Último Capítulo de “Cuna de Lobos” (08 de Novembro de 2019)



Final feliz… mas pra quem?
AH NÃO, EU FIQUEI MUITO BRAVO. Eu gostei muito de “Cuna de Lobos”, mas eu fiquei profundamente irritado com o final, e não foi nem porque não teve o “Yo no soy Braulio. Yo soy el pequeño Edgar” (embora eu queria muito ter visto essa cena, porque seria muito místico e surpreendente, deixaria um gostinho de mistério, aberto a teorias, tipo na novela de 1986), mas porque o final foi injusto. Tá, eu sei que as coisas são assim na vida real, mas já estamos vivendo um ano tão difícil em que tanta coisa errada sai impune, que nos refugiamos em novelas esperando ver o mínimo de justiça, e esse não é o sentimento que o último capítulo de “Cuna de Lobos” lhe dará. Catalina Creel tem um último plano, uma última cartada que a livrará de tudo e de todos que estão atrás dela, e que ainda causará o sofrimento de pessoas inocentes por pelo menos 5 anos.
Talvez pelo resto da vida.
Quando uma ordem de prisão é expedida para Catalina, ela vai atrás de Leonora, dizendo que “ela tem algo que lhe pertence”. Leonora vai defender Edgar com a própria vida, se precisar, e ela aponta para Catalina uma arma que recebeu de presente de Ambar (!), dizendo que vai atirar se ela tocar no bebê, mas Leonora não atira – ela não tem experiência ou coragem –, e Catalina acaba a atacando e levando o bebê consigo. Luis a encontra do lado de fora e tenta fazê-la devolver o pequeno Edgar, mas ela atira nele e vai embora. Eu fiquei levemente desesperado com o Luis baleado, mas percebemos de imediato que é apenas um tiro e não é num lugar que signifique morte instantânea, então sabíamos que ele ia se recuperar… AO MENOS ISSO, NÉ? Quando Leonora finalmente desperta do golpe que levou de Catalina, já é tarde demais.
Catalina já o levou embora e já o chama de “Meu pequeno Alejandro”.
Assim, continuamos a acompanhar o SOFRIMENTO de Leonora no último capítulo de “Cuna de Lobos”, e é isso que vai se perpetuar… ela não vai ter vingança, ela não vai ter a pessoa que arruinou a sua vida e a de todos ao seu redor pagando por tudo o que fez, ela só vai ter sofrimento… cada vez mais sofrimento. Leonora separada novamente de seu bebê, que só tem 2 meses de vida – aquele momento em que encontram o carro de Catalina e ele está vazio foi de partir o coração, atuação perfeita de Paulette Hernández. Catalina já está longe, pensando em fugir com a ajuda de Francisco, mas “ele não sabia do plano”. Completamente descontrolada já, e aparentemente sem um plano lúcido em mente, Catalina diz a Francisco que o nome do bebê agora é “Alejandro” e ele é o filho deles… ele pode enfim ter a família com que sempre sonhou.
Para Francisco, isso “é demais”. Ele diz a Catalina que Alejandro está morto, que ela o matou, e ela não vai fazer o mesmo com aquele menino – Francisco diz a Catalina que eles podem ir para onde ela quiser, ele vai com ela, mas sem o bebê de Leonora. Catalina, claro, não aceita a proposta, e então ela atropela Francisco… não é fatal, e o Francisco ME IRRITOU muito ao longo de toda a série, com sua covardia e suas idiotices, mas no fim é quase bom que ele tenha sobrevivido, porque o vemos em uma situação deplorável quando Ambar vem falar com ele no fim do capítulo, e ele está completamente sozinho, e tendo que lidar com a culpa de nunca ter entregado Catalina, nunca ter feito o que podia ter feito, e ser o causador, em parte, de tudo o que ela consegue fazer dali em diante… ele até diz que queria ter matado Catalina, mas nunca saberemos se é verdade…
Ou se ele teria conseguido.
A grande ação final do último capítulo nos leva de volta ao iate em que Carlos foi assassinado no primeiro capítulo. Leonora chega para buscar seu filho, com uma arma apontada para Catalina, novamente, e dessa vez talvez ela tivesse atirado, mas ela nem sabe como fazer isso – por que Ambar não ensinou, já que foi ela quem lhe deu a arma? Em uma cena vergonhosa, Catalina a desarma e a prende como refém, e dali em diante o sofrimento não tem mais fim… Leonora revê o filho, mas Catalina não deixa ela tocar na criança. Quando José Carlos liga atrás de Leonora, Catalina faz questão de retornar a chamada do mesmo celular, e quando José Carlos diz que “ela está cercada e não vai poder escapar”, Catalina tem a coragem de atacá-lo e dizer que “isso tudo é culpa dele”. Então, Catalina pede que José Carlos se entregue no lugar de Leonora.
Quando chega a José Carlos e os demais a notícia da morte de Francisco em Acapulco, eles se dão conta de onde Catalina está: no iate. Quando chegam lá, no entanto, ela já zarpou, e então temos uma espécie de caçada em alto-mar, com o iate cercado, Leonora feita de refém, e é todo um momento tenso em que não sabemos o que vai acontecer… Catalina segura Leonora pelos cabelos e aponta uma arma para ela durante a negociação com a polícia, mas Catalina acaba jogando Leonora no mar e atirando depois… José Carlos pula no mar para salvar Leonora, enquanto Catalina coloca uma bomba no iate, e quando José Carlos e Leonora emergem, eles veem a explosão, o iate em chamas, e ouvimos os gritos de desespero de Leonora chamando por Edgar, seu filho… é uma cena fortíssima, a dor de Leonora, primeiro em gritos, depois em lágrima silenciosas, em choque.
Muito sofrimento para uma mulher só.
Agora, temos que lidar com a “morte” de Catalina e de Edgar, e é muito triste… temos a esposa de Luis contando para ele, quando ele acorda no hospital, tudo o que aconteceu. Temos a Ambar falando a Francisco que “é para ele guardar em sua consciência que seu filho e seu neto morreram porque ele é um covarde” (!), e Leonora diz a José Carlos que eles não podem estar juntos… ela é muito agradecida por tudo o que ele fez, mas vê-lo todo dia vai fazê-la se lembrar de todo o dano que a sua família lhe causou e, por isso, ela não pode estar com ele… por isso, ela não quer voltar a vê-lo. Então, vemos o tempo passar enquanto Leonora diariamente caminha pela praia, esperando que, de algum modo, o mar traga seu filho de volta, no fundo sabendo que isso não vai acontecer… ali estão as memórias, a dor, o sofrimento – não sei como ela sobreviveu.
Então, “Cuna de Lobos” nos leva CINCO ANOS PARA O FUTURO, e eu fiquei muito apreensivo com toda aquela sequência… Luis chama José Carlos, dizendo que “tem notícias”, e então José Carlos corre até a praia onde sabe que encontrará Leonora, contando para ela que O SEU FILHO ESTÁ VIVO! Levou cinco anos para Luis descobrir, mas descobrira: Catalina enganou a todos e está viva, junto com Edgar. Eu não sei o que vai acontecer depois disso, mas o momento de José Carlos e Leonora na praia foi emocionante, o alívio de uma mãe, depois de tantos anos. Um flashback nos mostra como tudo era parte de um plano: Catalina tirou Edgar do barco com antecedência, enquanto Leonora estava desmaiada, depois colocou a bomba para que todos pensassem que ela tinha morrido, mas era muito fácil escapar disso, se ela soubesse nadar.
E ela sabia.
Então, Catalina pulou para fora do iate, o assistiu queimar enquanto Leonora gritava por seu filho, e depois recomeçou a vida, em um lugar distante, com dinheiro porque tinha pegado os diamantes no capítulo passado… ela planejara tudo, e agora CATALINA CREEL TEM UM FINAL FELIZ? Ela é o tipo de pessoa que, infelizmente, teria um final feliz na vida, mas, novamente, digo que não é o que queríamos ver. Eu queria vê-la sofrer, pagar por todos seus crimes, mas não… ela está feliz, em um lugar distante e gelado, criando o pequeno Edgar com o nome de “Alejandro”. A criança, inocente, a chama de “mamãe”, e é assim que terminamos essa jornada de 25 capítulos de “Cuna de Lobos”, com o mal vencendo… é diferente, é inovador, mas revolta. Gostaria de pensar que Luis, José Carlos e Leonora vão fazer algo, vão prendê-la agora, vão recuperar o Pequeno Edgar, mas eu fico pensando que ela vai fazer uma nova criança vítima e a história vai se repetir…
Sei lá. Fiquei bravo.
“Mi pequeño Alejandro”


