Doctor Who 12x01 – Spyfall: Part 1



“Aliens attacking spies all over the world?”
QUE RETORNO ESPETACULAR. Um ano inteirinho sem episódios novos de “Doctor Who”, mas um retorno tão perfeito que nos deixa com uma sensação gostosa de que valeu a pena a espera… na 11ª temporada, Chris Chibnall ainda estava tentando se encontrar, ainda estava tentando construir um novo show, mas são mais de 50 anos de história de “Doctor Who” que não podem ser ignorados. Desse modo, essa temporada finalmente vai corrigir esse erro, e o primeiro episódio mostra com clareza que ELES SABEM O QUE ESTÃO FAZENDO. Que episódio incrível! Não teremos apenas retornos como os Cybermen, porque o fim desse episódio traz uma surpresa maravilhosa, que movimentará a temporada, e é legal como sentimos que é “Doctor Who”, com uma continuidade na trama, ao mesmo tempo em que tem gostinho de coisa nova.
Eu amei!
O episódio começa com agentes secretos sendo atacados por todo o mundo – conforme descobrimos mais tarde, a situação é muito mais grave do que parece, porque todos os agentes atacados estão inconscientes, com os seus DNAs “reescritos”: basicamente, eles não são mais humanos, apenas carcaças humanas, contendo alguma outra coisa. Assim, O MUNDO PRECISA DE AJUDA, e a Doctor é sequestrada, bem como seus três companions atuais: Graham, Yaz e Ryan. E o episódio é todo trabalhado em cima do tema de ESPIONAGEM, com um jeitinho de “007”, com direito até à Doctor dizendo “The name’s Doctor. The Doctor”, no melhor estilo “The name’s Bond. James Bond”. O episódio tem vida, tem ritmo, tem carisma, e tem mistério, que é o que nos prende… e eu adoro a ideia de começar a temporada com um episódio em duas partes!
EU AMO TWO-PARTERS!
Depois de serem “sequestrados”, Doctor e os companions quase são assassinados pelo carro que os leva até Londres, para um chamado da MI6: o mundo precisa de ajuda, e a Doctor é especialista em “temas impossíveis”. Assim, eles meio que se convertem em espiões no melhor estilo 007, e o Graham começa o episódio animado, acho que mais ou menos até perceber o quanto aquilo tudo é perigoso. O líder da MI6 é brutalmente assassinado pelos mesmos alienígenas que estão atacando os agentes ao redor do mundo, e esses inusitados alienígenas são diferentes de qualquer outro porque, quando a Doctor foge para a TARDIS acompanhada de seus amigos, eles passam pelas portas fechadas da TARDIS, algo que ninguém deveria ser capaz de fazer. Naquele momento, percebemos o susto no rosto da Doctor, porque estamos enfrentando algo novo.
Então, eles se separam… Yaz e Ryan vão atrás de Daniel Barton, o fundador da VOR e que é a única pista que eles têm agora, se passando por Sofia e Logan, e a Doctor os lembra da regra: nunca confiar em ninguém. Eles investigam, conseguem o convite para uma festa de aniversário no dia seguinte, e Yaz descobre que apenas 93% do DNA de Barton é humano… e os outros 7%? Enquanto isso, a Doctor e Graham vão até a Austrália, em busca de Oh, um cara demitido do MI6, mas que parecia estar certo sobre muitas coisas… e a Doctor pode usar a sua ajuda. É engraçado como parecemos gostar dele no primeiro momento, Sacha Dhawan tem um carisma interessante – o que é IMPORTANTÍSSIMO para quem descobrimos, no fim, que ele realmente é. E, na Austrália, eles são atacados pelos misteriosos alienígenas que ainda desconhecemos.
Gostei da forma luminosa deles, e do mistério pelo fato de a chave de fenda sônica não ser capaz de lê-los, então a Doctor e os demais prendem um deles em uma gaiola na sala de Oh (“Who are you? What are you doing to the people in this planet?”), e ele dá uma pequena dica sobre o que podemos ver no restante da temporada: ele diz que “vem de longe”, mas usando o termo “far beyond”, e quando eles dizem que estão prontos para “tomar aquele lugar”, a Doctor pergunta se ele se refere à cabana, ao país, ao planeta… e ele responde: “Universe”. Será, então, que ESTAMOS FALANDO DE UNIVERSOS PARALELOS?! Eu adoraria ter uma temporada sobre universos paralelos em “Doctor Who”. As poucas vezes em que vimos o tema ser trabalhado foram excelentes, e seria legal ter uma temporada mais centrada em contar uma história como essa.
