Turma da Mônica Jovem (3ª Série, Edição Nº 9) – A Ceifeira

Dopplegänger.

Com um gostinho delicioso de SOBRENATURAL, tanto na trama principal – que chega à sua terceira parte – quanto em uma das histórias curtas, “A Ceifeira” é o nome da nona edição da terceira série da “Turma da Mônica Jovem” e foi publicada em março/abril de 2022. A edição tem mistério, tem possíveis respostas, tem um perigoso dopplegänger circulando pelo Bairro do Limoeiro e continua nos prometendo que, em algum momento, alguém vai morrer… afinal de contas, o nome desse segundo arco sinistro é realmente “Uma Luz Que Se Apaga”. É um bom capítulo de suspense e mistério para introduzir a segunda parte da narrativa, e temos bons personagens secundários ganhando suas histórias: Titi e Dorinha em “Aparências”, e DC e Isa em “Rolê do Espanto”.

O terceiro capítulo de “Uma Luz Que Se Apaga” começa logo depois de o Cascão ter a ajuda dos amigos para tentar explicar para os pais que ele não está mentindo quando diz que viu a Cascuda no Colégio do Limoeiro, porque ele não foi o único a vê-la… enquanto os pais se preocupam com o Cascão, se perguntando se ele pode estar envolvido em algo perigoso ou se, quem sabe, ele precisa de ajuda médica, os jovens começam a se dar conta de que tem algo muito sério acontecendo por ali – Cascuda foi apenas a primeira que foi “copiada” por quem quer que esteja rondando o Bairro do Limoeiro. Depois que Milena e Marina pedem desculpas para o Cascão por terem “dedurado” ele e se despedem do grupo, outra Milena aparece para falar com eles

A ideia de dopplegänger é nomeada em uma “aula aleatória” de Licurgo, que fala sobre esse ser capaz de assumir a forma de outras pessoas e cuja aparição sempre foi associada a um mau presságio – nenhuma novidade, porque sabemos que algo ruim está para acontecer. Licurgo (ou o dopplegänger do Licurgo, jamais saberemos) também fala sobre como “avistar o próprio duplo é um presságio de morte”. Todo mundo está avistando o dopplegänger em vários lugares do Bairro do Limoeiro, e ninguém dorme bem à noite porque eles têm pesadelos que fazem com que eles despertem e tenham uma noite péssima… e nos perguntamos quem é que vai ver o próprio dopplegänger e se isso significa realmente que essa pessoa está prestes a morrer.

O gancho da edição vem em cima desse conceito. Cascão corre para casa quando fica sabendo que o dopplegänger está se passando por ele na sua casa, mas quando os pais falam de ir para a escola para “confirmar a história”, ele foge pela janela porque tem algo importante para fazer e não pode perder tempo com as desconfianças dos pais que não acreditam nele. Não demora muito para que o Antenor e a esposa percebam que ele escapou, então ela começa a ligar para todo mundo atrás do Cascão e a procurar na vizinhança, enquanto Antenor vai até o estacionamento da Corrida Fantasma na edição anterior – e, lá, ele vê o dopplegänger de Cascão se transformar nele mesmo… se o Licurgo estiver correto, esse não pode ser um bom sinal.

E, no fim do capítulo, Cascão é informado de que “algo aconteceu com o seu pai”.

Deixando a trama principal de 6 edições em pausa, a primeira história curta e fechada da edição é “Aparências”, e é protagonizada por Titi e por Dorinha… Titi é um dos personagens menos carismáticos da turma, porque ele é aquele tipo de pessoa que tem um corpo sarado incrível, mas se acha demais por isso e não necessariamente trata os outros bem. Em poucas páginas, a história tenta explorar um pouco dessa sua faceta, das brigas que ele tem com a família (e que refletem na intensidade do seu treinamento) e na capacidade de fazer diferente quando suas notas baixas ameaçam a sua saída do Colégio do Limoeiro… quando o Titi encontra a Dorinha em uma parte mais isolada e silenciosa da escola, eles acabam conversando e uma amizade inusitada surge…

E ela o ajuda a entender que ele pode, sim, ir bem nas provas. Desde que se esforce!

Tanto quanto se esforça na academia!

Por fim, temos “Rolê do Espanto”, uma história protagonizada por DC e Isa que é, talvez, um “teste” para algo que a publicação queria fazer mais tarde… aqui, vemos DC e Isa saírem em um encontro inusitado pelos lugares mais mal-assombrados do Limoeiro, e o DC meio que estraga o passeio de todo mundo porque ele está ali só para desmentir as histórias que ele sabe que são mentira – a guia do passeio, então, resolve levar o DC e a Isa para um lugar realmente sinistro, porque acredita que “o espertinho merece uma lição”, e então os dois acabam em perigo em uma casa realmente mal-assombrada que tem um vampiro de verdade morando nela. É bonitinho ver o DC entrando para salvar a Isa, que misteriosamente sai intacta…

Será que vimos mesmo o fim dessa história?

Preciso comentar um pouco a respeito do personagem da DC: sinto que a “Turma da Mônica Jovem” ainda não sabe bem o que fazer com ele nessa nova fase, e eu espero que descubra logo, porque ele sempre foi um personagem do qual eu gostei bastante! Espero que com o crescimento de Isa, DC seja arrastado para mais perto de um protagonismo também, com uma trama interessante… DC, como personagem, é um conceito incrível e ele tem um dos visuais mais bonitos da “TMJ”, eu sempre adoro ler as suas aparições! Agora, ele precisa protagonizar histórias desvinculadas de Mônica e dos demais e não ser caracterizado como “chato” (e deixar de falar “Vou discordar”). Enfim, resumindo: eu gosto MUITO do DC e espero que o personagem seja tratado com respeito e atenção!

 

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