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Comentários

  1. Atuações maravilhosa, um roteiro muito bom, mas um desfecho decepcionante. Eu não sou contra vilãs saírem impunes de seus crimes, porque isso é tão vida real. Mas deixar a Leonora sofrendo o pão que o diabo amassou, provavelmente para o resto da vida, foi revoltante e frustante demais. Custava ao menos ter deixado o filho com ela? Ter dado a personagem um final feliz com seu Edgar era o mínimo que a história poderia ter nos dado... e que Catalina fosse feliz em qualquer lugar, sem pagar por seus crimes. Isso não importava. "Cuna de Lobos" também me decepcionou em um outro aspecto: me pareceu que não tivemos nenhum personagem capaz de enfrentar Catalina de frente. Capaz de um embate emblemático com ela. Eu esperei muito disso na Leonora, mas no fim das contas, ela me pareceu um pouco mortinha para alguém que poderia ter tido um potencial maior para enfrentar a grande protagonista/vilã da série. Apenas deram sofrimento para Leonora, o que me frustou ainda mais com o fim de toda a história. Uma pena que tenha acabo assim. Lamentei.

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  2. Decepcionante o final!!Acho q o autor estava de mto mal humor qdo escreveu o desfecho da novela,esperava um final feliz pro casal protagonista,e outra essa Leonora realmente muito sem atitudes!!

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  3. Final decepicionante.esperava mais ,

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  4. Uma história maravilhosa. Mas o final foi horrível. A Leonora não merecia ficar sem o filho, depois te tudo que passo ainda perde o seu filho pra Catalina. Foi ridículo.

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