Glee 3x03 – Asian F
“It’s what
I love to do. It’s never gonna be a waste of my time”
Exibido
originalmente em 04 de outubro de 2011, “Asian
F” é o terceiro episódio da terceira temporada de “Glee”, e é facilmente UM DOS MELHORES EPISÓDIOS DA SÉRIE. Aqui,
temos a chance de ver um pouquinho mais de Mike Chang, agora que Harry Shum Jr.
foi promovido a “regular”, e ele dá um show não apenas com seus passos de dança
e sua beleza estonteante (!), mas com uma história dramática e emotiva muito
bem desenvolvida. Além de Mike, também temos a continuação das audições para “West Side Story”, com os papeis sendo
anunciados ao fim do episódio, e todo tipo de drama que parte disso, como a
competição de Rachel Berry e Mercedes Jones pelo papel de Maria… é um episódio
tão cheio de eventos, reflexões, humanidade, beleza!
Eu amo!
A história
parte do fato de Mike ter tirado uma nota A- em química, uma nota que o seu pai
considera tão ruim quanto um “F”, e esse é apenas o símbolo a partir do qual
percebemos toda a pressão que é colocada sobre Mike para que ele seja um aluno
exemplar e para que ele curse uma faculdade que a família escolheu para ele,
mas que não é realmente com que ele sonha. Gosto de ver o Mike em destaque, e
realmente a história foi timidamente preparada nos dois episódios anteriores
para esse momento, porque vemos como Mike está assumindo “coisas demais”: além
da escola, ele tem o time de futebol, o glee
club, o musical e as aulas de dança que ele e o Mr. Schuester estão dando
para os seus companheiros que precisam no New Directions.
É muita
coisa… mas é o que ele gosta de fazer! Mike precisa lidar com a sensação de que
desapontou o pai,porque ele foi
criado e é constantemente pressionado para só ter notas A+ e se sobressair como
estudante – o pai acredita que dançar é “apenas um hobby”, mas não quer que o filho perca tempo com isso. Quando Mike
Chang está em uma sala de ensaio, no entanto, é quando ele é realmente ele
mesmo… eu amo aquela cena na qual ele dança sozinho e sem música, em um momento
que me lembra a dança de Ren McCormack em “Footloose”
ou a dança de Billy em “Billy Elliot”.
É um momento em que tudo é colocado para fora através de seus movimentos, e
temos a aparição tanto do pai de Mike quanto de Tina, em pensamento, dando voz ao que ele sente.
Aos seus
sentimentos conflitantes.
Depois dessa
sequência e de como ela mostra para ele mesmo o quanto ele se sente realizado
quando está dançando, Mike aparece para as audições de “West Side Story”… levemente atrasado, mas ele está ali – “I’m sorry I’m late, I’m here to audition to
the Riff part”. Sério, como não amar o Mike?! E preciso dizer que ele
estava absolutamente lindo na sequência de dança mais cedo, e incrível na sua
audição ao som de “Cool”, e eu fico
muito orgulhoso de saber que ele se esforçou e ensaiou para melhorar o seu
canto, e mais orgulhoso ainda por ele ter tomado a decisão de se apresentar.
Ele merece esse papel, e ele assume isso: é o que ele quer fazer, é o que ele
quer fazer, ele quer ser um artista… e ele felizmente tem o apoio da mãe aqui.
Ela não vai pedir que ele desista dos seus
sonhos.
Falando em
audições para “West Side Story”, uma
parte também grande do episódio é dedicada à competição pelo papel protagonista
de Maria. Mercedes está decidida que, nesse ano, ela vai ter tudo o que ela
merece, ela está cansada de viver na sombra de Rachel – ou melhor, sob os
holofotes de Rachel, como ela diz em “Spotlight”
(que é uma performance MARAVILHOSA!). A sua audição para “West Side Story” chama a atenção dos diretores e acaba os
conquistando, mesmo que até então eles estivessem certos de que “Rachel era
perfeita para o papel de Maria”. Agora, as duas são chamadas para fazer uma
nova audição para que se possa decidir… e nós sabemos que isso vai ser uma
competição entre gigantes, pois ambas são incríveis.
Mercedes
está cada vez mais no limite, no
entanto. Na aula de dança, ela surta dizendo que está cansada e que aguentou
isso tudo por dois anos, mas não vai mais aguentar. Toda a trama é muito
curiosa, a meu ver, porque eu acho que Mercedes está corretíssima em suas
exigências e nos seus questionamentos, ao mesmo tempo em que em parte ela não
sabe como colocar isso para fora da melhor maneira. Ela tem razão quando diz
que o protagonismo sempre foi dado para a Rachel, que tudo sempre girou em
torno dela, mas também existem momentos em que Mercedes se sente uma estrela
grande demais para se dedicar o quanto os demais querem que ela se dedique,
como se ela não precisasse disso… “It’s
All Over”, de “Dreamgirls”, traz
um pouco disso.
Inclusive,
talvez a cena mais musical do
episódio.
Rachel e
Mercedes se apresentam novamente com uma música de “West Side Story” que não foi escolhida por elas, mas pela direção:
“Out Here on My Own”, e embora as
duas sejam ótimas, Rachel sabe que Mercedes
foi melhor do que ela… e ela fica desesperada em busca de outra coisa que
possa lhe trazer o que quer para o currículo nesse último ano, em busca de
NYADA. Quando a direção do musical anuncia que vão estender as apresentações
por mais uma semana e tanto Rachel quanto Mercedes interpretarão Maria, no
entanto, Mercedes se recusa a aceitar: ela sabe que foi melhor, sabe que a
Rachel também sabe, e ela não vai aceitar dividir o papel só porque “não querem
magoar os sentimentos de Rachel”. Então, ela sai… sai do musical, sai do glee club…
E se junta
ao glee club de Shelby.
Agora,
Rachel está decidida a concorrer a representante de turma, porque ela precisa
de alguma coisa para colocar em seu
currículo – uma campanha que parece cada vez menos ganha para Kurt, que até
pouco tempo atrás era o único candidato. Brittany está conseguindo votos com
seus passos de dança – como em “Run the
World (Girls)” – e seu discurso contra o patriarcado, e Rachel é uma nova
competidora que não se importa de verdade com a escola ou com os outros alunos…
ela se importa com ela mesma e com o seu currículo para NYADA. Pode ser um problema
na amizade de Rachel e Kurt, porque é como se Kurt fosse relembrado de algo que
nunca deixamos de saber: Rachel Berry é uma pessoa egoísta e pensa nela antes
de tudo.
Já o papel
de Tony fica para Blaine, merecidamente, e Kurt dá sua benção…
É uma cena fofinha.
Por fim,
temos a trama protagonizada por Will e Emma, porque ele está insistindo para
conhecer os pais dela, e como ela vive protelando isso, ele começa a se
perguntar se ela tem vergonha dele, porque sabe que ele não é um dentista
bem-sucedido como o Carl era e tudo o mais… mas a verdade, que Will Schuester
descobre da pior maneira possível, é que Emma não tem vergonha dele… ela tem vergonha dos seus pais. Eles são
supremacistas ruivos extremamente racistas e entregam uma cena revoltante que
nos ajuda a entender um pouco mais de Emma. É forte ver a maneira como eles
lidaram a vida toda com o transtorno de Emma, e como por culpa deles, agora,
uma nova crise é desencadeada, e Will não sabe bem o que fazer… mas está ali por ela.
“Fix You” é uma das músicas MAIS
TRISTES já cantadas em “Glee”. Que
cena final poderosa!
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