Vencer o Medo – O beijo de Marcela e Beto

Trabalhando juntos.

Conforme Beto (ou “Omar Cifuentes”, quando ele não está no bairro disfarçado) conhece mais e mais Marcela Durán, menos ele acredita que ela é a culpada pela morte do seu pai há três anos… e ao passo que isso se torna uma certeza para ele, ele começa a se permitir entregar-se ao que sente, e os dois vão se aproximando de uma maneira inusitada – quando a polícia invade o bairro e Marcela corre para salvar o Beto, por exemplo, dizendo que só fez isso porque ele a salvou do incêndio e ela quer “retribuir o favor”. Para Marcela, ainda é muito difícil confiar em Beto, embora ela esteja, sim, caidinha por ele (!): ela não sabe quem ele é, de onde ele veio, qual sua história ou o que é que ele quer, afinal de contas… por que ele entrou para a Dosis, por exemplo?

Quando Marcela deixa claro que não pode confiar nele pelo pouco que sabe ao seu respeito, temos um momento rapidíssimo no qual Beto confessa algumas coisas, dizendo que entrar na Dosis foi um erro, por exemplo, porque ele mesmo já foi viciado em drogas, se tratou e está limpo, mas perdeu todo o respeito de sua família. É muito rápido, na verdade, mas é intenso e verdadeiro, e o tipo de coisa que faz com que duas pessoas se conectem. E, de quebra, Marcela também está desconfiando que talvez Rommel tenha sido o assassino de Fabián Cifuentes há três anos, mas, para poder confirmar isso, ela precisa se arriscar e ir atrás de provas… o que a coloca constantemente em perigo, como quando Rommel a encontra mexendo nas suas coisas e ela precisa inventar uma desculpa qualquer.

Agora que Marcela acredita que Rommel não presta (embora, no fim das contas, ele não seja o assassino de Fabián, aparentemente… o que tampouco o inocenta por completo), é só uma questão de tempo para que ela se entregue de verdade ao que já está sentindo por Beto desde a primeira vez que o viu, talvez. Gosto muito de como Marcela e Beto protagonizam uma história romântica bem novelão mesmo, e como “Vencer o Medo” vende bem essa história e faz com que torçamos pelo casal: são pequenas provocações que deixam clara a tensão entre eles enquanto Marcela está pintando o mural, por exemplo, e os flertes acabam se convertendo no primeiro grande beijo de verdade do casal – mesmo que depois eles tentem fingir que não era o que queriam ou algo assim.

Mas Marcela sai sorrindo sem que Beto veja.

É um jogo de provocação e os dois estão investidos nele.

Rommel, por sua vez, fica incomodadíssimo quando vê o nome de Beto desenhado algumas vezes em um bloquinho de Marcela e é tomado de ciúme – mesmo que Marcela tente emplacar uma história de que é “outro Beto” ou que foi feito antes de eles voltarem a namorar. Como Rommel não vai deixar isso para lá e vai atrás de Beto para fazer sabe-se lá o quê, Marcela corre para avisá-lo e para pedir que ele fuja, e a cena se torna surpreendentemente importante para o desenrolar da trama, porque Marcela acaba dizendo que só está com Rommel porque precisa descobrir quem é o verdadeiro assassino de Fabián Cifuentes, já que fez um acordo com Horácio de que vai entregá-lo e, se não conseguir fazer isso, Horácio virá atrás dela e de sua família. E Beto percebe que faz sentido.

Ele está apaixonado… e agora tem certeza que está tudo bem estar apaixonado por ela.

Cristina também não fica nem um pouco feliz quando vê Marcela com Rommel, e pergunta se eles voltaram e o que ela está fazendo com ele, e então é o momento de Marcela confiar também na irmã e contar toda a verdade – até porque Cristina pode conseguir, no seu trabalho, alguma coisa que a ajude. Gosto muito de ver as irmãs trabalhando juntas para inocentar Marcela e encontrar o verdadeiro assassino, que Marcela eventualmente percebe que não é o Rommel… e, sem ter mais motivo para seguir namorando com ele porque não vai conseguir nenhuma informação ali, Marcela resolve ser sincera e terminar tudo – e ainda é sincera dizendo que desconfiou dele quando voltou, mas agora “sabe que ele não teve nada a ver com a morte de Fabián”.

Foi uma boa atitude de Marcela.

Mas temo que Rommel não vá deixar isso tudo barato. Haverá retaliação.

 

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