Os Heróis do Olimpo, Livro Dois – O Filho de Netuno

Bom, muito interessante. Finalmente consegui ler o livro, precisei de umas férias para fazê-lo. A narrativa típica de Rick Riordan é envolvente, repleta de aventura e ação (em nenhum momento ele pára, é acontecimento importante a cada virar de página) e muitas situações e comentários cômicos ou sarcásticos… ele se perdeu um pouco no romance, criando um clichê e outro nojentinho/obsessivo, mas enfim…

Hazel

O livro dessa vez foca no Acampamento Júpiter, o lado romano dos semideuses. A maior magia está em ver como ele é diferente do Acampamento Meio-Sangue, e essa era minha maior curiosidade. Ao lado de Percy, eu ficava chocado em ver as diferenças… era divertido ver como, mesmo sem memória, Percy Jackson tinha alguns resquícios da “criação grega”, e isso chocava aos romanos… mas sim, os centauros e ciclopes “do mal” também me deixaram abismados.

Mas sinceridade? Se fosse para escolher um, eu certamente escolheria o Acampamento Júpiter… mesmo novo, me pareceu muito mais acolhedor, e justo… gosto muito dessa estética romana, a história dos semideuses envelhecerem, constituírem família, estudarem… e morar dentro de uma cidade no acampamento! Bem, tudo isso me fascinou, eu escolheria Roma, sem dúvida. Sem contar que eu gosto bem mais das divisões em Coortes, dando mais um sentimento de união, de família, sem fazer com que alguém fique sozinho, como Percy ficava no Chalé de Poseidon…

Frank

Rick Riordan tem uma queda por underdogs… dessa vez criou a Quinta Coorte, que me lembrou muito o Chalé 11 do Acampamento Meio-Sangue. Também é bom essa coisa de campistas serem pretores (Jason era um, sabia que ele era poderoso mesmo!), portanto a maior autoridade dentro do Acampamento… dá uma sensação de auto-suficiência (olha aí Lupa, eu aprendi!), concentra o poder nas mãos deles mesmos, aprovei. O único defeito do Acampamento é que eu realmente ficaria cansado com aqueles eventos todas as noites…

Mais diferenças não citadas: os faunos não trabalham para o Acampamento, e mais parecem mendigos pedindo esmolas. Embora sejam muito simpáticos. Nem todos os campistas são filhos de deuses, também existem descendentes de semideuses e assim por diante… Netuno não é tão importante para eles, uma vez que romanos não gostam do mar. Marte (Ares) figura entre os principais deuses… e eu comecei a gostar dele!

Ella, a Harpia

Rick Riordan apostou numa narração diferente. Ainda narra do ponto de vista de três semideuses (agora Percy, Hazel e Frank), mas eles trocam a cada quatro capítulos. Não gostei, acho que a divisão de O Herói Perdido era mais gostosa, mais leve… mas talvez seja porque eu sou apaixonado pelos personagens do primeiro livro, talvez seja isso. Ah, sim, me desculpem os que não concordam, MAS EU GOSTEI MAIS DE O HERÓI PERDIDO! Especialmente pelos personagens… Jason, Piper e Leo eram tão mais interessantes, carismáticos e apaixonantes do que Percy, Hazel e Frank…

Como prova, olha só aquela fala no pergaminho de Leo? Iluminou o capítulo!

Octavian, Legado

Bem, toda vez que Jason, Piper ou Leo eram citados, eu vibrava, ansiando por vê-los novamente. E eu sabia que isso não ia acontecer por enquanto, mas estou aguardando o próximo livro, que contará com eles finalmente! Percy, Hazel e Frank também são ótimos, mas não me parecem tão reais quanto os outros… parece que Rick Riordan não passou tanto tempo preocupado em criar algo que nos aproximasse deles; não foi rápido simplesmente se encantar por eles.

Mas, méritos sejam concedidos, eles têm histórias de fundo emocionantes e importantes. Frank é provavelmente o semideus mais poderoso que eu já conheci (ouviram Percy e Jason?), embora ainda não se porte como um. Sua história (e de sua família) são ótimas… Hazel tem todo um passado interessante, e gostei de ver Nico de volta (quase tive um ataque quando ele apareceu pela primeira vez)… e o que foi seu passado com Sammy? Para quem achou que isso não ia levar a nada, realmente fiquei chocado com os rumos que isso tomou no último capítulo de O Filho de Netuno. Não sei para onde isso vai, mas é uma das coisas que me deixam mais curioso para A Marca de Atena…

Reyna, Pretora do
Acampamento Júpiter

Até porque o enredo não será mistério nenhum. Será uma batalha dos sete semideuses, sua jornada para Roma e depois para a Grécia, numa busca pelas Portas da Morte, blá blá blá. No final (o que eu imagino que será um quinto livro), semideuses e deuses se juntam em uma conturbada Guerra Final contra Gaia… alguém duvida de que será esse a sequência da série? Só fico curioso para saber como será a divisão de narração… os sete terão capítulos?

Falando em Marca de Atena, Annabeth não foi bem aproveitada… a obsessão de Percy por ela me cansou continuamente, e só rendeu bons frutos quando Juno o assegurou de que ela seria a que mais lhe causaria problema na próxima missão. Mal posso esperar por isso. E é bom ver Percy quebrando a cara às vezes, afinal sou só eu que o acho pretensioso demais? Eu tenho que salvar os dois acampamentos, eu tenho que achar as Portas da Morte, eu serei a “cola” que unirá os sete semideuses, gregos e romanos…

Tânatos, deus da morte

Por isso eu gosto bem mais de Jason…

A história de O Filho de Netuno gira em torno de uma missão de três semideuses (Percy, Hazel e Frank) rumo ao Alasca, para recuperar o Estandarte da Águia (Legado da 12ª Legião) e libertar Tânatos, o deus da morte, que está aprisionado pelo gigante Alcioneu – portanto, os monstros não estão permanecendo mortos. Detalhe: o Alasca é além do alcance dos deuses, portanto o perigo é ainda maior… eu amei a descrição de Tânatos, mal posso esperar para vê-lo em um filme por aí… ah, Rick Riordan ama prazos apertados! Eles têm até o Festival de Fortuna para fazer tudo isso e retornar ao Acampamento Júpiter, para salvá-lo das forças do exército de Gaia, que planejam destruir a Legião…

E a ascensão de Gaia é o grande enredo dessa nova série… a Profecia dos Sete (Jason, Piper, Leo, Annabeth, Percy, Hazel e Frank) fala sobre eles buscando as Portas da Morte, para que Gaia não mais a controle, e destruí-la, antes que o mundo seja destruído. Novamente.

Por fim, só tenho a dizer: o livro foi ótimo! Vale muito a pena ler, Rick Riordan nos apresenta, novamente, uma história consistente, repleta de acontecimentos e ensinamentos importantes… aos poucos ele caminha para constituir uma série muito melhor do que aquela apresentada em Percy Jackson e os Olimpianos, talvez justamente por sua abrangência (muito maior) e pelos personagens ainda mais carismáticos… para quem ainda não leu o livro, fica a dica! Enquanto isso, aguardamos o próximo volume… até mais!

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