Stranger Things 3x06 – Chapter Six: E Pluribus Unum



“You shouldn’t have looked for me, ‘cause now I can see you”
SERÁ QUE, NO FUNDO, MIKE TEM RAZÃO EM RELAÇÃO AOS PODERES DA ELEVEN?! As coisas estão mais intensas do que nunca nessa terceira temporada de “Stranger Things” – é, portanto, a vez em que vemos Eleven abusando mais de seus poderes, tanto para coisas triviais quanto para batalhas contra o Devorador de Mentes, cada vez mais poderoso! E é muito interessante ver como o poder dela cresceu, como ela enfrenta o monstro com propriedade, e eu estava meio que do lado de Max e Nancy na briga sobre como ela conhece seus limites e como ela é “dona de si mesma”, mas e se Mike tiver um fundo de razão e Eleven estiver abusando de seu poder até quando não é necessário? Isso pode resultar em consequências para a garota? Talvez seja a proposta da temporada de modo geral e Mike tenha sido o primeiro a perceber.
O episódio também traz um pouquinho mais de Alexey, o cientista russo que abre a boca sobre o que os russos estão fazendo em Hawkins… as cenas são ótimas, e eu ADOREI o blefe do Hopper, estressado com Alexey e o jogando para fora da casa, com as chaves das algemas e as chaves do carro, “convidando-o” a ir embora – por um minuto, eu achei que Alexey estivesse mesmo indo embora, então ele para o carro no portão, exatamente como Hopper disse que ele faria… eles são sua melhor opção. “He says he likes strawberry too”. Assim, Alexey começa a falar, e fala sobre uma “chave” e sobre um portal que estão tentando abrir entre mundos, e fica claro o motivo de eles estarem tentando fazer isso ali, em Hawkins. Lá no começo da temporada, um ano antes, eles tentaram e falharam, e agora eles vieram a Hawkins porque como ali a passagem já foi aberta antes, a separação entre os mundos ainda é frágil.
Fácil de transpor.
Enquanto isso, Dustin, Steve e Robin enfrentam os russos em pessoa, E É UMA SEQUÊNCIA ELETRIZANTE E DESESPERADORA. Eles correm pelas instalações, perseguidos, quando o plano não dá certo, e Erica e Dustin são os únicos que conseguem escapar, com Steve e Robin ficando para trás… acompanhamos, então, enquanto Dustin e Eric conversam durante a fuga e ele consegue chamar ela de “nerd” e provar por que ela é, sim, uma “nerd”, como ela adora chamar os garotos… as cenas são divertidas, em paralelo ao desespero que é ver Steve sendo espancado lá embaixo, enquanto os russos tentam descobrir para quem é que ele está trabalhando. A história que ele inventa até que poderia ser verdade, mas também é claro que os russos jamais acreditariam naquilo, então eles querem fazê-lo falar de alguma maneira: “Who do you work for?”
Então, eles jogam um Steve fraco e desmaiado, depois de ser espancado, em uma sala com Robin. Os dois são amarrados juntos, e é bonito como eles compartilham um momento de confissões um tanto quanto melancólico, em contraste à cena seguinte, em que eles são injetados com uma droga para soltarem a língua – então, eles ficam divertidíssimos. Eu ri da coragem de Robin dizendo que “eles se acham tão espertos, mas foram descobertos por um grupo de adolescentes que decifraram o código deles em um dia”, e o Steve começa a falar demais sobre o Dustin, e chega, inclusive, a dar o seu nome completo para os russos… eles estão loucos, bastante drogados e, de alguma maneira, bastante divertidos… então o Dustin e a Erica aparecem ao resgate, e eu ADOREI o Dustin entrando, gritando e atacando… e então ele salva os amigos.
Kinda.
“That’s crazy, I was just talking about you”
A “batalha do hospital”, iniciada no episódio anterior, chega ao fim nesse episódio – e, como toda a temporada, QUE SEQUÊNCIA INTENSA. Enquanto Nancy e Jonathan enfrentam o monstro, Will o sente: “He’s here”. O monstro ataca, e como ele é nojento, não? A trilha sonora é maravilhosa para guiar nossos sentimentos, as luzes do hospital piscando deixam tudo muito mais macabro, e o suspense é espetacular – e quando o monstro se desfaz em gosma para passar por baixo da porta e as aberturas na parte de baixo? QUE NOJO E QUE AGONIA! Então, ele se forma novamente do lado de lá para atacar, e é quando as crianças se juntam à batalha, e como não dizer? A ELEVEN É F*DA DEMAIS, MINHA NOSSA! Os gritos, a mão estendida, o sangue saindo do nariz, jogando o monstro para lá e para cá. Quando ela o arremessa da janela, o monstro foge.
Mas se junta aos demais: “It’s time”
Eleven, então, tenta usar as fotos das pessoas que foram supostamente devoradas para encontrá-las, sem sucesso, e o Mike está revoltado por ela se arriscar tanto, e ele se exalta, dizendo que essas pessoas sumiram e eles precisam pensar em outra coisa: “[…] because I love her and I can’t lose her again”. Sem sucesso em encontrar os demais, Eleven entra novamente no seu espaço para tentar encontrar o Billy, E O ENCONTRA: “I want to see what happened”. Eleven encontra Billy e é conduzida por uma jornada interessante que a revela algumas coisas. Ele segura seu braço, e então a solta, e enquanto ela cai, ela vê uma série de flashes que mostram o que aconteceu a Billy recentemente, desde que foi atacado pelo Devorador de mentes, até que caia, longe dali, em uma praia… que se parece muito com o conceito de Limbo em “Inception”.
“It’s California. It’s a memory”
Eleven conhece brevemente o pequeno Billy, na praia com a mãe, e então localiza onde está a “fonte” de toda a “estranheza”, e caminham para lá – ali, El se encontra com todos os traumas da infância de Billy, e é uma cena bastante forte, com a El no meio de toda essa tormenta vermelha, um visual belíssimo e angustiante, representando a dor de Billy… conhecendo isso, Eleven consegue acessar então onde o Devorador de Mentes se uniu a ele, e chega até onde tudo começou, no carro ao lado de fora da Siderúrgica Brimborn: é lá que ele está. Ela retorna, então, e temos a “queda inversa”, acabando quando Billy volta a segurá-la, e então ela está aparentemente no mesmo lugar de antes, mas, dessa vez, ela está completamente sozinha… Mike e os outros não estão mais ali com ela. Ela está sozinha… apenas com Billy.
Desesperada e angustiada, Eleven tenta chamar por Mike, grita seu nome, mas Billy avisa que isso não vai adiantar: “He can’t hear you. You shouldn’t have looked for me, ‘cause now I can see you. We can all see you”. Billy, com a voz cada vez menos humana, anuncia os seus planos para o 4 de Julho, que se aproxima, e fala sobre como, esse tempo todo, ele esteve construindo algo especificamente para ela. Eleven escuta, chorando, quando o Devorador de Mentes diz que vai destruí-la primeiro, depois os seus amigos e, por fim, todo mundo. o Devorador de Mentes vai destruí-la porque sabe que ela é a única com força o suficiente para vencê-lo… El grita, encontrando nova força em sua dor e em seu desespero, e então joga o “Billy” para longe e retorna para casa, para os amigos, onde é acolhida por Mike. Mas eles não estão à salvo.
Todos os devorados estão se jogando, virando gosma, e se unindo…
Se tornando um só monstro. Muito maior e muito mais poderoso.

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