Doctor Who 7x06 – The Snowmen


I never know why. I only know who.

O especial de Natal desse ano de Doctor Who nos apresenta a mais nova companion do Doctor: Clara. A conhecemos no começo do episódio, como Oswin Oswald, no episódio dos Daleks, e desde aquela época ela tinha conseguido nos cativar com sua personalidade astuta, seu rosto bonito e seu jeito suspeito. Dessa vez a conhecemos em 1892, como Clara sem conhecer o resto de seu nome. Mas depressa ela é associada à “garota do suflê” e o episódio é pura emoção e diversão.
Doctor Who tem uma capacidade de nos deixar encantados como só ele tem. Produções britânicas tendem mesmo a ser mais encantadoras e diferentes do que o que muitas pessoas se acostumaram dos Estados Unidos, mas Doctor Who é uma das minhas séries favoritas, e vendo esse episódio notei o quanto eu estava com saudades! E não sei como vou agüentar até Abril para que retornemos com mais episódios… eu preciso ver mais! Divertido, triste e emocionante, esse episódio apresenta tudo o que sempre gostamos na série, e vemos que os Pond, mesmo fazendo um pouco de falta, não comprometem a série com sua ausência, afinal Clara é um máximo!
Começamos o episódio com um Doctor isolado, há muito tempo morando nas nuvens sobre a Inglaterra, se recusando a ajudar as pessoas, porque ele tem medo de se aproximar e se machucar novamente. Conhece Clara quando ela está trabalhando como garçonete, e com seu caráter divertido e sedutor, logo conquista a simpatia da garota, que faz de tudo para persegui-lo e saber mais sobre quem é ele. A invejamos imensamente por subir até a TARDIS, e sabemos que faríamos exatamente o mesmo que ela se conhecêssemos o Doctor em uma de nossas andanças.
Clara também conquista nossa simpatia muito depressa. Ela tem um jeito astuto e persistente, obstinada a conseguir o que quer. E nos primeiros minutos, o que quer é estar perto do Doctor e entender quem é ele. Portanto é ótimo vê-la correndo atrás da carroça – “What two words?” / “Doctor… Doctor who?” não me canso de ouvir isso, jamais! – e tentando se aproximar do Doctor que está bem mais sério, recluso e com medo de sofrer. Mas nunca deixa de ser cativante. E querendo ou não, ele compartilha com ela uma cena legal e percebemos depressa como a química funciona.
Afastada do Doctor, ela volta a seu emprego, agora de governanta, e posso dizer? Ela incorporou a Mary Poppins! Totalmente! Gente, eu assistia e via Poppins em tudo o que ela fazia… no jeito de falar, de agir, de tratar as crianças… rígida, porém amável. Quase esperei ouvi-la cantar A spoonful of sugar… e quando ela é submetida ao teste da mulher lagarto, o tal teste da uma palavra, a palavra que pediria socorro a Doctor me pareceu ser Supercalifragilisticexpialidocious. Mas não foi, foi ainda melhor: Pond (lagoa em inglês). Pronto, o Doctor estava convencido.
Mas ela foi astuta. Eu sei que vou gostar demais de Clara Oswin Oswald, pela maneira como ela se comporta. Sua conversa com a mulher lagarto, mesmo obrigada a usar sempre uma palavra só, foi genial. Ela é um máximo. Lindo também foi vê-la interagindo com o Doctor por sinais, e então fugindo com ele para cima das nuvens em direção à TARDIS. Ela consegue dizer coisas inesperadas, que não imaginaríamos que ela diria, ou não da maneira como ela diz. E então ela acaba sendo surpreendente, e tão divertida quando o Doctor. Conseguiram uma atriz que conseguisse interpretar alguém mais parecido com o Doctor do que seus acompanhantes anteriores – e isso é fascinante!
It’s smaller in the outside”.
