Round 6 2x03 – 001
O recomeço do jogo!
QUE COMECE O
MASSACRE QUATERNÁRIO! Quando Katniss Everdeen e Peeta Mellark retornaram aos
Jogos Vorazes na 75ª edição do evento, sabíamos que as chances de eles vencerem
novamente não era necessariamente das
melhores – e, em parte, essa é a mesma sensação que eu tenho assistindo a “001”, o terceiro episódio da segunda
temporada de “Round 6”: alguma coisa grande está prestes a acontecer.
Talvez eu esteja me precipitando, mas eu não vejo possibilidade além de um
verdadeiro caos em algum momento, a
ponto de Seong Gi-hun se unir com outras pessoas contra o sistema… tenho 99% de
certeza de que esses jogos não seguirão “tradicionalmente” até o fim – a
algumas diferenças já podem ser notadas aqui.
“001” é uma viagem curiosa de volta a esse universo, quase como uma nova “estreia de
temporada”, com uma linha tênue entre o retorno e a novidade. Estamos de volta
no jogo, é verdade, mas as coisas não são mais como costumavam ser – ainda que os jogos, ao que tudo indica,
sejam os mesmos. O fato de os jogos serem
os mesmos me divide… em parte, eu duvido muitíssimo que, em um cenário
real, esses jogos se repetiriam, porque a perversidade por trás deles exigiria
“novidades”; narrativamente, no entanto, eu entendo, porque traz, em um
primeiro momento, uma aparente “vantagem” e “familiaridade”, tanto a Gi-hun
quanto à audiência, mas é uma sensação propositalmente falsa, porque é aí que os organizadores se reorganizam e se
reinventam…
E, então, eles surpreendem na crueldade.
Seong Gi-hun
desperta de volta no mesmo lugar de 3 anos antes, com o uniforme verde e o
mesmo número 456 colado no peito… ao seu lado, um novo grupo de jogadores, que
incluem alguns personagens que podem ser interessantes de se acompanhar, como o
390, alguém que Gi-hun conhece desde antes do primeiro jogo; o 007, que foi e
descobriu que a mãe também tinha se inscrito para quitar as dívidas do filho;
120, a mulher trans que sofre preconceito desde o primeiro momento; 333, o influencer estelionatário que parece os influencers brasileiros que divulgam o
jogo do tigrinho; a 196, uma menina que morre antes do que eu imaginava; e 230,
um rapper esnobe e particularmente perverso, que já mostra muito bem a que veio
aos jogos desde o seu primeiro episódio.
É, a
princípio, um grupo que parece mais curioso e questionador do que o grupo que
entrou com o 456 na primeira temporada… enquanto as regras são apresentadas e
informações como “todo mundo que perder o jogo vai morrer” são ocultadas,
Gi-hun escuta a tudo em silêncio mais do que horrorizado: enojado. Pelo menos até o momento em que ele descobre que, assim
como na primeira vez, ele está sozinho…
a ajuda com que contava do lado de fora, liderada por Jun-ho, não vai conseguir
chegar até ele porque o rastreador em seu dente falso foi retirado – enquanto
Gi-hun descobre isso, a equipe de Jun-ho descobre um pescador sozinho em uma
ilha que não é necessariamente o lugar onde os jogos estão acontecendo… e os jogos vão começar.
O primeiro
jogo é, novamente, a BATATINHA FRITA 1, 2, 3. Quando Gi-hun vê novamente a
boneca gigante pronta para detectar movimentos e matar o máximo de competidores
que puder, ele tenta interferir. Angustiado, Gi-hun se coloca na frente de todo
mundo para tentar alertar o grupo de que aqueles
não são jogos normais – todos que perderem serão assassinados. A maneira
exasperada como Seong Gi-hun se expressa e como diz coisas que parecem
“absurdas” faz com que ninguém queira
acreditar nele… ele é tratado apenas como “um maluco” ou “Um bêbado
qualquer”, embora ele levante algumas dúvidas – uma pessoa bêbada não fala com tamanha convicção daquela maneira.
Assim, o grupo meio que aceita o “comando” de Gi-hun.
