Round 6 2x04 – Six Legs

Recálculo.

Quando o conhecimento que Seong Gi-hun tinha sobre a primeira prova – “Batatinha Frita, 1, 2, 3” – salvou a vida de mais jogadores do que os organizadores esperavam que sobrassem após a primeira prova, eles perceberam que eles precisavam se reinventar se queriam ser um desafio para Gi-hun… se não quisessem que ele “arruinasse” tudo. Em “Six Legs”, o quarto episódio da segunda temporada de “Round 6”, vemos um segundo jogo inédito, pensado para além dos jogos originais que já acompanhamos na primeira temporada, e me parece uma boa “extensão” do conceito previamente apresentado: não é um episódio que avança de verdade em termos narrativos, mas funciona bem como um “capítulo extra” dentro da proposta que já conhecemos.

Originalmente, o segundo jogo era o da “Colmeia de Açúcar”, e Gi-hun fala sobre ele aos seus “aliados”. E, do meio deles, surge o 001, responsável por desempatar a votação e garantir a continuidade dos jogos: um infiltrado perverso, mas inteligente o suficiente para conseguir o que quer… e, nesse momento, é conquistar a confiança do 456. O 001 joga bem ao mencionar o fato de ele ter sido o voto de desempate e ao perguntar a Gi-hun como ele acha que os outros 182 jogadores que votaram pela continuidade agiriam ao encontrá-lo na rua se ele tivesse votado diferente. E, para selar essa boa mentira, mais tarde ele pede para conversar com Gi-hun e conta toda uma história sobre a mulher doente que descobriu que estava grávida…

Uma história bem inventada e bem contada… ELE ATÉ CHORA.

Ali, ele “convenceu” o Gi-hun!

Com a aproximação do segundo jogo, os personagens vão ganhando mais substância… além do 456, do 390 e do 001 que está se aproximando, acompanhamos também a 222, por exemplo, que é uma garota grávida que talvez não esteja muito longe de parir; o 388, que é um fuzileiro agitado que se aproxima do grupo, subitamente “fã” de Gi-hun depois de sua condução na primeira prova; o 333, que é o influencer que enganou todo mundo com as criptomoedas, mas que eu tenho que dizer que é um gatinho. E posso falar algo sobre o 001? Ele pode ser um mentiroso filho da p*ta, mas meio que foi EXTREMAMENTE SATISFATÓRIO assisti-lo batendo no 230, sabe? E temos o 100, um dos jogadores mais ridículos desse grupo, que quer jogar responsabilidade demais sobre o Gi-hun!

Em paralelo aos jogos, acompanhamos No-eul no trabalho e aquela outra parte da trama, que é a do tráfico de órgãos – tráfico esse que é escondido do Capitão por trás dos jogos, e que pode estar sendo ameaçado pela Agente 011, que está baleando fatalmente as pessoas, como fizera com o 444 no episódio anterior, enquanto outras pessoas dão tiros não-letais para levar o corpo para a retirada dos órgãos antes que eles estejam mortos… com a sua atitude constante, 011 é chamada para “uma conversa” com o homem que a conhece e que a recrutou há 7 anos, e que lidera o tráfico de órgãos, mas ela é firme e decidida em relação às suas obrigações… afinal de contas, ela não pretende fazer nada escondida do Capitão… é ele quem manda.

O segundo jogo não é Colmeia de Açúcar (embora tenhamos uma sequência que eu considero muito interessante na qual Gi-hun sonha que incentivou as pessoas a escolherem o triângulo e daí o jogo apresenta uma nova “versão” de triângulo), mas um jogo jogado em equipe… então o primeiro desafio é formar essas equipes de 5 competidores, o que é uma sequência boa do episódio! Toda a “vantagem” de Gi-hun se esvai e ele é realmente abandonado por aqueles interesseiros que se aproximaram dele em busca de dicas, mas ele não está sozinho… ele tem o 390 e o 388 ao seu lado, por exemplo, além do 001, embora essa não seja realmente uma pessoa que seria bom ter ao lado… e eles precisam de mais uma pessoa para completar a sua equipe.

A formação das equipes é quase um jogo à parte, e eu acreditei que algumas pessoas já seriam “eliminadas” ao fim dos 5 minutos por não terem se juntado a nenhuma equipe, o que não acontece. Mas acompanhamos, por exemplo, o preconceito contra a 120 por ela ser uma mulher trans, ou com a 149 por ela ser uma pessoa mais velha, e elas acabam na mesma equipe, no fim das contas, ainda que a 149 tenha sido uma das pessoas originalmente transfóbicas com a 120. A própria 222 não tem tanta facilidade assim para encontrar seu lugar, porque é uma mulher jovem e grávida, mas ela acaba encontrando uma vaga com o 456 e os demais de sua equipe, e assim que descobrem qual é o jogo, eles vão decidindo os papeis de cada um…

O jogo é um PENTATLO DE 6 PERNAS: com as pernas amarradas, o grupo precisa vencer 5 minijogos em sequência, dentro de 5 minutos – é cruel, com uma trilha sonora que beira a ironia e profundamente angustiante… a perversidade se acentua no fato de termos dois grupos de cinco jogadores competindo por vez, enquanto os demais assistem e aguardam, tendo seu nervosismo e seu medo acentuados a cada minuto. Ao fim da primeira rodada, por exemplo, nenhuma das duas equipes competindo consegue vencer o desafio, e os 10 jogadores participantes são mortos na frente dos demais, que ficam assistindo enquanto “a área é limpa” para que os próximos possam jogar… a tendência é que poucos consigam se concentrar agora para vencer os desafios.

Mas não assistimos novas duplas ainda… fica para o próximo episódio.

Um gancho e tanto, eu diria, porque EU QUERO VER MAIS!

 

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