La Usurpadora (2019) – Carlos conversa com Paola



“Como não percebi antes?”
Finalmente chegou o momento em que Carlos Bernal descobre que a mulher ao seu lado nos últimos meses não é Paola Miranda. Paola está de volta ao México, e ela liga para a Paulina, para marcar um encontro com ela – e então ela faz toda uma cena e um drama sobre como Olga morreu… chega a ser risível a maneira como Paola diz que “elas precisam estar mais unidas que nunca” (como se já tivessem estado unidas alguma vez na vida), mas Paulina conhece Paola e não vai cair em seu teatrinho, não depois de tudo o que ela fez. Sandra Echeverría novamente ARRASA na atuação, estando nos dois lados da conversa, expressando as duas emoções distintas de suas personagens. De um lado, a dissimulada Paola, ainda que com uma pitada de sofrimento; de outro, Paulina arrasada e destruída, porque a mãe era toda a família que ela sempre teve.
Forte.
Paulina retorna à mansão abraçada às cinzas da mãe, chorando, e ela está sofrendo ainda mais pela sensação de que “não pôde estar com a mãe nos seus últimos momentos”. Quando conversa com Monse, Paulina diz que está sozinha, que ela não tem ninguém, não tem nada, não tem mais vida… e ela está furiosa com Paola por “ter roubado os últimos meses dela com a mãe”. Quando Carlos a encontra assim, triste, Paulina já não tem força alguma para continuar fingindo… ainda mais com o Carlos perguntando se ela está tendo outro episódio ou qualquer coisa assim. Então, ela resolve que é a hora de contar toda a verdade… além do mais, ela não tem mais nada a perder. O que tinham contra ela para colocá-la nesse circo todo era a vida da mãe mesmo. “Carlos… tem algo que você precisa saber. Não posso seguir fingindo… eu não sou Paola”.
O idiota do Carlos, parecendo mais louco e instável que a Paola, não acredita em Paulina, acha que ela está louca, que ela está tendo outra crise, e então ameaça ligar para o médico imediatamente, mas Paulina não vai aceitar ser mandada novamente a um hospital psiquiátrico… Carlos nem deixa Paulina falar, o que é revoltante, mas ela acaba conseguindo dizer que é Paulina Doria, que é colombiana… e diz que, se ele não acredita, ele pode ligar para Nava: Nava confirmará tudo. Carlos não quer acreditar na “esposa”, mas Nava confirma que ela está dizendo a verdade – e o idiota do Carlos ainda tem a capacidade de se sentir bravo. Logo, no entanto, ele se lembra de tudo o que aconteceu, de todas as vezes em que era óbvio que aquela ao seu lado não era Paola, e ele percebe que devia ter sabido desde sempre. Então, ele vai falar com Paulina.
Carlos é machista e tem dificuldade em enxergar os próprios erros – Paola não estava certa em fazer o que fez, mas o seu motivo era bem claro, e ele se faz de sonso. Diz que “sabia que ela estava mal, mas não a ponto de fazer isso”. Se ele sabia que ela estava mal, em grande parte por culpa dele, por que ele não fez algo? Mas Carlos quer conversar pessoalmente com Paola, então Paulina marca um encontro com a irmã, e compartilha o endereço com Carlos para que ele possa ir… com Paulina, Paola tenta ainda fazer cena, se fazer de vítima, mas quando chega o Carlos, ela meio que surta, perguntando o que ele está fazendo ali, mas ele quer conversar com ela, e Paulina acha que eles precisam… por isso, ela os deixa sozinhos, para o Carlos ter a pachorra de dizer à esposa que não entende por que ela fez isso, se “não tinha necessidade”.
“Não tinha nenhuma necessidade?! Quantas vezes te pedi o divórcio? Quantas vezes te pedi que me deixasse ir?”, ela responde. Paola agiu de forma erradíssima, mas pelos motivos certos – como eu comentei lá no primeiro capítulo: eu a entendo. Ela era infeliz, vivia uma vida desgraçada, implorava pela sua liberdade, e Carlos a mantinha prisioneira (!) por causa de sua posição política, em um “relacionamento” que há muito já não existia… ela viu em Paulina a sua única oportunidade de, enfim, ser livre! Carlos tenta defender Paulina, diz que ela viveu um inferno por causa de Paola, mas Paola revida, perguntando se ele nunca pensou no inferno que ELA viveu ao longo de todo esse tempo. Isso não importa? Paola quer ser livre, quer ser feliz, o que ela ainda não conseguiu, embora tenha tentado… mas ela ainda quer continuar tentando. Todo mundo merece ser feliz.
Ela quer entender por que sempre se sentiu incompleta, por que sempre sentiu que “não pertencia”, e o Carlos, cada vez se afundando mais (eu aprendi a detestar o personagem!), diz todas as coisas erradas, assim como ele fez com o Emílio antes da intervenção de Paulina. Carlos diz que a “amava” (mentira), e que quando Paulina chegou ele achou que ela estava mudando e as coisas podiam ser diferentes… mas essa é a prova de que ELE NÃO AMAVA A PAOLA. O seu discurso é nojento, e ele se acha um máximo, e Paola diz então que “querer mudar as pessoas não é amor”. E não é. Carlos tinha todo o direito de não amar a Paola, assim como ela tinha todo o direito de querer o divórcio e sua liberdade… o que ele não lhe deu. Agora ficar dizendo que “Paulina é melhor”, que “Paulina iluminou a casa”, que “Paulina ajudou os filhos deles”?
Desnecessário.
Estive a cena toda ao lado de Paola!
A única coisa certa que Carlos faz e, ainda assim, pelos motivos errados é prometer proteger Paulina. Ela pode ser acusada de usurpar a identidade de Paola Miranda, e isso seria muito grave, ainda mais na posição em que eles estão… por isso, por mais que seja arriscado para a sua carreira política, Carlos decide que Paulina é apenas outra vítima de Paola, e que vai protegê-la. Infelizmente, as cenas caminham por rumos estranhos… ele diz que “não pode ir contra seus sentimentos”, e repete o que disse sobre ela a Paola: que ela iluminou a casa e tudo o mais. E diz que não sabe como não se deu conta de que não era a Paola, se ele se apaixonou por ela… se ele “a ama”. E, infelizmente, Paulina acaba se entregando a mais um beijo com Carlos Bernal, e eu espero que a última semana traga surpresas, porque eu não consigo torcer para Paulina e Carlos.
Não tem química, não é natural, não funciona…
Vamos consertar isso!


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Comentários

  1. Paulina e Carlos não dá pra engolir! O personagem é chatíssimo, anacrônico, e o ator está péssimo.

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    1. Olha, eu acho que nossas reclamações sobre o final serão as mesmas... ansioso para ver seu comentário no último capítulo!

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