Star Trek: Discovery 3x07 – Unification III

O legado de Spock!

GENTE, QUE COISA MAIS LINDA ESSE EPISÓDIO! Esse é, até o momento, o meu episódio favorito na temporada, e gostei muito da capacidade de “Star Trek: Discovery” de usar o que já existe no universo canônico para expandi-lo – agora que estamos no futuro e tudo pode ser novidade. Em 1991, a quinta temporada de “Star Trek: The Next Generation” trouxe um episódio duplo chamado “Unification”, um episódio que trazia Leonard Nimoy novamente ao universo de “Star Trek” para interpretar o Spock, agora Embaixador Spock, em uma missão audaciosa: ele queria unificar Vulcanos e Romulanos. Agora, “Discovery” apresenta a terceira parte dessa jornada, quando descobrimos finalmente o que aconteceu… foi muito depois da morte de Spock, e é uma pena que ele não tenha visto os resultados de seus atos, mas finalmente Vulcanos e Romulanos estão unificados…

Como eu sempre falo: isso é algo interessante que “Discovery” pode fazer agora que está no futuro, depois de qualquer outra série no universo “Star Trek”, e é legal vermos esse respeito ao legado, ver que quem está por trás desses roteiros respeita o que estava lá atrás… Michael Burnham continua tentando encontrar a fonte da Combustão, e então ela descobre que existe alguém que pode ajudá-los a interpretar os dados conseguidos: os vulcanos. O problema é que Ni’Var (o antigo planeta Vulcano, agora lar de Vulcanos e Romulanos unificados) deixou a frota estelar há muito tempo… desde a Combustão, eles se julgam responsáveis pelo que aconteceu, e culpam a Federação por tê-los “obrigado” a causar a Combustão e, por isso, a Federação não conta mais com sua ajuda… Michael está confiante, no entanto, de que o SB-19 poderia ajudá-los a entender algo mais sobre a Combustão.

Então, a Federação envia Burnham como sua representante – o que é inusitado, logo depois de ela ter desobedecido uma ordem direta e ter sido rebaixada novamente, mas ela é a irmã de Spock, e isso talvez a ajude a conseguir alguma coisa… é hora de diplomacia com Ni’Var, para conseguir sua ajuda e, quem sabe, até que o planeta volte a fazer parte da Federação. A Presidente de Ni’Var, T’Rina, no entanto, não parece disposta a ajudá-los, até que Michael apele para uma antiga tradição vulcana e invoque o T’Kal-in-Ket, uma espécie de audiência na qual ela precisa ser ouvida e tentará convencer, usando a lógica e a ciência, o povo de Ni’Var a colaborar com a sua busca… para isso, ela tem uma Qowat Milat, que é uma espécie de advogada, e a mulher que se voluntaria para o trabalho é justamente a mãe de Michael – um reencontro emocionante.

Mas diferente do que Michael esperava.

Enquanto isso, na USS Discovery, as coisas precisam mudar, e Saru já tem uma ideia de quem pode substituir Michael Burnham como sua Primeira Oficial, e ele convida Tilly para o cargo… pode parecer estranho, há quem diga que isso é forçado, mas a situação toda da USS Discovery é inusitada e inédita, e eu amo a Tilly, portanto, fiquei feliz… fiquei emocionado com ela, e fiquei bravo com a reação de Stamets (que é a mesma de milhares de fãs ao redor do mundo), mas fiquei feliz por, no fim, ele entender a proposta de Saru e apoiar Tilly, juntando algumas pessoas da tripulação da USS Discovery que gostam de Tilly para poder incentivá-la a aceitar o cargo – Saru lhe deu um dia para que ela responda. O mais legal é que, no fim do episódio, Michael Burnham aparece no meio dessa “cerimônia” para também dizer que ela deve aceitar, e Tilly fica feliz com sua bênção

Mas de volta ao T’Kal-in-Ket – Michael apresenta seus motivos para acreditar que a Combustão foi causada, e não um acidente, e suas teorias de que não pode ter sido causada por Ni’Var, o que acaba dividindo a opinião do conselho, que precisa chegar a um conselho… e é inusitada a maneira como a mãe a ajuda nesse momento, pegando bem pesado com ela, falando sobre como ela desobedeceu a uma ordem que acabou com Georgiou morta, há muito tempo, e como recentemente também desobedeceu uma ordem direta e acabou sendo dispensada novamente de seu cargo – e é essa pessoa que a Federação manda para falar com Ni’Var, depois de um século… então, ela quer saber por que eles deviam confiar nela ou na Federação e, pela primeira vez em todo o episódio, Burnham consegue falar com o coração, de seus medos e suas inseguranças.

E isso pode ser ouvido.

O Conselho quase se desentende, quase que uma nova guerra entre Vulcanos e Romulanos se inicia, o que acabaria com toda a magia do episódio, que foi justamente ver a jornada e o sonho que Spock buscou em “Next Generation” enfim ganhando forma, enfim dando certo como ele sempre quis… e é justamente o que Burnham evoca: a memória de seu irmão. Ela não deixa que eles briguem e que eles se separem, porque Spock não ia querer que isso acontecesse, e também não é o que ela quer e não é o que a Federação quer. Então, para evitar essa guerra, Burnham está disposta a ir para casa sem receber deles a ajuda esperada, o que é muito horando de sua parte, e ela realmente acaba indo embora, mas recebe a inesperada ajuda da própria Presidente T’Rina, que decidiu confiar nela depois de tê-la visto falar sinceramente durante o T’Kal-in-Ket… agora, chegaremos à origem da Combustão?

 

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