American Horror Story: Freak Show 4x01 – Monsters Among Us


Era bem isso o que eu queria!
Parece que eu vou sempre sentir saudade de Asylum, que até agora é a minha temporada favorita em American Horror Story, mas eu estou tão contente por estar de volta! É o quarto ano da série, e novamente vemos aqueles mesmos atores que tanto amamos e temos que aprender a acompanhá-los como novos personagens… é interessante ver o mesmo grupo de atores em dinâmicas e propostas novas, e essa é a marca que mais me interessa na série. O fato de termos temporadas independentes, com novos personagens e histórias me fascina. Um novo ano está começando, e eu realmente acredito que Freak Show tem tudo para ser a segunda melhor temporada da série.
As coisas começaram incrivelmente bem. Uma pequena decepção esteve na abertura – ficou ótima, sim, mas nem um pouco macabra. Nas três primeiras temporadas, a abertura era absurdamente mais assustadora do que qualquer cena dos episódios. Com a possibilidade de fazer algo realmente bem diferente nesse ano, eles deixaram a oportunidade passar. Mas tudo bem, eu não me incomodo com isso porque eu sou apaixonado pela temática que a série vai tratar nesse quarto ano, e o primeiro episódio deixou bem claro que, aparentemente, as infantilidades da terceira temporada foram deixadas para trás. Vamos fazer uma história certa, e tentar abusar do terror.
Não foi completamente assustador – eu não pulei da cadeira nem nada assim. Mas American Horror Story é, e sempre foi, atormentador em uma medida satisfatória. Porque mesmo quando não está tentando assustar, o suspense é interessante e, mais do que isso, a abordagem macabra. “Freak Shows” é, por si só, um tema e um ambiente macabro, com muita coisa a ser explorada nesse sentido. Temos cenas angustiantes, e cenas deliciosas. A série mescla uma bizarrice com um desejo sexual fetichista muito estranho – que nos dá prazer. É quase assustador ver esse nosso lado se aflorando durante os episódios, enquanto estamos profundamente envolvidos em conversas sobre como Bette e Dot podem fazer sexo tendo apenas um aparelho reprodutor, e intrigados com os “serviços” oferecidos por Jimmy.
Porque o Evan Peters…
Sempre fui encantado pelo Evan Peters – ele é o meu ator favorito em American Horror Story, e eu ainda não superei o trauma do péssimo personagem que lhe foi dado em Coven. Se não fosse por Lily Rabe na temporada passada, minha outra atriz favorita, não sei o que teria sido. Mas nessa temporada, ele está, ao mesmo tempo, parecendo jovem, e muito maior e mais forte. E não me refiro apenas às suas mãos. Mas sim, eu fiquei louco com cada uma de suas piscadelas para Dot, que quase me deixaram sem fôlego… ta vendo como coisas bem simples conseguem mexer conosco? E aquela convicção dele, sua força nas palavras, seu discurso inflamado e sua sede por mudança… eu acho que ele será um personagem impactante como Kit Walker.
Sarah Paulson ganha, nessa temporada, a função de duas personagens: Bette e Dot, que dividem o mesmo corpo, com duas cabeças. O que mais me chamou atenção nas duas foi a maneira como elas percebem o mundo de maneira diferente, como suas opiniões divergem, e como cada uma escrevendo no diário é distinta da outra. E o passado delas também é interessantíssimo! E é através dela que conhecemos esse “show” de Elsa, um lugar onde aberrações como ela são acolhidas, e que parece razoavelmente bom… até que uma mulher aparece dando chilique os chamando de “monstros depravados” (o que eles também podem ser), e percebermos o quanto o Jimmy quer sair daquele lugar e viver uma vida normal, plantando e sem precisar ser apontado por várias pessoas, discriminado e assim por diante. Foram cenas fortes.
“DON’T CALL US FREAKS” – adorei a cena com o policial.
Tivemos um louco apaixonado por aberrações que queria comprar Bette e Dot, tivemos, logo de cara, uma cena de Elsa (nossa linda e poderosa Jessica Lange) cantando – o que foi profundamente melancólico e aterrorizante, porque eu fiquei angustiado. E um palhaço assassino maluco um tanto quanto macabro – com um rosto deformado, e uma ânsia por realizar vítimas por onde quer que passe… mas acho que ele se identificou com aquela cena dos freaks dilacerando o corpo do policial já morto, talvez ele tenha encontrado um lugar onde possa se sentir em casa. Adorei, realmente adorei, acho que a temporada tem muito potencial para ser memorável. Já estou ansioso pelos próximos episódios, e saber que rumo isso tudo vai tomar. Porque com exceção de Coven, American Horror Story sabe ser surpreendente!

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