Malhação 2008 – A bomba de Andreas

Andreas no limite!

Não sei quais eram os planos do roteiro para o personagem de Andreas, mas provavelmente não era o que o personagem se tornou ao longo da temporada… apesar de termos sentido muita raiva de Andreas Campadelli ao longo dos 324 capítulos da temporada, ele não é o vilão principal ao lado da Débora. No começo, sim, quando ele conheceu Angelina trabalhando no hotel e tudo o mais, mas aos poucos o personagem foi se deslocando para histórias menores, em núcleos mais cômicos, e sendo constantemente derrubado toda vez que ele tentava alguma coisa… ao menos a temporada se preocupou em dar um final ao personagem, e foi trágico, mas foi melhor do que aquela forçação de barra de regeneração que é a trama final de Débora que está por vir… com raiva de todos e querendo se vingar, Andreas planeja colocar UMA BOMBA NO CATACLISMA.

O Cataclisma é o cenário de uma festa organizada por Tony e Luana para anunciar o namoro deles e, ao mesmo tempo, celebrar o fim do ano letivo (finalmente), e tudo ali tem um gostinho de reta final de temporada… Tony e Luana trocam declarações, Yasmin canta, Adriano e Beatrice falam sobre a possibilidade de a escola fechar por falta de dinheiro… enquanto isso, Andreas arma uma bomba e planeja explodi-la no Cataclisma – dessa vez, no entanto, Godofredo talvez não esteja disposto a deixar ele seguir com esse plano adiante, e nos perguntamos se essa é a ação final de Andreas… se é o momento em que ele cairá. Toda a festa no Cataclisma, então, é temperada com a tensão de uma bomba que está prestes a explodir, e o fato de não sabermos se Godofredo vai ter coragem para, pela primeira vez, enfrentar o Andreas… mas sim, ele finalmente tem.

O pessoal está prestes a tirar uma foto para registrar o momento quando o Godofredo aparece, desesperado, falando sobre a bomba, e inicialmente ninguém acredita nele, mas ele insiste, dizendo que eles precisam esvaziar o lugar ou então todo mundo vai morrer – quando ele mostra onde está a bomba e ela está a apenas 2 minutos da explosão, as pessoas acreditam e é um caos generalizado que inicia a evacuação, enquanto o Andreas, do lado de fora, impede Filipa de entrar… Peralta, por sua vez, fica lá dentro até o último minuto, ajudando todo mundo a sair, e ele acaba caindo e se machucando e, por isso, não tem tempo de sair antes da explosão da “bomba”, que, no fim das contas, é apenas um bonequinho com a escrita: “Otários”. Parece meio Disney e tosco, mas os perigos gerados pela ação de Andreas, de qualquer modo, não serão esquecidos.

Ele está do lado de fora, rindo, satisfeito porque sabia que o Godofredo ia dedurá-lo, mas Filipa o repreende, dizendo que muita gente podia ter se machucado na correria… alguém podia até ter morrido pisoteado. O pior é que todos sabem que foi ele, mas eles não têm prova… não até o Godofredo fazer uma denúncia formal, chegando e dizendo que, embora não tenha prova, eles têm uma testemunha, porque o Andreas montou a bomba na frente dele e botou pilha para que ele fizesse alguma coisa… Andreas surta, grita, manda o Godofredo calar a boca e diz que “eles eram amigos”, mas Andreas já está muito queimado, e Beatrice resolve deixar toda a situação com a polícia dessa vez… antes que a polícia o pegue, no entanto, ele sai correndo – a polícia garante que vai conseguir recapturá-lo e que o fato de ele ter fugido vai acabar depondo contra dele.

Desesperado, Andreas liga para o pai, mas o pai nem se importa… manda Andreas se entregar, diz que “ele não pode queimar seu filme”, e Andreas está sozinho… ou praticamente sozinho. Peralta, que sempre foi seu melhor amigo, acaba o encontrando no lugar onde eles costumavam jogar bola quando eram crianças, e ali nasce um drama, um sentimentalismo, uma tentativa de redenção que é típica de fim de “Malhação”, mas que não me desce – os dois compartilham histórias, e lembram da amizade e de como tudo acabou… Peralta, então, fala ao Andreas que, involuntariamente, ele veio até ali para lembrar de quando era “um moleque responsa”. Os dois falam dos caminhos diferentes que tomaram na vida, e Andreas tenta falar sobre como essa história toda da bomba era “apenas uma brincadeirinha”, mas Peralta diz que essa “brincadeirinha” o machucou feio…

Peralta também faz Andreas ver que ele não tem nenhuma perspectiva de futuro… que ele virou um “bandidinho”. Antes de ir embora novamente, Andreas diz ao Peralta que gosta muito dele, mas que, agora, cada um tem que seguir seu caminho… Peralta gostaria de ver o amigo se entregando para a polícia ou qualquer coisa assim, para reparar seus erros, mas se foi esse caminho mesmo que ele escolheu para a sua vida, então ele não tem outra opção a não ser denunciá-lo. Por isso, quando o Andreas sai correndo, Peralta pega o celular para ligar para a polícia… depois de Peralta, Andreas também reencontra Filipa, e ele está transtornado e assustado, planejando fugir e nunca mais voltar, e então ele diz que a ama e a convida para fugir com ele. E é aqui que Andreas vai encontrar um destino quase que inesperado para os padrões de “Malhação”.

Enquanto isso, falando em tentativas forçadas de redenção, acho que o roteiro também quer que a gente acredite que o Bruno “não é uma má pessoa”, ao mesmo tempo em que constantemente nos prova que ele é sim. Bruno persegue Angelina, diz para ela que “quer ir com ela ver o bebê” e que “eles têm tudo para resolver essa situação”, mas eles acabam brigando novamente, porque o Bruno apenas insiste em dizer que a ama e não reconhece que fez coisas erradas, e a Angelina acaba jogando isso na cara dele, dizendo que ele não se importa com o filho de verdade e que não a ama, que ele só tem uma obsessão com o Gustavo e não quer “perder”. Sempre achando que está com a razão (!), Bruno solta algo como “Eu só quero construir a nossa família, tem algum crime nisso?”, e é tão patético que eu ri, enquanto pensava nos crimes que podia listar.

 

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