On Broadway – Ghost, the Musical


Lindo.
Ghost, the Musical é um daqueles musicais com trailers incríveis que nos deixam morrendo de vontade de ver – minha mãe é apaixonada pelo filme, e talvez isso tenha sido transmitido para mim, pois eu também estava muito curioso pelo musical. A história está ali, intensificada pelas belíssimas músicas, e é um evento grandioso. Emocionante, forte, triste e muito divertido. Incrível como a história é contada, como os efeitos especiais são bem feitos, e como tudo é tão envolvente.
Começamos com Sam e Molly se mudando para o novo apartamento deles, uma aparente ótima relação de amizade com Carl, e um amor incondicional. É simplesmente bonito ver esse casal apaixonado se beijando, fazendo amor… e como Unchained Melody é colocada não da maneira clichê e previsível, mas sim de maneira fofa e divertida por Sam – acaba sendo romântico, mas de um jeito diferente. E conhecemos o drama de Molly por nunca ouvir dele um “I love you”, embora ambos concordem que pode-se ver isso nos olhos dele, e em cada uma de suas ações…
Ditto.
Para quem não conhece o filme: Sam e Molly são um casal apaixonado que, ao voltar para casa de um determinado encontro, são assaltados no metrô e ele é assassinado. Impossibilidade de seguir em frente, ele fica preso a ela e acaba descobrindo que sua morte não foi um simples acidente, e que ela ainda pode estar correndo perigo. Desesperado para poder ajudá-la, ele recorre à única pessoa que parece capaz de ouvi-lo e falar com Molly: Oda Mae. E a história se desenvolve com um monte de reviravoltas enquanto ele faz de tudo para proteger a mulher que ama e enfim seguir em frente.
Amei esses atores, todos incríveis. Richard Fleeshman é um cara muito lindo que se encaixa perfeitamente com a descrição de Sam – e embora eu ame escutá-lo cantando, acho que ele poderia ter uma voz um pouco mais explosiva, mais alta. Caissie Levy sofre o musical todo, só tem músicas de pesar, e sua voz se destaca, transmitindo uma belíssima emoção. Da’Vine Joy Randolph é uma ótima Oda Mae, engraçadíssima e com uma ótima voz! E Bryce Pinkham, um ótimo e revoltante Carl Bruner. E as músicas são todas marcantes, muito intensas e com letras lindas.
Me apaixonei pelos cenários. Em sua maioria muito simples, Ghost se utiliza principalmente de projeções, as quais conferem alguns cenários muito bonitos, a noção de interno e externo, além de profundidade e movimento. Sem contar que, em alguns momentos, elas ainda atuam como ecos dos sentimentos e pensamentos dos personagens, portanto se constituindo como parte integrante da narrativa por si só. Inteligente, diferente e muito bacana. Como eles andando pelas ruas de Nova York, a linha verde de hospital no momento da morte de Sam, a fantástica cena do metrô…
E eu amei os efeitos especiais. Falando em fantasmas, foi incrível como conseguiram caracterizar Sam como tal – com uma luz branca azulada brilhante que o diferenciava dos demais, bem fantasmagórico. E as trocas ágeis que fazem com que no momento em que alguém chora pela morte do outro, ele já está do outro lado, como fantasma, e nós nem vemos como tudo isso aconteceu. A maneira como ele contracena com as pessoas mas sem tocá-las, com se estivesse passando direto por elas, e a rapidez garante a verossimilhança. Então também há os efeitos sonoros fantásticos de fantasmas que não podem tocar as coisas, ar se movendo, e o fato de ele ficar desesperado e as pessoas nunca olharem para ele. Tudo muito convincente, bem feito, apaixonante.
Ghost, the Musical é um musical com livro e letras de Bruce Joel Rubin, e música e também letras de Dave Stewart e Glen Ballard. Estreou pela primeira vez em Manchester, em 2011, logo em seguida mudando para o West End e chegando à Broadway em Abril de 2012. Há também planos para uma versão brasileira estreando nesse ano… VAMOS LÁ! O musical é belíssimo e apaixonante, vocês devem conferir. Com um cenário diferente, uma iluminação perfeita e efeitos especiais surpreendentes, não tem como não se emocionar com essa tão linda e clássica história de amor… todos deveriam assistir!


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