Sense8 2x04 – Polyphony


“There was a protest in India, a riot over water in Nairobi…”
A grande estrela desse episódio? LITO, É CLARO! Lito teve alguns de seus momentos mais brilhantes nesse episódio… não, ele não perdeu o seu chinelo de novo nem nada assim, mas ele estava HILÁRIO! Tivemos um showzinho de drama engraçadíssimo no museu, no início do episódio, uns comentários bacanas enquanto Riley e Kala tentavam investigar os comprimidos dados a Will por Croome, e, por fim, teve ÓTIMAS cenas ao ir até a casa de Raoul para investigar o seu desaparecimento… foi um ótimo episódio, repleto de cenas fortes e muita ação, ao som de uma trilha sonora que nunca falha em nos arrepiar. Outro episódio que nos mostra o quanto a segunda temporada está preparada para nos destruir. O título se refere ao conceito de “polifonia”, dado por um escritor, sobre muitas vozes que se sobrepõem e se alternam, o que tem tudo a ver com o sensate.
Começamos o episódio no museu, depois que Will presencial um brutal assassinato, e precisa escapar da armadilha antes que a polícia apareça… E FOI GENIAL! Que fuga espetacular – Sun luta um pouco pelo corpo de Will, e Lito ajuda com suas táticas de interpretação, fazendo todo um dramalhão típico mexicano que foi IMPAGÁVEL! Acho que eu nunca ri tanto assistindo a Sense8 quanto com Lito/Riley gritando daquela maneira, falando que viu o terrorista e tudo o mais… hilário. É uma excelente cena de fuga (dois episódios seguidos com o tema, huh?), com todoso (menos o Wolfie) correndo enquanto Riley e Will, os únicos presentes fisicamente, conseguiam escapar… agora, eles precisavam investigar as pílulas de Croome, decidir se podem ou não confiar nele, ou em outras pessoas na PBO. Whispers está vindo.
E o clã de Lila? Ficou livre da PBO ou trabalha para ela?
Gostei do paralelo formado entre a cena de Sun “meditando” no terraço com a festa de Wolfgang e Kala no museu com Rajan… principalmente porque temos um novo encontro de Kala e Wolfie, e nós adoramos esses encontros – “Why bathrooms?” Ali, a tensão sexual é brilhantemente observável, e ele tenta se afastar dela, dizendo coisas como “You desserve to be happy”, ao que ela responde com um ousado e um tanto inesperado “What if I don't want to be happy?” e um ainda mais inusitado “What if I'm only pretending to be a good person?” A cena ainda coloca Wolfgang dividido entre Kala e Lila, que o espera dentro de uma cabine no banheiro, e quando Kala se vai, Lila leva Wolfgang para o seu lugar, dentro de um carro… amo a troca de cenários, as possibilidades de um homo sensorium. Sem contar o mencionado “acordo” do clã de Lila com a PBO…


…o que eles “negociaram”?
Uma das partes mais IMPACTANTES do episódio surge da definição de “polifonia” e da quantidade de informações e imagens a que estamos diariamente expostos, enquanto vemos Capheus e Kala envolvendo-se em duas multidões furiosas e alarmadas. Kala volta ao templo, fonte de um intenso protesto contra aqueles que querem acabar com a “idolatria” na Índia, um intenso e assustador processo de “americanização” do país, com o qual a nova família de Kala está intensamente envolvida (sua nova realidade é apavorante). Capheus, por sua vez, expressa seu “desejo por justiça social”, como a repórter mais tarde diz, no meio de gritos e confusão por causa de um caminhão de água potável, estacionado ali. A sequência, com uma trilha sonora angustiante, é emocionante e desconcertante… um pouco desesperadora. Nomi espera por Amanita, fugindo de homens perigosos, e os outros dois estão no meio de um verdadeiro tornado.
Sobre isso, Capheus dá um discurso MARAVILHOSO na televisão:

“Look, who am I to answer such a question? I drive a bus. If I didn't take people where they hired me to take them... I wouldn't expect them to get back on my bus. We expect leaders to take us where we want to go. The problem, it seems to me, begins when they don't. When things do not improve and yet these leaders keep expecting us to get on their bus... I think this is when leaders become something else. Politicians”