Os dois também possuem uma química incrível. Parece impossível se aproximar do Doctor e não se apaixonar por ele, e com ela foi o mesmo. Os sorrisos logo na primeira cena já provaram isso, mas ela foi genial com esse estilo rápido e beijando-lhe antes de sair de casa. “Eu não o ouvi” / “Você faz muito isso” / “É por isso que você gosta de mim” / “Quem disse que eu gosto de você?”. A cena do beijo foi divertida, a reação do Doctor também, e eu quis aplaudir a maneira como a série conseguiu introduzir alguém tão querido tão depressa.
As cenas finais foram repletas de emoção e surpresas. Porque realmente não esperávamos que acontecesse o que acabou acontecendo. Então foi uma grande surpresa, e uma surpresa deliciosa, porque proporcionou um Doctor mais humano e mais aberto a outras companions. “This is the day everything begins”. “If I do, will you come away with me?” foi quase um pedido de casamento ao estilo de Doctor, e eu estava aqui babando… e o sorriso de alegria verdadeira no rosto dele com o “sim” dela. LINDO!
E ainda foi ótimo ver as associações dela com a Oswin que vimos no primeiro episódio da temporada. Porque o despretensioso “Clara who?” / “Doctor who?” / “Oh, dangerous question” / “What’s wrong with dangerous?” levou àquela escrita no fim do episódio de Clara Oswin Oswald. Tudo começa na TARDIS, com a dúvida sobre a cozinha e o “I like making soufflés”, que já deixou o Doctor com uma dúvida interessantíssima, e então a alegria final dele com o “Oswin, it was her! It was the soufflé girl again!” – e ainda gostei demais de como ligaram as últimas falas de Clara agora com as últimas de Oswin no 7x01: “Run, you clever boy”.
A garota é envolta em mistério, o que torna a personagem mais interessante do que nunca. O episódio dos Daleks nos deixou repleto de dúvidas, e criamos teorias possíveis, mas nada que previsse a maneira como esse especial de Natal foi finalizado. Surpreendente e delicioso, podemos ver Clara/Oswin nos dias atuais, apenas esperando o Doctor… que sim, está vindo. “Clara! Oswin! Oswald! Watch me run!” foi uma das coisas mais eletrizantes que o Doctor já disse na vida dele. Contagiante, eletrizante. Não posso esperar até abril para continuar vendo isso e desvendando lentamente os segredos de Clara agora que ela é a nova companion do Doctor.
Nosso Doctor favorito.
Detalhe importantíssimo: sua fantasia de Sherlock Holmes foi espetacular. E eu não tinha reparado na falta da gravata borboleta até que ela fosse citada. Mas essa é a marca registrada do Doctor de Matt Smith, nunca poderiam mudar isso! E vocês notaram o quão difícil é se tornar companion do Doctor? Uma série de testes… o teste da uma palavra (bem resolvido) e o guarda-chuva no final. Que foi uma cena espetacular, diga-se de passagem! Ótimo ver os dois falando juntos, rápido no mesmo estilo (ela é quase uma versão feminina do Doctor! Por isso é tão encantadora…) e Clara encontrando a escada com o guarda-chuva… que mais tarde ela nota que foi escolhido apenas para ela, afinal ele alcançaria a escada sem isso. Lindo vê-lo a escolhendo, disposto a recomeçar todas as aventuras.
A série nos apresentou um especial de Natal de 60 minutos muito próximos à perfeição. E estamos muito acostumados a isso em Doctor Who. Uma nova fase da série se inicia oficialmente, com uma nova companion, e mal posso esperar para continuar com isso em abril. E vocês, o que acharam do especial de Natal? E de Clara/Oswin? E como estão os corações para o retorno da série para a segunda parte da temporada? Vejo vocês mais tarde, quando o Doctor estiver pronto para nos levar para outro tempo e lugar fascinantes! Até mais…

She’s not possible. […] Time to find out who you are.


Curta nossa Página no Facebook: Parada Temporal

Comentários