Dark 2x07 – Der weiße Teufel (Diabo Branco)



“O homem é uma criatura estranha. Todas as suas ações são motivadas pelo desejo, seu caráter é forjado pela dor. Por mais que ele tente suprimir a dor, suprimir o desejo, ele não pode se libertar da escravidão eterna de seus sentimentos. Enquanto durar a tempestade dentro dele, não conseguirá encontrar a paz. Nem na vida, nem na morte. E assim ele fará, todos os dias, o que for necessário. A dor é o seu navio, o desejo é a sua bússola. É só disso que o homem é capaz”

CLAUDIA TIEDEMANN SE TRANSFORMA NO “DIABO BRANCO”. Estamos no dia 26 de Junho de 1954/1987/2020, a um dia do Apocalipse, e a um episódio do início do último ciclo, e ainda nos intriga qual é o papel de cada um em toda a trama complexa de Winden e da viagem no tempo – a Claudia Tiedemann de 1987 começa a se transformar naquela que já conhecemos, enquanto alguma versão do Jonas se aproxima para desempenhar a sua missão, e, pela primeira vez, ele pareceu um pouco mais com Adam do que com o Jonas inocente de 2019. Muito me intriga essa viagem no tempo de Hannah, porque não pode ter sido um momento único para que ela acabasse de destruir Ulrich – ela pode estar mais envolvida na trama do que todos pensamos. O episódio é bem mais calmo do que os anteriores, com menos revelações, deixando o clímax para o encerramento.
Em 26 de Junho de 2020, Jonas-2052 acorda e vê que Hannah não está mais ali. Esse Jonas protagoniza uma cena incrível com a jovem Martha, que bate à porta em busca de Hannah, e encontra a versão 33 anos mais velha do homem que ama – ela está prestes a ir embora, quando Jonas-2052 a detém, dizendo coisas que apenas o Jonas-2019 sabia, coisas que ele costumava dizer para ela… aquele negócio de “falha na matrix”, da primeira temporada. Isso, aliado à sensação de dejá vù de Martha, faz com que ela perceba quem está à sua frente: “Jonas?” A cena é muito interessante, e se torna maluca quando Katharina chega meio surtada, dizendo a Martha quem é “aquele ali” à sua frente: não apenas Jonas, mas seu neto e seu sobrinho, o que quer dizer que Martha é sua tia. E nós já sabemos disso tudo, mas ainda é MUITO LOUCO ver isso exposto.
Agora, o que Katharina vai fazer em posse da máquina do tempo de Bartosz?
Em 26 de Junho de 1954, o corpo da velha Claudia Tiedemann é encontrado, morta por um tiro no peito, e Egon retorna à casa de Helge, com uma foto dela, porque ela apareceu na delegacia no dia em que o garoto reapareceu, então talvez ele a conheça. Quando ele mostra a foto, Helge finalmente fala: “Ele me falou dela. O Diabo Branco. Ela quer nos matar. Todos nós”, e quando Egon diz que “ela está morta”, Helge o corrige: “Ela ainda nem começou”. Egon também tem umas cenas com Hannah, que retorna a 1954 para visitar Ulrich, que está internado, e ela diz ser sua esposa, usando o nome de “Katharina Nielsen”. É uma cena fortíssima quando ela o vê, mas ela o deixa ali, para apodrecer, e diz a Egon que este não é o seu marido. Mas, agora, talvez ela fique por ali, porque “está procurando um recomeço”, e ela parece começar a seduzir Egon.
Hannah não presta.
Por fim, 26 de Junho de 1987, onde Claudia Tiedemann supostamente tenta impedir a morte do pai (ao mesmo tempo em que o pai dela, no passado, investiga a morte da filha, do futuro), e as cenas são intensas, e acabam em uma briga acalorada sobre viagens no tempo quando ele percebe que isso tudo tem a ver com a usina nuclear e ela está envolvida. Na discussão, é Claudia quem provoca a morte do pai, a mesma que “queria impedir”, como foi com Ulrich e Helge na primeira temporada, ou com Jonas e Michael, no último episódio. “Tudo acontecerá como sempre aconteceu”. Essa é a ideia de viagem no tempo de “Dark”. As coisas já foram assim, essas “interferências” já são parte da história como eles a conhecem. Não há o que fazer. Antes de morrer, o pai diz que “ela é o Diabo Branco”, se dando conta que ela é a mulher morta em 1954, que Helge chamou por esse nome.
Agora, Claudia Tiedemann se parece mais do que nunca com a sua versão mais velha… a sua expressão ao lado do corpo do pai a aproxima daquela velha que tudo sabe e tudo manipula, e ainda precisamos entender quais são os jogos de poder, e quais são as verdadeiras alianças e intenções de cada personagem – Claudia e Adam estão mesmo de lados opostos? Quem está certo, se é que isso existe? De todo modo, enquanto ela lava o sangue do pai de suas mãos, em choque e desespero, Jonas-2020 aparece na sua casa, entrando com uma chave que a versão mais velha de Claudia lhe deu, e então ele anuncia: “Precisamos ir agora. Não temos muito tempo”. E não sabemos qual é sua intenção… ele acha que pode mudar as coisas, que “não precisa ser assim da próxima vez” (como acreditava) ou ele já é como Adam, e está manipulando Claudia?
Afinal de contas, a uma hora dessas ele já devia ter aprendido…
Talvez o tenha…


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