Crazy Ex-Girlfriend 3x06 – Josh is Irrelevant

“Hey, girl! How was your pee?”

Exibido originalmente em 17 de novembro de 2017, “Josh is Irrelevant” é o sexto episódio da terceira temporada de “Crazy Ex-Girlfriend” e é mais um ponto importante da série: Rebecca Bunch ganha um novo diagnóstico e precisa se habituar à ideia, e ela começa a perceber que, no fim, nunca foi sobre o Josh… assim como o título do episódio sugere, “o Josh é irrelevante”, e é interessante como, daqui em diante, a série abandona aquele padrão de sempre ter o nome de Josh Chan em seus títulos – de fato é uma nova fase para Rebecca, e estou curioso para ver como a série vai explorar isso. Novamente, elogio o trabalho da série, que consegue ser séria ao tratar de assuntos pertinentes, e ainda encontrar a sua maneira peculiar de fazer humor.

No fim do episódio anterior, Rebecca estava pior do que nunca… depois de ter fugido para a casa da mãe e de ter se sentindo enganada por ela porque Naomi estava dando remédios para ansiedade sem que ela soubesse, Rebecca entra em um avião qualquer, toma um frasco inteiro de remédios com álcool, em uma tentativa de suicídio, e termina finalmente pedindo ajuda. No início desse episódio, a encontramos em uma cama de hospital, em recuperação, se sentindo mal e “envergonhada”, o que me parece uma representação bastante certeira de uma pessoa em sua condição. Paula deixa tudo de lado para focar em Rebecca, que é a sua “prioridade” agora – mas talvez ela esteja exagerando na maneira como fica em cima da Rebecca e a sufoca…

Mas, também, uma representação bem certeira de uma amiga preocupada.

Essa ida de Rebecca ao hospital faz com que ela conheça o Dr. Shin – por sinal, como a Paula faz questão de deixar bem claro, ele é UM GATO! –, um médico que lhe sugere que talvez o seu diagnóstico não esteja correto e talvez ela precise de um tratamento que não seja inteiramente baseado em remédios… inicialmente, Rebecca fica empolgadíssima com um novo diagnóstico – “A Diagnosis” é bizarramente sobre isso –, mas o diagnóstico de “Borderline” não lhe agrada. Apesar do pedido de Dr. Shin, de que ela não pesquisasse sobre o transtorno na internet, é exatamente o que Rebecca faz na primeira oportunidade que tem, e isso a deixa pior do que nunca… é dolorosa aquela fala dela de “Não é algo que eu tenho… é algo que eu sou”.

Valencia, enquanto isso, está bastante obcecada com o negócio de “dar notícias sobre a Rebecca”, fazendo vídeos para a internet, e isso rende alguns momentos divertidos, tanto dela sozinha quanto de sua interação com Heather, cada vez mais “cansada” de Valencia – “I’m going to murder you!”. E eu preciso dizer uma coisa: EU GOSTO TANTO DA VALENCIA. Fico contente quando a série lhe dá o destaque ela merece, e a música dela é um verdadeiro hit, sabe? “This is My Movement” é a minha música favorita no episódio, e eu adoro o comentário final da Heather sobre como “parece que ela está falando sobre cocô” e tudo o mais. E, nessa coisa de a série encontrar maneiras de fazer humor e ser séria, eventualmente temos um momento muito sincero de Valencia.

Paula tenta “ajudar” a Rebecca (não é uma ajuda, na verdade) dizendo que elas podem conseguir uma segunda opinião e que não dá para confiar no Dr. Shin, e então as duas invadem o consultório da Dra. Akopian para ela dizer que o Dr. Shin está errado, mas eles já conversaram sobre o diagnóstico de Rebecca, e ela concorda com ele – e, em um momento sério e muito bem trabalhado, a Dra. Akopian lista para Rebecca 9 características de Borderline e diz que uma pessoa tem que apresentar pelo menos 5 para ser diagnosticada com o transtorno… ao fim de tudo, Rebecca percebe que ela não tem 5 características, mas todas as 9. É bastante triste, mas é necessário e faz com que a Rebecca perceba que é real e o diagnóstico está certo…

E aceitar o diagnóstico é um passo importantíssimo!

Agora, é um processo… não existe uma “cura milagrosa”, que era o que Rebecca no fundo esperava, mas já sabia que não existia – ela vai fazer terapia e aprender a viver com o seu transtorno. O episódio entrega cenas absurdamente hilárias, como a Heather com o machado quando Rebecca está no banheiro (!), e cenas bastante emotivas, como quando Valencia chora após o episódio do banheiro e fala sobre como ela teve medo de perder Rebecca e tudo o que passou pela sua cabeça enquanto aquela porta estava trancada… e, aqui, Valencia pede que Rebecca prometa que “nunca mais vai fazer algo assim”, e Rebecca é extremamente consciente dizendo que adoraria prometer isso, mas não pode… ela não pode prometer nem a si mesma.

Em paralelo, vemos Nathaniel sofrendo enquanto tenta escrever um cartão para enviar para Rebecca no hospital, e eventualmente descobrimos o porquê quando ele vai atrás dos pais em busca de respostas – porque ele precisa saber a verdade. Nathaniel não consegue falar com Rebecca porque pensar no que ela fez lhe dá uma espécie de ataque de pânico porque ele se lembra de uma vez, quando ele tinha 10 anos de idade, em que ele encontrou a mãe desacordada depois de tomar um frasco de remédios, e depois ela sumiu por 30 dias e ninguém nunca falou sobre isso com ele… eles mentiram e passaram o resto da vida se recusando a falar sobre o assunto, e agora ele quer saber a verdade. É uma cena bem forte dele com a mãe… e bem bonita quando eles finalmente conversam.

Talvez pela primeira vez.

Interessante como “Crazy Ex-Girlfriend” explora seus personagens. Assistindo a esse episódio, eu fiquei pensando sobre como Nathaniel foi uma boa adição à série, porque ele é um personagem interessante, e a sua história nesse episódio ajuda a dar profundidade a todo o tema que está sendo trabalhado. É só depois de uma conversa finalmente sincera com a mãe que Nathaniel tem coragem para ir falar com Rebecca, e os dois compartilham um momento muito fofo quando ele está deixando flores para ela na porta da sua casa e ela chega. É uma conversa breve, mas bonita e intensa à sua maneira… como disse outras vezes: estou curioso para saber como “Crazy Ex-Girlfriend” dará continuidade à sua história, mas estou certamente confiante!

 

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