American Horror Story: Coven 3x13 – The Seven Wonders


Foi ótimo! E fechou a história de Coven muito bem…
A história de Coven começou como essa escola para jovens bruxas para o qual Zoe é mandada após matar um homem com seus poderes… ao mesmo tempo em que parece que tudo passou tão depressa, parece também muito distante o dia em que conhecemos Zoe nesses termos. E o clã pela primeira vez. Esse episódio fechou essa parte da história com maestria, mas o restante já havia sido deixado de lado ao longo da temporada e foi se resolvendo, parece que Coven abrangeu bastante coisa passageira. The Seven Wonders seguiu de maneira muito linear e pouco surpreendente, resultando em uma nova era e um número considerável de pessoas que sobreviveram.
O fato de ter sido um tanto previsível não atrapalhou o andamento do episódio. Nos apaixonamos por ele de qualquer maneira. Com Stevie Nicks começando o episódio com uma música maravilhosa chamada The Seven Wonders – ótimas cenas e ótima letra! – o “jogo” começa ali e vemos as meninas tentando seu melhor para se provar a Nova Suprema. Uma grande competição que acontece mais rápido do que esperamos, mas isso também garante a dinamicidade do episódio, que não nos cansa em momento nenhum… e nos deixa apreensivos para saber o que acontecerá assim que os testes terminarem, sendo que é evidente que os 47 minutos não serão gastos nisso.
Telecinese foi provavelmente a mais simples de todas as provas, mas Misty já me deixou triste ali e sabíamos que ela não ia longe… Concílio deve duas faces muito boas: uma que foi Queenie x Misty fazendo a outra se estapear e puxar o próprio cabelo, eu me matei de rir; e depois Zoe x Madison, usando Kyle em seus joguinhos, tornando toda a competição bem mais pessoal. E a partir daí a teoria de qualquer um que votava na Cordelia como a nova Suprema ganha força, por que quem é a que parece mais poderosa de todas elas? Cordelia, separando a briga…
E nem vendo ela estava!
Com Descenso eu estava bastante curioso, afinal eu amo a estética daqueles Infernos Pessoais – as cores desbotadas, a falta de esperança, o sentimento de que não é real, mas ainda assustador. Como um pesadelo. Revemos o de Queenie, e ouvimos menções aos de Madison [musical de televisão – versão ao vivo de A Noviça Rebelde, e ela nem era a protagonista] e Zoe [Kyle e ela terminando continuamente, com Kyle repetindo em loop que não a amava]. Mas vemos o de Misty… achei bem triste, mas muito sua cara! Foi forte vê-la em uma aula de biologia, obrigada a dissecar um sapo, mas querendo mantê-lo vivo. A cena fica presa em loop e assim a perdemos. Muito triste.
EU A AMAVA!
De certa maneira, a Transmutação trouxe algumas das melhores cenas! Porque primeiramente foi muito legal ver que as meninas tinham esse bem dominado, parecendo o mais simples de todos, e como tornaram isso tudo uma brincadeira, uma divertida versão de pega-pega. Quando as vimos tão felizes de verdade? Foi ótima a cena, com um toque American Horror Story que matou Zoe quando ela vai parar em cima do portão. Morte muito tensa, eu me arrepiei. E na verdade foi essa mesma cena, essa morte boba e triste, que desencadeou uma série de eventos importantíssimos – o Vitalum Vitalis, a coroação de Cordelia e a morte de Madison.
Mas vamos com calma.
O Vitalum Vitalis foi o que mais me fez ter nojo de Madison, se recusando a trazer Zoe de volta para se tornar a Nova Suprema, matando e ressuscitando um mosquito para provar seu poder, mas sem querer ajudá-la. Fiquei com tanta raiva, tão parecida com a de Kyle, que tudo o que eu queria era vê-la morrer. “You’re not that good an actress”. Foi assim que fiquei contentíssimo ao ver a cena de Kyle, e ainda mais feliz por ver Spalding disposto a se livrar do corpo, assim não há como trazê-la de volta. Porque todo mundo volta em Coven. E a edição de cenas ficou fantástica, com Kyle bem sucedido em matar Madison exatamente ao mesmo tempo em que Cordelia consegue trazer Zoe de volta.
Eu esperava um reencontro de Zoe com Kyle, afinal ele estava com tanto ódio que matou a Madison, mas não tivemos isso. A esse momento estávamos preocupados demais com Cordelia desempenhando as Seven Wonders, depois de ter usado a Adivinhação para eliminar Madison. Foi ótimo vê-la desempenhando esses poderes, inclusive o da Pirocinésia, que anteriormente tínhamos visto Madison realizar na casa do vizinho. Depois de trazer Zoe de volta (o que me deixou bastante contente – afinal Queenie não foi bem-sucedida nisso), Cordelia tem sua melhor cena no episódio, que é acordar sentindo a saúde fluir por ela como toda Suprema, com seus olhos bons de volta…
As coisas então parecem se encaixar muito bem. Cordelia, como Nova Suprema, vai à TV e torna pública a existência de bruxas, e a escola especial para elas em New Orleans. Myrtle implora para ser queimada viva depois de todos seus erros, e recebe uma belíssima última cena que nos partiu o coração. Queenie e Zoe são convidadas para serem, com Cordelia, parte do Conselho – e a Escola realmente fica cheia, com uma fila gigantesca e uma infinidade de garotas, prontas para aprender. Depois disso fica tudo para nossa imaginação, mas o que eu conseguia pensar era: alguma dessas meninas ainda vai matar Cordelia. E estava quase esperando que fosse ali naquele momento, para terminar o episódio…
Se nem Fiona fez isso. Tivemos uma breve participação sua, que valeu muito a pena. Vê-la novamente viva não foi tão surpreendente. Muita gente já desconfiava que sua morte não seria um episódio antes do Season Finale, e esperavam algum tipo de retorno. Não teve nada de especial nele, com um simples plano previsível que deu certo – e uma bonita despedida de sua filha, a Nova Suprema. E as duas compartilham seu primeiro e único abraço – teria sido uma cena emocionante se não fosse a Fiona. E lá está ela agora, por toda a eternidade, tendo que viver em seu próprio Inferno, com direito a Papa Legba rindo ao fundo e tudo!
Infelizmente foi um final “bonitinho”. Tivemos pelo menos uma morte meio macabra nesse episódio, mas as coisas acabam com três das bruxas originais sobrevivendo, Cordelia feliz como a Nova Suprema, e a Escola se tornando algo grandioso, o que dá direito à Cordelia até de um sorriso! Quer dizer, roteiristas? Sorriso? Mesmo? Poderia ter sido mais macabro, e eu amo Asylum, mas acho que The Seven Wonders foi um final digno de Coven. Ficou lindo, ficou bizarro, valeu muito a pena! A temporada não é a melhor de American Horror Story, mas tivemos uma ótima história que adoramos acompanhar… agora vamos ver o que vem pela quarta temporada… Circus? Roswell? Hollywood?

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