Nos
primeiros minutos de jogo, com Gi-hun gritando e mandando todos pararem e ficarem
imóveis nos momentos certos, ninguém é assassinado – a esperança de que eles
possam “sobreviver juntos” é, no entanto, vã, como o episódio vai demonstrando
a Gi-hun repetidamente. Quando a primeira pessoa é assassinada, as coisas
acontecem de maneira muito parecida a como aconteceram da vez anterior: começa
a correria, os gritos e o pânico e o caos toma conta de tudo, enquanto os
corpos vão se acumulando, inclusive incentivadas
por jogadores como o 230, que empurra alguns de seus adversários com um “Tchau” irônico e cruel, para que eles
sejam mortos e ele fique mais perto do
prêmio final… para ele, é tudo uma brincadeira…
Ele não se importa com quem morrer no meio
do caminho.
O jogo da
boneca é uma verdadeira TENSÃO, mas é uma tensão diferente daquela que
experimentamos na temporada anterior! Seong Gi-hun consegue atravessar o
percurso dentro do tempo e levar a maioria dos jogadores em segurança com ele,
em uma nova estratégia que funciona, dentro do possível, e temos a tensão extra de Gi-hun retornando pelo jogador
444, que levou um tiro na perna, mas ainda que Gi-hun consiga ajudar o colega,
ele é morto da mesma maneira, porque já tinha sido desclassificado e “é um
perdedor”. O grande destaque aqui está no fato de a pessoa que atira no 444 e,
depois, comenta que “só abateu um
perdedor” ser Kang No-eul, a garota que imaginamos que seria uma das
jogadores, mas foi como soldado…
Não sei qual
é a ideia geral da temporada, mas há muito o que se explorar: a ideia de um
jogador retornante que conhece os
jogos e a necessidade de readequação dos organizadores; o grupo do lado de
fora, tentando chegar até a ilha, mas sem a vantagem que originalmente
acreditavam ter; e o ponto de vista de alguém que está trabalhando. A perspectiva de No-eul deve ser explorada, até porque sua posição é diferente da de Jun-ho na temporada anterior: ele estava
infiltrado… ela atira com frieza, quiçá com prazer.
É interessante ver os bastidores, que
contam com No-eul e os demais soldados recebendo os números dos jogadores que
devem ser abatidos, e o líder assistindo a tudo e percebendo que ele precisa
recalcular com base nas estratégias que Gi-hun está armando.
Ao fim do
jogo, o número de mortos é muito menor
do que fora na primeira temporada: são 91 eliminados, com 365 jogadores ainda
vivos. E, nesse momento, Gi-hun tenta apelar para o bom-senso dos colegas e
para a regra previamente estabelecida de que eles poderiam votar pelo fim do
evento depois de cada jogo, e os jogos se encerrariam se a maioria decidisse
assim… mas tudo é uma máfia tão grande e tão articulada que nós sabemos que não temos chance. Antes de
iniciar a votação, os soldados falam a respeito do valor atual do prêmio,
quanto seria para cada um se eles
saíssem naquele momento e despertam nos competidores mais ambiciosos a vontade
de ganhar mais… é nesse clima que a
votação começa, como da primeira vez.
Curiosamente,
ela é muito mais apertada dessa vez… o que a torna ainda mais angustiante. Gi-hun está angustiado, ele tenta chamar a
atenção dos demais, ele tenta apelar àqueles que ainda não votaram, ele até
conta a verdade sobre ele já ter estado ali antes e sobre como todo mundo que
jogou com ele morreu, mas não
adianta: os jogadores estão divididos, e a votação chega a um número de 182 x
182, cabendo ao 001, o último a votar, o desempate… e ele vota pela
continuidade do jogo, até porque ele é um
infiltrado da organização – regra básica de “Round 6”: JAMAIS CONFIE NO 001! Os jogadores ainda são obrigados a
colocar no peito um emblema com o seu voto, pela continuidade ou interrupção
dos jogos, e isso deve inflamar os nervos, as rivalidades e o caos…
Vamos ver o
que vai virar isso! E quais serão as novidades a seguir!
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