Power Rangers in Space – Dark Specter’s Revenge



“They brainwashed her. She’s Astronema again!”
QUE ROTEIRO MAIS INCRÍVEL! Com “Dark Specter’s Revenge”, episódio em duas partes (exibidos nos dias 28 e 29 de Outubro de 1998, e escritos por Judd Lynn e Jackie Marchand), “Power Rangers in Space” fecha um arco importantíssimo da temporada: O PASSADO DE ANDROS E KARONE. Descobrimos, com certa surpresa, que a irmã perdida de Andros era, esse tempo todo, Astronema, que fora sequestrada por Darkonda quando criança e, desde então, criada por Ecliptor… quando descobre a sua verdadeira origem, no entanto, Astronema/Karone começa a questionar a sua natureza “maldosa”, e oscila entre o bem e o mal acabando, por fim, por ajudar os Power Rangers em busca de Zordon e despertando a fúria do Espectro Negro, que tem um plano ideal para trazê-la de volta ao seu lado: agora, Andros e Zhane precisam salvar Karone de qualquer modo.
Na Parte I, Andros apresenta os detalhes da Astroship para a irmã, que ainda está muito desacostumada com esse mundo, totalmente diferente daquele no qual cresceu: “Andros, it may take a while for me to get used to all of this. I mean… it’s a complete different life, you know?” Ela está tentando, e a atuação de Melody Perkins surpreende, capaz de ser a maldosa Astronema, em cuja maldade confiamos, e a muito doce e meiga Karone, e ela também interpreta a transição, aquele momento de DÚVIDA da personagem, aquele momento em que nem ela mesma sabe bem quem é. Naturalmente, a caracterização, que vai de um extremo a outro, também ajuda muito na construção da complexa personagem, porque os seus amigos Power Rangers a tornam uma “Ranger Honorária”, oferecendo-lhe um uniforme similar ao seu e tudo!
Assim, vemos, pela primeira vez, KARONE, de fato.
Karone é uma moça loira, de atitude meiga, maquiagem leve, muito parecida com uma típica Power Ranger rosa da época. E é APAIXONANTE ver essa transformação dela! É a partir desse momento que eu consigo, de fato, chamá-la de KARONE ao invés de chamá-la de Astronema, como vinha fazendo até então… a base da sua roupa por baixo do uniforme é roxa, e ela parece uma pessoa totalmente nova. Também é engraçado como eu desejo que ela fique dessa maneira, embora saiba que “Astronema” está prestes a retornar, com suas roupas pretas, suas perucas incontáveis e sua atitude maldosa. Tudo porque um asteroide está vindo rumo à Terra, grande o suficiente para destruir o planeta como fez, no passado, quando os dinossauros foram extintos – assim, o Espectro Negro sugere uma “negociação” com eles: que eles entreguem Astronema em troca de sua segurança.
E isso está FORA DE COGITAÇÃO.
Os Rangers trabalham para impedir que o asteroide destrua a Terra, mas ele é grande demais para ser destruído, mesmo quando os Power Rangers descem com detonadores. Quando nada funciona, Karone sabe que só há uma coisa a fazer: entrar ela mesma na Fortaleza Negra para que reprograma o asteroide, que foi mandado pelo Espectro Negro, e embora ninguém queira que ela vá (Andros diz que a buscou sua vida toda, e não quer perdê-la de novo), ela diz que é a única maneira… assim, ela entra como Astronema, com a peruca vermelha curta, e Ecliptor a encontra. Ao menos eu fico feliz por ela não trair os Power Rangers nem “voltar a ser má”, porque, na verdade, ela é programada para que atue como Astronema, controlada por um computador que isola a personalidade de Karone e a faz voltar a ser a Princesa das Trevas de antes.
Agora, o último recurso dos Power Rangers são os Megazords, embora eu não saiba por que eles não tentaram isso antes. A Parte II começa com os Rangers tentando salvar a Terra com os seus Megazords, e quando o poder não parece o suficiente, Zhane chega com UM NOVO MEGAZORD, o Mega Winger, e eles conseguem salvar o planeta… o planeta era o de menos, a trama central é Karone, e Andros e Zhane são os que mais querem salvá-la – “What do you mean ‘you have an interest’?” Eu AMEI as conversas enquanto eles tentam se infiltrar na Fortaleza, com aquela trama do “melhor amigo que se apaixona por sua irmã”, e os diálogos bem escritos que trazem isso à tona brevemente: “You went out on a date with my sister?” “I didn’t know she was your sister”. Sem tempo para discutir a respeito disso, os dois se passam por Quantrons, numa vibe meio “Star Wars” e entram!
Infelizmente, ASTRONEMA está de volta, engolindo a personalidade de Karone – controlada por um computador em seu rosto, meio como na sétima temporada de “Doctor Who”, em “Nightmare in Silver”. É triste ouvir a sua voz mecanizada, chamando-se de “Astronema”, e agindo como a “Princesa das Trevas”. Andros e Zhane lutam o quanto podem, mas então precisam escapar da Fortaleza antes de serem destruídos, e é muito triste vê-los partir sem Karone com eles… “They brainwashed her. She’s Astronema again!” Mas ainda é razoavelmente cedo na temporada para que essa trama seja resolvida de fato, e gosto de como “Power Rangers in Space” encara com seriedade o seu roteiro e o desenvolve de forma inteligente, compassada… esse é um dos meus arcos favoritos na história de “Power Rangers”, sem dúvida.
O restante do episódio nos mostra como tudo “voltou ao normal”. Os seis Power Rangers lutam para defender Bulk, Skull e o Professor Phenomenon de um monstro, e Astronema dá ordens como as que sempre dera, para engrandecer o “monstro da semana”, por exemplo – o que está astutamente colocado ali para provar que ela é Astronema, mas é doloroso porque SABEMOS que, na verdade, ela é Karone, e Karone é boa. De todo modo, é o debut completo do Mega Winger, um Megazord poderoso e controlado apenas por Zhane, o Ranger Prata, e que ATÉ É CAPAZ DE VOAR! Ao menos, ninguém fica achando que “Karone os traiu”, porque D.E.C.A. os informa que “Karone ainda está lá dentro”, mas suas emoções foram suplantadas pelo programa de computador que colocaram nela… a missão agora não é apenas salvar o planeta ou encontrar o Zordon… MAS SALVAR KARONE!
Quanta trama!
“I don’t know how, I don’t know when, but some day… I’ll get my sister back!”

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