Quem sabe?
Aos poucos, descobrimos uma coisa ou outra… Yaz e Ryan descobrem que Daniel Barton conhece os alienígenas, sabe o que eles são, e esses mesmos alienígenas acabam capturando Yaz em uma cena desesperadora, mas impressionante, em que ela é levada para um lugar diferente, uma espécie de floresta, e o mais interessante foi como o alienígena pareceu usar a Yaz para liberar um dos seus da gaiola, lá na Austrália. Numa sequência de luzes mais intensas, o prisioneiro de Doctor e Oh desaparece, sendo substituído por Yaz, e ninguém entende exatamente o que está acontecendo. Seguindo nas suas investigações, a Doctor descobre que os alienígenas estão espalhados por todo o planeta, e o mais interessante é quando o mapa se transforma em vários mapas… “Terras múltiplas”. SÓ VEM A TRAMA DE UNIVERSO PARALELO, POR FAVOR!
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Para investigar os espiões alienígenas (o que agora sabemos que eles são), eles precisam se aproximar de Daniel Barton – que sorte que Yaz e Ryan têm um convite para sua festa de aniversário, huh? Enquanto isso tudo acontece, acompanhamos um pouco mais de Oh, e, nesse ponto do episódio, eu estava totalmente caidinho por ele, implorando para que ele ficasse na série como um novo companions. O sorriso dele ao ser convidado pela Doctor para uma viagem, e a emoção dele entrando na TARDIS pela primeira vez são LINDOS. E também gostei da dinâmica dele e Yaz, mesmo que em uma cena breve, durante a festa de aniversário de Barton, com temática de cassino… inclusive, eu me diverti muito com todos eles jogando cartas, e aquela cena da Doctor me lembrou muito o Matt Smith… certamente era algo que o 11º Doctor também faria!
O episódio entra em um ritmo mais frenético próximo ao seu final, depois que a Doctor enfrenta o Barton com perguntas diretas em sua festa, e ele escapa – a Doctor e os amigos vão atrás dele em motos (“Mate! This is one of the quiet days”), entram em um avião em movimento, todas cenas dignas de um filme de ação e espionagem… e, enquanto estamos dentro daquele avião, então, começamos a ter as REVELAÇÕES tão surpreendentes, que elevaram o nível do episódio, e nos deixaram curiosos pelo que veremos a seguir. Começamos a perceber que Oh não é exatamente o que pensávamos (e eu fiquei triste, porque estava torcendo para ele ficar na série como companion), mas eu me arrepiei inteiro quando ele repete uma frase dita mais cedo, quando ele diz que “deveriam estar procurando o mestre dos espiões”, ou algo assim, porque então entendemos.
Então a ficha cai…
E É PERFEITO!
“Doctor, I did say look for the spymaster. Or should I say spy... Master?”
O QUE QUER DIZER QUE ESTAMOS LIDANDO COM O MESTRE! O MESTRE ESTÁ DE VOLTA A “DOCTOR WHO”. Da última vez em que o vimos, ele era a Missy, que era fantástica, mas eu adorei ter uma nova versão do personagem, e mal posso esperar para ver quais são seus planos, o que vai acontecer… o episódio termina frenético e eletrizante, no ápice da ação e das revelações, e nós SÓ QUEREMOS MAIS. Pelo menos meu pedido de ter “Oh” na série será atendido, não como companion, mas como o Mestre, um dos vilões principais. Ele é intenso, completamente descontrolado, um pouco louco… eu acho que Sacha Dhawan pode ser um bom Mestre. Nas últimas cenas, acompanhamos uma bomba explodindo na cabine do piloto, o avião despencando do céu, enquanto o Mestre diz à Doctor que “tudo o que ela sabe é uma mentira”, e ele escapa, enquanto os alienígenas levam a Doctor para o mesmo lugar para onde Yaz fora levada.
Yaz, Graham e Ryan? Por enquanto, estão despencando rumo à morte
QUE EPISÓDIO PERFEITO! <3

P.S.: A cabana voadora à la “O Mágico de Oz” é a TARDIS do Master?


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