca, nunca mais vista, em uma loja para ser comprada por aquela mulher… introdução fantástica à sequência! E se você tem alguma dúvida, qualquer que seja, não abra o vidro…
Não mesmo.

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