Glee 3x05 – The First Time

“Make of our lives one life”

Sebastian Smythe (!), “West Side Story” e a primeira vez de Finn e Rachel e de Kurt e Blaine… QUE EPISÓDIO ESPETACULAR! Exibido originalmente em 08 de novembro de 2011, “The First Time” é o quinto episódio da terceira temporada de “Glee” e é um daqueles casos de episódios praticamente perfeitos. Temos números musicais maravilhosos que vêm diretamente da produção de “West Side Story” pelo McKingley High, com os Warblers sendo a única performance diferente, e temos muito drama… e muita promessa de drama. Eu gosto demais de como a terceira temporada de “Glee” é claramente a mais bem planejada de todas, porque as tramas foram pensadas desde o início e elas são desenvolvidas no decorrer da temporada.

O episódio começa com o Artie percebendo que ele encontrou a sua vocação: ele ainda gosta de estar em cima do palco e se apresentar, mas ele se sentiu muito realizado dirigindo (ou “mandando nas pessoas”), e ele tem opiniões sobre tudo… tanto o que ele entende quanto o que ele não entende necessariamente. Depois da performance de “Tonight” (Rachel Berry como Maria e Blaine Anderson como Tony são uma dupla e tanto), Artie comenta, por exemplo, sobre “West Side Story” ser um musical sobre o despertar sexual, mas não saber como eles vão conseguir passar essa mensagem sobre o palco se eles ainda não despertaram eles mesmos… tanto Rachel quanto Blaine ainda são virgens, será que eles entendem os personagens?

A verdade é que sim, Artie estava exagerando e colocando pressão desnecessária.

De todo modo, Rachel decide tentar transar com Finn… pelos motivos errados. E, por isso, acaba sendo um desastre. Finn está todo nervoso e preocupado porque quer que seja perfeito, mas quando ele pergunta por que ela está fazendo isso agora e ela deixa escapar que “tem que resolver isso antes da estreia”, todo o clima vai embora, e Finn se sente usado, com razão: ela não está fazendo aquilo por eles, ela está fazendo para interpretar Maria melhor? A verdade é que Rachel ama o Finn, mas naquele momento o que a impulsiona é o musical e a dúvida plantada por Artie. Depois do desastre com Finn, Rachel convoca uma reunião extraordinária com meninas do glee club que tem mais experiência que ela – e Tina tem uma fala lindíssima sobre a sua primeira vez com Mike.

Diferente de como foi para Brittany, Santana e Quinn, para Tina significou algo.

Blaine e Kurt, aparentemente, escolheram esperar até “o momento certo”, mas no fundo percebemos que é mais porque ambos estão nervosos com o quanto não sabem do que por qualquer outra coisa… e Kurt chega a se perguntar se ele não é “sexualmente interessante” para despertar o interesse de Blaine. A relação dos dois ameaça ser balançada, então, quando Blaine retorna para a Dalton Academy para convidar os Warblers para a estreia de “West Side Story” no McKingley High, mas estar novamente com seu antigo grupo faz com que ele se sinta tão em casa… e realmente ele se encaixa ali, na performance de “Uptown Girl” que tem a primeira aparição de Sebastian Smythe, e os primeiros olhares perfeitamente sedutores dele para Blaine.

Sebastian Smythe é um filho da p*ta, é verdade… mas isso não me impede de ser completamente apaixonado por ele. Grant Gustin entrega a esse personagem uma sensualidade tão latente que vem não apenas de sua beleza (inegável), mas de sua confiança. É a atitude de Sebastian que o torna tão marcante. Antes mesmo de ter uma fala de verdade, durante a performance de “Uptown Girl”, ele já marcou sua presença, e nós sentimos coisas… o charme, a sedução, tudo se intensificando mais tarde, quando ele se apresenta para Blaine, que é “a lenda dos Warblers”, e quando eles estão tomando café juntos e conversando, em paralelo a um ensaio de Rachel e Santana como Maria e Anita em “A Boy Like That” (o que é GENIAL!).

