Doctor Who (6ª Temporada, 1968) – Arco 045: The Mind Robber, Parte 2
Terra da Ficção.
Não tem como
não amar a INSANIDADE que é “The Mind
Robber”, aquele que está se tornando o meu arco favorito na Série
Clássica até aqui e o meu arco favorito do Segundo Doctor (me desculpe, “The Enemy of the World”, mas
você assume agora o segundo lugar, como a história incrível que é!).
Extremamente criativo, sem medo de ser ousado e diferente, e com um ritmo de
tirar o fôlego, “The Mind Robber”
é uma história como não víamos, talvez, desde “The Celestial Toymaker”, ainda na época do Primeiro Doctor,
e é fascinante acompanhar as loucuras que o roteiro de “Doctor Who” pode fazer quando decide sair da caixinha. Divertido,
emocionante, caótico e com a dinâmica perfeita do Segundo Doctor, Jamie e Zoe,
essa história é incrível!
Depois de
terem que se refugiar em algum lugar fora
do espaço-tempo para escapar de uma erupção vulcânica, o Doctor e os demais
estão em um não-lugar onde tudo é possível… e onde a ficção se torna realidade,
desde que você acredite nela. A premissa é MARAVILHOSA, e ainda tem todo aquele
tom de mistério sobre uma figura enigmática que aparece de costas, controlando
tudo e sendo chamada de “Mestre” (!) por aparentes moradores daquele lugar –
aquela selva de letras e palavras que abriga personagens como Gulliver, e que o
Doctor só entende se tratar de Gulliver na segunda vez em que o encontra, e as coisas
já estão começando a se organizar dentro de sua mente. Eu AMO quando “Doctor Who” brinca com conceitos dessa
maneira!
O trio se
separa, como de costume, mas nem isso é tradicional em “The Mind Robber”, porque eles não passam tanto tempo
separados… o Doctor, depois de encontrar Gulliver e um grupo de crianças com
uma série de charadas que podem conter respostas às suas perguntas (ou não),
encontra Jamie. E na série de “testes” aos quais ele é submetido, como os jogos
colocados em seu caminho pelo Toymaker outrora, um deles é “montar o rosto de
Jamie” – e o Doctor não é muito bom nesse “jogo”, para dizer a verdade, porque
ele é “monta o rosto errado”, e ganhamos um outro ator interpretando o nosso
mesmo Jamie brevemente, uma bizarrice que só é possível nessa “Terra de Ficção”
fora do espaço-tempo aonde a TARDIS “pousou”. Depois, os dois resgatam também
Zoe.
A história
é, na verdade, uma grande aventura,
que vai trazendo cada vez mais elementos à tona, e eu adoro o conceito de a
“floresta” na qual eles estão serem letras que, vistas de cima, formam palavras
e frases, dando forma a essa TERRA DE FICÇÃO, que vamos pouco a pouco
conhecendo e entendendo… vemos um unicórnio que persegue o Doctor, Jamie e Zoe
até que eles deixem de acreditar nele, por exemplo; um labirinto no qual eles
entram com um novelo de lã, rumo ao centro, onde os aguarda, possivelmente, um
Minotauro; e a nova separação do grupo quando o novelo de lã termina e Jamie
fica “plantado”, enquanto o Doctor e Zoe exploram um pouco mais, chegando ao centro
do labirinto – e, consequentemente, aos perigos que o labirinto os reserva.
Jamie acaba
se afastando ainda mais dos seus
companheiros e empreendendo uma jornada sozinho, enquanto tenta escapar de um
soldadinho de chumbo, e então ele acaba escalando uma montanha até uma alta
torre, em uma corda que eventualmente ele descobre que não era corda nenhuma,
mas o cabelo trançado de ninguém menos que Rapunzel – como eu já disse mil
vezes, eu AMO o Jamie, e a sua interação com a Rapunzel é incrível, mas quando
atravessa a janela, Jamie não se vê no quarto de uma princesa presa em uma
torre, mas em uma espécie de “base de operações” onde as histórias estão sendo
escritas e fabricadas… então, Jamie lê, como se fosse ficção, o que está
acontecendo com o Doctor e Zoe, que acabaram de encontrar a Medusa!
Sério, QUE
ARCO BOM!!!
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