What? Not supposed to what? Love?

Pensei nesse texto com o intuito de tratar das cenas que mais me fascinam, de que mais gosto e por que. Mas me dei conta de que isso significaria comentar a peça inteira, então dei uma boa condensada… ou ao menos eu tentei dar uma condensada. Vocês me conhecem... mesmo numa versão “resumida”, comento bastante e sobre quase toda a peça, mas de forma bem organizada, separada por músicas e tentando ser breve, apenas enfatizando os pontos fortes da música e as razões da cena ser tão boa (sem repetições quando a cena já foi tratada em textos passados, ou serão tratados muito detalhadamente em textos futuros - olha já temos algumas dicas do futuro do Mês Temático). Para aqueles que já viram a peça, podem comentar se concordam comigo ou não!

Mama Who Bore Me – Não tem como não amar a música de abertura. Todo início de peça tem seu encanto, e com Spring Awakening não é diferente. A peça começando com Wendla, depois deixando clara sua inocência em sua conversa com a mãe, sobre de onde vem os bebês foi ótimo. E é depois da cena, na reprise da música, que ela faz ainda mais sentido – quanto todas as meninas se unem para reclamar de como suas mães não lhe contam tudo.
All That’s Known e The Bitch of Living – Ambas cenas marcantes e ótimas. Já comentem bastante sobre All That’s Known e como acho que esse é um grande exemplo de como Melchior é crítico à sociedade. E The Bitch of Living é um clássico da peça, uma das cenas mais divertidas e aplaudidas da peça. Os personagens contam sobre suas fantasias, vontades, e reclamam da falta de alguém… ótima cena!
My Junk e Touch Me – Em My Junk, temos a tão famosa cena de Hänschen, como já comentei nesse Mês Temático também (na postagem The Bitch of Living). E Touch Me é aquela música calma, interessante, que tenta nos mostrar o ponto de vista feminino, a maneira como a mulher se sente, e é bastante curioso. É divertido ver os meninos se colocando em seus lugares. E temos a boa cena de Melchior com Moritz, conversando sobre o relatório (responsável por tanta confusão no futuro).
The Word of Your Body, The Dark I Know Well e And Then There Were None – A primeira música nos apresenta os protagonistas de maneira tímida e conhecendo a sexualidade aos poucos – com um simples tocar de mãos. E é legal ver como isso parece algo tão grandioso. Depois, em The Dark I Know Well temos o momento de Martha e Ilse, e como ambas são abusadas em casa – uma cena bem forte, uma ótima música. E por fim, And Then There Were None, em que Moritz recebe em carta, a resposta de Fanny Gabor, sobre seu pedido de dinheiro para fugir para a América. Uma cena maravilhosa, e a melhor parte fica para Moritz, com todo seu transtorno, todo seu acesso de raiva no fim da música… uma das melhores cenas da peça. Inclusive, é onde temos uma das dicas do que acontecerá no segundo ato da peça.
The Mirror-Blue Night e I Believe – A primeira música é um solo de Melchior extremamente bom, e tem um certo tom de Touch Me, mas num âmbito apenas individual. Gosto da música, gosto da proposta do “garoto que cresceu, do coração de homem e de criança”. E I Believe conta com a primeira relação entre Melchior e Wendla, que defendo ferozmente, como já comentei numa postagem passada – a cena é muito harmoniosa e teatral, ótima!
The Guilty Ones – É aquele momento em que cai a ficha sobre o que acabou de acontecer. Wendla ainda não sabe bem o que aconteceu, mas entende que foi algo grandioso. Temos um ótimo dueto entre Melchior e Wendla, com uma finalização incrível, que é a entrada de Melchior com: “Enough. Enough. Enough”. Tudo bem que eu sou um grande fã de Moritz, então sou meio suspeito para falar sobre isso…
Don’t do Sadness e Blue Wind – Uma das melhores cenas do episódio. Temos um Moritz mais sofrido do que nunca, uma Ilse sendo a única que o entende, mas também precisando de sua ajuda. Um momento muito gostoso de se assistir entre a dupla, músicas maravilhosas e interpretações admiráveis. Dois papéis muito difíceis e muita talento em palco. Para melhorar, temos as duas músicas tão distintas unidas em uma só depois que cada uma é cantada separada. Ainda somos presenteados com um diálogo maravilhoso entre o casal. E para provar como a cena é boa, tudo é feito com apenas dois microfones em palco, e os dois parados, de frente para a platéia, sem cenário algum, nem contato entre os dois. Ainda assim, consegue ser uma das melhores e mais marcantes cenas da peça! So dark, so dark… SO DARK!
Left Behind – Sem sombra de dúvidas a música mais triste de toda a peça, mais bonita e mais profunda. A grande responsabilidade fica para Melchior, que faz um ótimo trabalho. As lágrimas nessa cena são meio difíceis de se segurar. Não que se seja necessário segurá-las… mas a cena realmente comove.
Totally Fucked e The Word of Your Body (Reprise) – Depois de Left Behind, o espetáculo precisa de algo para deixar o telespectador respirar. E recebemos isso em Totally Fucked – temos talvez a cena mais divertida da peça, quase um hino de Spring Awakening. Todos aplaudem demais a música, e é uma das melhores cenas de todo o espetáculo. Temos ótimas interpretações, uma letra que nos faz rir e querer gritar junto… eu sempre canto Totally Fucked em momentos de grande estresse. E The Word of Your Body (Reprise) traz uma ótima cena entre Hänschen e Ernst, uma grande bandeira contra o preconceito levantada pelo texto. O telespectador torce pelo casal, e tudo parece extremamente natural e divertido. Uma cena muito mais leve do que se pode imaginar, mas que quebra muitos preconceitos… mais uma grande vitória de Spring Awakening.
Whispering e Those You’ve Known – a primeira música nos traz Wendla em toda sua dúvida, sua confusão. Entendemos perfeitamente o drama da personagem, e sofremos e nos alegramos com ela ao mesmo tempo. É bom ver todos os diálogos que se interceptam à música, e como a reação de Wendla vai mudando até que a música termine. Já Those You’ve Known, sendo fã de Moritz e considerando essa a melhor cena da peça, sou muito suspeito para falar alguma coisa. Sim, acho que essa é a melhor música da peça, a melhor cena, a melhor história… para aqueles que já assistiram, vocês sabem a carga emocional que a música traz, a história super importante, o sentimento de amor e amizade… é a maior prova de amizade que podemos ver, enquanto Melchior enfrenta seu pior momento na vida… Not gone… e a música é tão bem trabalhada, as vozes se intercalando ainda mais que em Don’t do Sadness / Blue Wind, então é tudo maravilhoso. Definitivamente, merece o título de melhor cena!
The Song of Purple Summer – Para mim, essa música é como se não fizesse mais parte da peça. É como aquela música que canta nos créditos em filmes musicais, sabe? Eu ficaria satisfeito se a peça terminasse em Those You’ve Known. Mas não reclamo de The Song of Purple Summer, é uma ótima música, revemos todos os personagens juntos e eles estão ali cantando uma última música (bem calma) para finalizar a peça… só não acho que ela ainda faça parte da história da peça…

Viu só? Não ficou assim tão grande! Para ter comentado cada uma das 19 músicas, eu até que fui bem breve… um pouco foi por causa da minha convicção de não revelar Spoilers também, mas isso não vem ao caso… mas agora vocês já sabem que Those You’ve Known é minha música preferida, mas que tantas outras são marcantes para mim… e vocês? Qual das cenas mais te marcaram?

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