Defiance 1x02 – Down in the Ground Where the Dead Men Go


Foi um episódio bem mais centralizado do que o piloto de duas horas – o que me agradou. A primeira semana foi bem afoita, ansiosa por mostrar tudo e a abrangência de sua história, e por vezes acabou ficando confusa e difícil de acompanhar. Já tendo apresentado os personagens, o universo e as primeiras principais histórias, esse segundo episódio pode ser centralizado em uma ou poucas coisas e desenvolver de maneira bem coerente. O tema central foram os Castithan.
Como eu expliquei no texto do primeiro episódio, foram 8 raças diferentes de Votans que vieram para a Terra alguns anos atrás, e cada raça tem suas próprias características. Os Castithan parecem frios e um tanto maquiavélicos – acho que a falta de cor em seus corpos e nos ambientes em que vivem colabora para essa sensação, então parece tudo muito estéril, muito artificial, muito frio. E a principal família que conhecemos deles são os Tarr, cuja principal característica parece ser a ambição e a calma e sutil maldade. Conseguem ser suaves e ameaçadores.
Mas o episódio trouxe também outros Castithan com um ritual deles que não foi lá muito aprovado por Nolan. Depois de uma suposta “traição” no ataque dos Volges, uma cerimônia se inicia em praça pública, de acordo com a cultura e religião do planeta natal deles, o que para nós parece uma grande e terrível sessão de tortura. Negada por Irisa e Nolan, Amanda explica os motivos: permitir que as raças mantenham seus costumes, evitando assim uma outra batalha, guerra e “extinção”. E é um assunto bastante polêmico a ser tratado – como encarar a cultura do outro quando esse outro vive no nosso lugar?
Difícil.
E o “casamento” de Christie e Alak começa a sofrer alguns problemas, uma vez que ela está tão pressionada pelo pai que fica insegura, e Alak parece frustrado. Mas os pais estão dispostos a manter isso firme, motivados pelo desejo de poder e quem sabe até um pouquinho de vingança. Não sei qual é o intuito desse casal, mas eles ainda não me parecem convincentes. Se eles estão ali para serem fofos e nos fazerem suspirar, não estão conseguindo… talvez seja algo que se desenvolva mais tarde. Mas o principal deve ser a briga dos Tarr e dos McCawley mesmo, huh?
Falando nos McCawley, Rafe se une a Nolan em uma jornada rumo aos interiores da cidade e a velha St. Louis, para encontrar Ben – o Indogene responsável pela morte de Luke no Piloto, ainda envolta em muito mistério, por sinal. Gostei de ver algumas revelações a respeito disso, ver a possibilidade de eles terem trabalhado juntos, as verdades que Ben pode ter contado a Rafe, em uma cena bastante forte [sim, clichê] e interessante. Uma pena que ele tenha morrido sem antes falar mais sobre os segredos escondidos e tudo o mais… “Tell Amanda I’m sorry”.
Um final maravilhoso. A trilha sonora exagerou na melancolia e nos deixou realmente com um pesar incrível ao fim do episódio. Além da música, as cenas colaboraram para algo grandioso e triste, como o funeral e homenagem aos 41 mortos na batalha contra os Volges, Rafe revirando as coisas do Luke depois de ter ouvido tudo aquilo da boca de Ben, e Datak fazendo algo próximo de sua função como um Castithan… episódio instigante e inteligente, eu realmente gostei. Muito mais do que na semana passada, estou contente com o resultado da série, ansioso por conhecer mais das outras raças… até mais!

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