Percy Jackson e os Olimpianos 1x03 – Nossa visita ao Empório de Anões de Jardim

Medusa!

Antes de mais nada, eu preciso dizer: ARYAN SIMHADRI, ESSA SÉRIE É SUA! Desde as fotos de divulgação do elenco eu percebi e comentei o quanto Aryan Simhadri parecia carismático, e a sua interpretação do Grover é, facilmente, a minha favorita em “Percy Jackson e os Olimpianos”. Eu acho que o ator tem carisma, algo que provavelmente é natural dele, e ele entregou vários dos meus momentos favoritos de “Nossa visita ao Empório de Anões de Jardim”, o terceiro episódio da série: tanto em momentos leves e/ou divertidos, como quando ele está tentando ensinar a “Música da Harmonia” durante as discussões de Percy e Annabeth, quanto em momentos mais dramáticos, quando ele reconheceu o famoso tio Ferdinando entre as estátuas da Medusa, por exemplo.

O terceiro episódio de “Percy Jackson e os Olimpianos” começa com a visita de Percy ao Oráculo, onde ele recebe a profecia, que vai se desenrolar durante a temporada (a ideia de enfrentar o deus desleal, de ser traído por aquele que chama de “amigo” e de falhar em salvar aquilo que mais importa), e tudo começa a se preparar para a partida de Percy. Há algo que gera estranheza em toda a sequência de Percy escolher quem vai com ele na missão, que eu não sei explicar, mas ele escolhe Annabeth e Grover, que ele vai encontrar limpando esterco dos pégasos – e então os 3 partem, rumo ao Submundo para enfrentar Hades, com um prazo apertado para recuperar o raio-mestre de Zeus e, quem sabe, impedir que uma guerra entre os Três Grandes comece agora.

Gosto de como a série dá atenção à história de Thalia enquanto Percy, Grover e Annabeth estão saindo do Acampamento Meio-Sangue: o pinheiro na entrada do Acampamento fora, um dia, uma filha proibida tal qual o próprio Percy Jackson, e há um quê de deboche na reação de Percy, perguntando se a melhor ideia do mais poderoso dos deuses para salvar sua filha foi transformá-la em uma árvore – e meio que ele tem um ponto. A cena também mostra o quanto Annabeth se importava com Thalia, e fala um pouco da chegada dela e de Luke ao acampamento… inclusive, fala sobre a última missão de Grover: afinal de contas, ele era o sátiro Protetor daquela missão também. Gosto de como “Percy Jackson e os Olimpianos” está deixando tudo isso plantado.

Mas o que eu mais gostei no episódio foi de conhecer um pouquinho mais do trio e ver como eles funcionam em equipe… sinto que o episódio conseguiu mostrar mais de Annabeth, especialmente do seu senso de liderança e sua capacidade de tomar decisões, mesmo que ela ainda seja uma criança e, ocasionalmente, pareça quase uma birra, quando não é, de fato. Grover, como eu já comentei no início do texto, é a estrela do episódio para mim. Percy ainda está “apagado”, talvez porque tudo seja muito novo para ele. Mas gosto muito da interação entre eles, das picuinhas entre Percy e Annabeth, de como o Grover está ali no meio, tentando agradar a ambos e, principalmente, tentando impedir que eles, sei lá, se matem ou qualquer coisa assim.

E os perigos enfrentados pelo trio começam já com o ataque das Fúrias, uma delas a Sra. Dodds (!), no ônibus em que eles estavam, e eles terminam caminhando meio perdidos pela floresta, no primeiro dia de missão, o que os leva até um empório de jardins da “Tia Em” – as estátuas de pedra do lado de fora não enganam Annabeth nem por um minuto, e ela sabe exatamente quem é a “Tia Em” (diferente do que acontece no livro). Aqui, existe certa tensão em o trio ter que escolher entre “confiar” em Medusa, que os está convidando a entrar, ou enfrentar Alecto, a fúria que a Névoa “transforma” na Sra. Dodds, e eles acabam entrando, porque Medusa não está se mostrando um perigo iminente, enquanto a Fúria do lado de fora da loja… bem, ela está, né?

Confesso que toda a construção da cena da Medusa me parece muito melhor do que a batalha contra ela em si… gosto muito de como se gera o suspense, de como ela é sedutora na voz e nas coisas que diz, e como ela quase divide o trio, mas Percy é leal aos seus amigos. A batalha contra a Medusa em si acontece em um lugar escuro (assim como as sequências de ação do primeiro episódio da série, por exemplo), e embora ela tenha sido rápida, eu gosto das adaptações que foram feitas para que cada um dos personagens tivesse uma “participação”: Grover distrai a Medusa usando os tênis alados (gostei do efeito dos cadarços virarem as asas!) que o Luke dera a Percy (!), Annabeth coloca o seu boné na Medusa para torná-la invisível e Percy usa a Contracorrente para cortar-lhe a cabeça.

E, então, ele a usa para derrotar Alecto e envia a cabeça “de presente” ao Olimpo.

O que nos dá a primeira aparição do Hermes.

Novamente, meu momento favorito fica a cargo de Grover… eu ADORO a maneira como ele transita do emotivo, ao reconhecer o Tio Ferdinando, ao necessariamente firme para “dar um chacoalhão” em Percy e Annabeth e fazê-los trabalharem juntos, porque eles não vão muito longe se seguirem como estão… e achei muito fofinho o Percy cantando a “Música da Harmonia” para o amigo! É assim que nasce a relação de um trio! Acho que a série acerta nesse ponto com esse episódio, e eu estou gostando bastante de “Percy Jackson e os Olimpianos”. Acho, no entanto, que as sequências de ação estão deixando a desejar, especialmente porque elas são breves demais e não geram a tensão e a expectativa necessárias. E não se engane, isso não é uma questão de “tempo de episódio”.

Eles não precisavam ser maiores do que são. É uma questão de escolha criativa mesmo.

Ou será uma questão de orçamento por causa dos efeitos necessários para sequências de ação?

 

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