Lost in Space 2x09 – Shell Game



“Help family. Help, Ben Adler”
A essa altura, eu só quero uma rebelião dos Robôs, a Resolute destruída, uma morte tensa e sofrida para o Hastings e um pouco de paz para os Robinsons… tudo bem se eles não chegarem a Alpha Centauri, acho que eles não vão chegar mesmo – mas os Robinsons se viram. Eles se dão bem perdidos no espaço. O que me deixou mais feliz nesse episódio foi ver o amadurecimento do Will, ao perceber que o Robô está mesmo mudando, mas que isso não é um problema – afinal de contas, ele tampouco é o mesmo de quando eles se conheceram, e os dois estão amadurecendo. E o Will entende, finalmente, que a amizade “não é uma via de mão única”, então ele precisa atender ao pedido do Robô dessa vez: tudo o que ele quer é que Will o ajude a salvar a vida do Espantalho, e depois de o Will ter pedido tanto, e estar pedindo mais, ele não pode negar.
Enquanto isso, o gigante gasoso continua limpando a água, o que deve levar aproximadamente mais uma hora, e então eles poderão buscar as 500 pessoas que ficaram para trás e partir para Alpha Centauri com a ajuda do Robô… se ele quiser ajudar. “I’m not sure the boy’s in charge anymore”. O problema é que quem está no comando da Resolute é o filho da p*ta do Hastings, que acaba de tentar “reescrever a história” – quando John sai da Resolute também em uma cápsula de manutenção, para resgatar Maureen, Hastings muda os códigos e os prende para fora, escrevendo um relatório sobre como “Maureen percebeu o erro que cometeu ao tomar o controle da Resolute, e então se perdeu no espaço”, adicionando que “tentativas de resgate foram feitas, sem sucesso”. Pelo menos, com os dois para fora, temos cenas LINDAS como aquela da “baleia”…
É por isso que eu amo essas séries! <3
Com os pais do lado de fora, as “crianças” precisam tomar a ação em suas próprias mãos… e é bem interessante. Will está decidido a ajudar o Robô, e o Robô está decidido a salvar a vida do Espantalho, e só existe uma maneira de fazê-lo: levando-o até o Planeta Âmbar. Gosto de como Will e o Robô se comunicam, de como o Robô diz o que deve ser feito através de desenhos na parede, usando Gypsy como exemplo… o problema é que toda a Resolute está atrás dos Robinsons, e ainda foi feito um pronunciamento nojento jogando todos contra Will, por ele “ter pegado o Robô, sem se preocupar com a segurança de nenhum deles”. E, para completar, a Dra. Smith está ajudando Hastings, e embora eu ainda deteste mais o Hastings (!), as cenas me deram raiva, porque, infelizmente, aquela mulher conhece os Robinsons bem demais… ela sabe o que eles farão.
Por isso, eles precisam fazer algo inesperado.
Penny busca a ajuda de Vijay para conseguir uma Jupiter e descer ao Planeta Âmbar, mas, dessa vez, ele não vai ajudar – nós ficamos um pouco chateados com ele, mas eu também tento entender que é algo grande demais, e ele tem razão sobre como sempre se mete em confusão quando a ajuda. Até a Penny, depois de ouvir o discurso de Will, percebe o que Vijay quer dizer: “a amizade não é uma via de mão única”. Por isso, eles precisam improvisar, e isso inclui uma distração em uma Chariot desgovernada pelos corredores da Resolute, e eu AMEI a cara da Dra. Smith ao perceber que tinha sido enganada… as cenas estavam ótimas, eu fiquei muito contente com o Will e o Robô conseguindo chegar à Júpiter deles, sem nenhum guarda para detê-los… e parecia que as coisas podiam dar certo, mas Ben Adler está lá, esperando por eles.
Ele sabia exatamente para onde Will iria…
As coisas, então, ficam desesperadoras, tensas, e nós passamos nossa cota de raiva do episódio… tudo é muito intenso. Fiquei com raiva do Ben tentando impedir o Will de passar e querendo atacar o Robô, e o Will quase o convence: ele só quer salvar a vida do Espantalho, que está morrendo, e, de qualquer maneira, a Resolute ainda não está pronta para partir… eles estarão de volta antes de toda a água ser limpa e os 500 passageiros restantes voltarem, e então o Robô os ajudará… eles nem precisarão esperar por eles. Mas a ganância do ser humano é mesmo desprezível – é impressionante como não existe, nunca, nenhum vilão mais perverso e cruel do que o ser humano. Fiquei MORRENDO DE RAIVA quando Ben Adler segura o Will e os guardas atacam o Robô por trás, e então vemos a chegada do Hastings – desprezível e nojento, como sempre.
COMO EU ODEIO ESSE CARA!
A cena é fortíssima, e devo dizer que Maxwell Jenkins deu um show de atuação enquanto o Robô cai ao chão, machucado, e ele tenta se desvencilhar de Ben Adler: as lágrimas nos seus olhos, o desespero no seu grito, aquilo me arrepiou… sofremos com o Robô, sofremos com a maneira como ele pede ajuda a Ben, e como ele pede que Ben ajude seu amigo, o Espantalho… “Help family. Help, Ben Adler”. Will e Ben colocam o Espantalho dentro da Jupiter, para descer ao Planeta Âmbar, mas Will desce chorando e sofrendo, porque o Robô fica para trás, sendo torturado… ele é ferido, ele é colocado em uma caixa, depois em correntes, para fazer o motor da Resolute funcionar, e então ele é praticamente apagado, tratado apenas como uma máquina, um motor… escravizado, humilhado. A cena é triste demais… até onde o humano pode chegar.
Quero rebelião do Robô e dos Robinsons ainda essa temporada.
Não aguento esperar até a próxima.

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