A sedução está no olhar, no sorriso charmoso, no tom de voz… Sebastian sabe o que está fazendo (o “Doesn’t bother me if it doesn’t bother you” quando Blaine diz que tem um namorado), e o Blaine pode estar completamente apaixonado por Kurt, e está, mas não se pode dizer que ele não fica balançado… Sebastian o atingiu em cheio naquela primeira conversa! E ele está justamente se perguntando, agora mesmo, se essa não é a hora de ser jovem, de viver, de “ser aventureiro”. Na segunda conversa de Blaine e Sebastian (!), justamente quando Blaine está contando que tem namorado e Sebastian está dizendo que não se importa, Kurt aparece e eu não posso negar: EU ADORO O CAOS. Todo o climão daqueles três ali!

Blaine escondido atrás do copo de café…

Kurt visivelmente com ciúmes…

Sebastian pleno e satisfeito consigo mesmo…

Ai ai.

Sebastian os convida, então, para algo que Blaine diz que “não é a cara deles”, mas que Kurt quer experimentar, mais por desafio do que por qualquer coisa, e é assim que eles terminam com um documento falso em um bar gay, e posso dizer? É UMA EXPERIÊNCIA INCRÍVEL QUE TODOS DEVERIAM TER. Claro, tem toda a coisa de o Blaine estar dançando mais com o Sebastian do que com o Kurt, mas também é o Kurt quem está sentado assistindo até o momento em que resolve se jogar na pista de dança e recuperar sua atenção. Antes de fazer isso, no entanto, Kurt encontra um rosto conhecido: Dave Karofsky. É um momento interessante de reintrodução do personagem, que está tentando levar a vida da melhor maneira na nova escola…

E ele gosta dali.

Essa é a primeira grande crise de Blaine e Kurt. Blaine está completamente bêbado quando Kurt o coloca no carro para levá-lo para casa, e Blaine o beija e o provoca, mas Kurt não quer fazer sexo com o Blaine em uma noite em que ele passou mais tempo dançando com outro do que com ele, tampouco quer que ele esteja tão bêbado que não vai se lembrar de nada no dia seguinte… e, então, Blaine sai do carro, “pedindo desculpas” por tentar ser espontâneo e divertido, e anuncia que vai embora sozinho… e é com essa energia caótica que Blaine Anderson estreia em “West Side Story” como Tony, e entrega uma performance fenomenal. Uma conversa mais sensata e, principalmente, inteiramente sóbria fica para depois da estreia do musical.

A estreia de “West Side Story” é UM ESPETÁCULO, e eu gosto de cada mínimo detalhe… eu gosto da maneira como o grupo se reúne para agradecer a Artie justamente quando ele estava se sentindo uma “farsa”; gosto de como Santana ganha seu destaque e é a Anita perfeita; gosto de como Mike está incrível como Riff, mas como procura o pai na plateia e lhe dói que ele não esteja ali, embora ele oficialmente já soubesse que ele não estaria, porque ele dissera que “Mike não seria mais seu filho se insistisse nessa coisa de ser dançarino”; e, é claro, eu AMO a performance de “America”, que é um dos melhores números musicais da terceira temporada de “Glee”, e que me levou às lágrimas, numa mistura de emoções pelo musical, mas por Santana e Mike também!

Depois do musical, os casais balançados com as tramas do episódio fazem as pazes… Rachel resolve procurar Finn para pedir desculpas porque sabe que o que ela fez com ele não foi legal, mas isso não quer dizer que ela não o ame e que não queira realmente ter a sua primeira vez com ele, independentemente do papel de Maria; Blaine e Kurt, por sua vez, têm uma conversa sincera e essencial na qual Blaine garante que Sebastian não significa nada e que a primeira vez deles não podia ter sido daquela maneira mesmo, e a tensão sexual entre eles é tão palpável que eles deixam de lado qualquer comemoração em grupo pelo musical e vão para casa. É uma conexão bonita e sincera ao som da performance de “One Hand, One Heart”, que entrega uma cena e tanto!

 

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