Genial. Simplesmente PERFEITO. Que alegoria!
A pílula de Croome, a princípio, parece segura, parece cumprir exatamente com a função que dela é esperada, para que Whispers a usou… amo a maneira como Kala fala sobre o tema, toda entendida, através de Riley, que fica parecendo uma DJ super entendida de bioquímica. A interação ali foi SENSACIONAL. O Will apresentando algum tipo de ciúme, enquanto o Lito, a princípio, disse que achava o cara meio sexy, embora não desse para confiar nele, como Nomi disse… mas um dos melhores momentos, novamente, vem através de Lito, porque quando fazem uma citação de um filme seu, e o cara chama o filme de “brega”, ele fica todo sentidinho, e a expressão dele ao dizer aquele “Cheesy? I don't like him either” foi simplesmente impagável… eu amo esse senso de humor do Lito, essa fofura que sempre nos conquista!
Mas Lito brilha novamente quando ele vai até a casa de Raoul, para investigar o seu desaparecimento… eu devo dizer que eu AMEI os flashbacks, de verdade. A conexão instantânea dos dois, que Raoul diz que pode explicar cientificamente… sem contar as falas soltas que sabemos que são a outras pessoas de seu clã, e o fato de Raoul ser, também, um gato! Gostei da cena, da tensão, da proximidade para um quase beijo… a criação do suspense me conquistou. Porque quase achei que não fôssemos ver nada entre eles… porque Lito conversa com o pai de Raoul, que pergunta se eles eram “amantes”, e depois de um inicial desconcerto, Lito se lembra de cenas GOSTOSAS com ele – super HOT. Lito estava gato, o beijo foi intenso, e Raoul era determinado, e o beijou fortemente, ainda que Lito dissesse que não era gay, mas se entregava, supostamente “porque um ator tem que estar aberto a experiências”. Um beijo gostoso, um sexo oral excitante de se assistir… a mão de Raoul na barriga definida de Lito…
Wow. Chegou a faltar o ar aqui. Mas depois eu vejo a cena de novo, chega de comentar.
Lito responde que “sim”, eles eram amantes… e então eles INVESTIGAM. Will assume a posição de Lito por um momento para interrogar sobre o desaparecimento de Raoul, e Lito vai até o quarto do rapaz, repleto de fotos, fotos da cabana, da Angelica, do Jonas… do lugar aonde ela levou seus primeiros filhos sensates. E eu achei LINDO como Raoul tinha um pôster de Lito no quarto, e como atrás dele escondeu uma fita reveladora. Um vídeo macabro com testes que envolveram Whispers e Todd, e uma conexão telepática forçada – a fábrica de zumbis. Mas a verdade é que ainda há muito a se entender desse desaparecimento de Raoul, e a última ligação dele com o pai, profundamente emocionante, me deixou em sérias dúvidas sobre se eu podia ou não confiar em Angélica… gostaria de pensar que sim, mas sinceramente eu já não sei mais de nada a essa altura!
Enquanto isso, Sun quase é pega de volta… ela está na casa da Sra. Cho, que precisa abrir a porta para dois policiais que estão buscando as fugitivas da prisão, e é angustiante pensar que Sun pudesse ser pega novamente… felizmente ela consegue correr, e tem uma luta intensa contra um deles no terraço, embaixo de chuva, uma luta que faz com que ele a reconheça: “You’re her”. Aquele homem que conhecemos do passado de Sun, que significou algo para ela… talvez ela também para ele. Porque ela escapa, por ora… ela se despede da senhorinha que a ajudou a escapar, e é uma TRISTEZA: “Go… go clean your name. You and your imaginary friends”. Foi tão triste ver Sun, normalmente tão forte, chorando, e o abraço de despedida das duas foi de partir o coração… eu realmente espero que ela ainda possa visitá-la um dia.
Por fim, chegamos ao ASSUSTADOR final, uma sequência que nos deu muita agonia. Uma série de imagens mostradas rapidamente, a serem interpretadas, envolvendo Jonas e Angélica: “Are we all dreaming the same dream?” “It’s not a dream. It’s a memory”. Nessa mistura ágil e repleta de tensão, nós encontramos Jonas, talvez pela última vez… ele diz que veio se despedir, e que não era assim tão valioso para a PBO como julgava, porque agora chegou a sua hora de morrer. Foi angustiante (e não por ser triste, porque eu não confiava mesmo no Jonas e não sei se chego a me importar com a sua morte) ver a maca de Jonas ser levada, e Angélica ao lado dele, para ouvir um “Angelica… I’m afraid”, antes que a sua cabeça começa a ser aberta… cortada literalmente, para que possam “estudar” o seu cérebro de alguma maneira…
Creepy!

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