The White Lotus 3x01 – Same Spirits, New Forms
Bem-vindos
à Tailândia!
Posso dizer?
QUE COMEÇO MARAVILHOSO! “The White Lotus”
é um evento… com um humor peculiar, uma crueza necessária e críticas sociais
desconfortáveis e certeiras, a série é mais uma grande produção da HBO,
daquelas para ficar para a história. Depois de uma excelente primeira temporada
que se passava no Havaí, uma segunda temporada ainda melhor que se passava na Sicília, chegamos agora à terceira
temporada de “The White Lotus”, na
TAILÂNDIA, e ainda é cedo demais para tirar conclusões, mas uma coisa é certa:
essa galeria de personagens promete. “Same
Spirits, New Forms”, o episódio de estreia exibido em 16 de fevereiro, é
construído de maneira cadenciada e inteligente para apresentar um pouquinho de
cada personagem e levantar perguntas… e teorias.
Terminamos o
episódio cheios de dúvidas e projeções!
Assim como
já aconteceu anteriormente, o episódio abre com uma sequência que se passa depois dos eventos que estamos prestes a
acompanhar o desenrolar durante a temporada. Dessa vez, conhecemos Zion, um
jovem tentando se aventurar pela meditação no Hotel White Lotus da Tailândia,
mas que é distraído pelo som de tiros… então, Zion tenta fugir mantendo-se o
mais baixo possível para se proteger de possíveis tiros e se pergunta onde está
a sua mãe (!), até o momento em que
ele vê um corpo boiando na água. É nesse momento que retrocedemos a uma semana
antes, quando um novo grupo de hóspedes está chegando ao hotel… é um pequeno
pandemônio que observamos à margem, e estou bem curioso para vê-lo do outro lado dos acontecimentos.
Toda a
sequência da recepção é estranha e propositalmente familiar – afinal de contas,
trata-se de uma rede de hotéis que segue o mesmo padrão em suas diferentes
unidades. Dessa vez, os novos hóspedes que chegam em um barco são recebidos
principalmente por Fabian, o gerente do White Lotus da Tailândia, e por Sritala
Hollinger, uma das donas do hotel. Ainda sabemos pouco sobre os trabalhadores do White Lotus, mas somos apresentados
a tutores como a Mook e a Pam, ou ao
gostoso do Valentin, um mentor de
saúde, e é através desses personagens que conhecemos mais das concepções dessa
unidade do White Lotus, como toda essa faceta mais “natureba”, voltada para a
saúde e, é claro, a proposta de “desintoxicação digital”, que pega alguns
hóspedes de surpresa.
Essa
terceira temporada traz de volta a personagem de Belinda Lindsey, que vimos
trabalhando no White Lotus do Havaí na primeira temporada, e ela tem tudo para
ser uma personagem incrível na nova temporada – até porque ela oscila, de
alguma maneira, entre os dois grupos… ela não é inteiramente uma hóspede, mas
tampouco é inteiramente uma funcionária. Belinda está na Tailândia para uma
espécie de intercâmbio profissional, para aprender com Pornchai algumas coisas
a respeito de bem-estar, por exemplo. Belinda deve render boas histórias na
temporada: ela é a mãe de Zion, o rapaz que vimos na sequência de abertura do
episódio, e ela vai reencontrar Greg, o agora viúvo de Tanya McQuoid depois de
sua morte na segunda temporada…
Dentre os
hóspedes, os primeiros a chegar e serem recebidos são Rick Hatchett e Chelsea,
e ainda estamos por entender essa relação. O desconforto é gerado na audiência
não pela diferença de idade, que não precisa ser um problema, mas na maneira
como eles parecem completamente
desconectados um do outro… não é claro o que de fato existe ali. Aparentemente,
Rick Hatchett tem um intuito com essa viagem que não tem nada a ver com lazer
(e parece ter a ver com o marido de Sritala, a dona do hotel), e ele parece
cansado e sem paciência para Chelsea, que, por sua vez, parece até bastante
paciente – o que me faz pensar o que
pode acontecer quando/se ela explodir. De todo modo, pode sair coisa boa da sua
aproximação com Chloe?
Outro grupo
de hóspedes dessa temporada de “The White
Lotus” é formado por três “amigas” que estão ali para celebrar seus laços
ou qualquer coisa assim… e tudo o que eu consigo pensar é que elas secretamente se odeiam. Jaclyn é uma
atriz de TV famosa, e Kate e Laurie são amigas antigas, e tudo (absolutamente tudo) parece falso em toda cena delas e
toda interação. Jaclyn é o tipo de personagem que eu detesto imediatamente, porque dá para perceber como tudo é uma
fachada, como tudo é uma encenação, como nada
ali é verdadeiro… mas, ao mesmo tempo, ela é uma personagem extremamente
promissora – a relação entre as três também é. Afinal de contas, em algum
momento as coisas mudarão, e só podemos imaginar as possibilidades da explosão
dos sentimentos reais ali…
Por fim,
temos a família Ratliff, e é para eles que vai o prêmio de personagens mais bizarros por enquanto – também são os personagens
que mais chamaram a atenção e geraram comentários nas redes após a estreia! Simplesmente
tem TANTA coisa que pode acontecer ali e eles despertaram tanta curiosidade!
Primeiro, temos Timothy, um homem que está recebendo ligações a respeito de uma
matéria de jornal que será feita sobre atividades ilegais de alguém a quem ele
já foi associado no passado; depois, temos Victoria, e ela parece tão à parte
do mundo ao seu redor, tão desconectada da realidade, mas eu ainda não consigo
ler a personagem e preciso ver qual é a sua proposta; e, é claro, os três
filhos: Saxon, o mais velho; Piper, a do meio; e Lochlan, o mais novo.
Qual a
natureza da relação entre Saxon, Piper e Lochlan? Difícil saber, por ora. Saxon
é um típico babaca, “atira para todos os lados”, causa alguma sensação de
vergonha alheia; Piper é a mais “diferente” dos três, e está fazendo uma
pesquisa acadêmica sobre o budismo; e Lochlan é o mais retraído. Com eles,
ganhamos cenas como aquela conversa de Saxon e Lochy na beira da piscina ou a
conversa nas camas, quando Saxon fala sobre sexo, pergunta “qual tipo de pornô”
o irmão gosta e sai nu anunciando que vai se masturbar, sob o olhar atento (e
desejoso?) de Lochlan. Há algo de destemidamente controverso ali, e prevemos
uma trama gay para Lochlan, bem como algo possivelmente incestuoso à frente…
temos que aguardar e ver o que a temporada trará.
Mas uma
coisa é certa: que bela estreia, que personagens interessantes, que trama
promissora!
Que seja uma
grande temporada!
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