My Personal Weatherman – Episode 8 (Final)

“Você é o único que eu amo”

Chegamos ao fim de “My Personal Weatherman”, e eu vou dizer de uma vez: EU GOSTEI BASTANTE. Não é um BL perfeito e não vai entrar para a minha lista de favoritos nem nada, tampouco eu acho que seja um BL para todo mundo, porque Seagasaki Mizuki e Tanada Yoh não têm a relação mais saudável do mundo e a dinâmica pode incomodar a algumas pessoas, mas se eles encontraram uma forma de viver assim, eu é que não vou reclamar… talvez seja a forma como o romance deles funciona, no fim das contas. Quando as coisas parecem atingir um nível absurdo (o final do episódio passado me deixou com um grande ponto de interrogação sobre a cabeça), os dois começam finalmente a conversar e a entender que eles meio que gostam de como as coisas são…

É claro que parte do meu carinho por “My Personal Weatherman” tem a ver com os atores que interpretaram os protagonistas – e que foram o motivo pelo qual eu me interessei pelo BL inicialmente. Ambos egressos da franquia de tokusatsu “Super Sentai” (e ambos homens muito bonitos, convenhamos), fiquei muito contente de vê-los juntos em um projeto BL… Higuchi Kouhei, que aqui interpreta o Segasaki Mizuki, interpretou o Don Momotaro em “Avataro Sentai DonBrothers”, em 2022, enquanto Mashiko Atsuki, que aqui interpreta o Tanada Yoh, interpretou o Zocks Goldtsuiker em “Kikai Sentai Zenkaiger”, em 2021, e ambos DERAM UM SHOW em “My Personal Weatherman”, para mim… foi muito bom acompanhá-los durante esses oito episódios.

O que falta e sempre faltou na relação de Mizuki e Yoh é o que se nota há muito tempo: uma boa conversa. Os dois têm dificuldades para colocar em palavras o que sentem e o que pensam, e isso gera todos os problemas de “My Personal Weatherman”, já que o Mizuki fica com ciúmes da relação de Yoh com o marido de Man, sua melhor amiga, por exemplo, mas fala sobre isso meio que “pela metade”, e o Yoh acredita que ele está bravo com o personagem baseado nele que ele e Man escreveram para um novo mangá… e coisas desse tipo. Os flashbacks dos dois últimos episódios, no entanto, mostraram que não falta sentimento entre eles (assim como a constante narração de Yoh), e talvez seja por isso que eu sempre tenha tido esperança para os dois.

Talvez a relação deles tenha algo de BDSM? Não é oficializado e o tema não é discutido em “My Personal Weatherman”, mas é a sensação que passa quando o Mizuki amarra Yoh na cama, fala um pouco sobre como o quer só para ele, e quando ele está indo embora, Yoh segura sua camisa e pede que ele não vá… e, eventualmente, confessa que gosta disso. Foi essa a relação que eles construíram porque, no fim das contas, é assim que eles querem que ela seja, e conforme ambos vão entendendo isso e vão percebendo como compartilham dos mesmos sentimentos, desejos e vontades, as coisas vão melhorando – adorei, inclusive, a maneira como Mizuki tem um sorriso safado no rosto quando beija Yoh ou como tira a camisa (!) para “atender aos pedidos de Yoh” e tudo o mais…

Eles são quentes.

Assim, Yoh e Mizuki têm sua parcela de toxicidade, mutuamente reconhecida e “aceita”, mas eles também são interessantemente fofos – quando eles despertam na manhã seguinte a uma noite quente de amor, por exemplo, Mizuki percebe depressa que tem alguma coisa errada com o Yoh e que ele está resfriado ou algo assim, então ele simplesmente deixa de ir trabalhar para poder cuidar do seu amado, o que é um detalhe muito atencioso. E, enquanto cuida de Yoh, Mizuki também descobre, finalmente (!), que o mangá que Yoh e Man estão desenhando e baseado na relação dos dois… e, quem diria? O mangá acaba ajudando Mizuki a entender um pouco do que Yoh quer – ele quer que ele lhe diga que ama apenas a ele, por exemplo, e ele diz…

À sua maneira.

Gostei muito de ver que, ao fim de “My Personal Weatherman”, ambos deram um passo adiante no relacionamento, e acredito que as coisas ficarão mais saudáveis agora, porque algumas coisas estão finalmente sendo ditas. Mizuki entendeu o que Yoh quer ouvir, e está disposto a dizê-las, por exemplo, e ele mesmo também fala um pouco sobre o que ele espera, como quando pede que Yoh o receba na porta quando ele chegar do trabalho, lhe dando as boas-vindas ao lar… naquela noite, então, Yoh faz aquilo na cozinha mesmo, dando-lhe as boas-vindas e perguntando como foi o trabalho, mas ele promete que dirá isso na porta no dia seguinte. E, assim, algumas coisas vão se esclarecendo. No fim do episódio, vemos os dois realmente conversarem durante o jantar.

Isso é um passo e tanto para eles!

Na cama, eu acho que eles sempre se entenderam… mas o Yoh dando as boas-vindas é algo que acende o Mizuki de alguma maneira, e ganhamos aqueles beijos no pescoço ao lado de uma das melhores falas do último episódio, quando Yoh diz que “o curry está pronto” e o Mizuki responde com algo como “Tudo bem. Tem outra coisa que eu quero comer primeiro”. Dei uma boa gargalhada, confesso, mas também achei excitante! Assim como o Yoh! Ele não chega a dizer em voz alta, mas ele fica contente com aquela proposta de Mizuki de eles transarem todo dia que Yoh sair para trabalhar com Man – afinal de contas, ele não ficava esperando ansiosamente por todos os dias ensolarados e incapaz de pensar em qualquer outra coisa quando eles chegavam?

Ah, eu gostei. E vou sentir saudades!

 

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