The Lord of the Rings: The Rings of Power (Os Anéis de Poder) 1x03 – Adar

“The sea is always right”

ESSA SÉRIE É UMA OBRA-PRIMA! Eu adoro todo o universo da Terra-Média e sou um grande fã de “O Senhor dos Anéis” (e é muito bom ver uma produção audiovisual que esteja explorando a Segunda Era, enquanto vemos algumas “peças se encaixando” para a grande saga que já conhecemos), portanto a experiência de ver “Os Anéis de Poder” é gratificante. Com um roteiro bem conduzido, personagens promissores (divididos em vários núcleos interessantes), e um visual impecável que não cansa de nos surpreender. Com efeitos de qualidade cinematográfica, “Adar” é mais um episódio que entrega cenários belíssimos e convidativos (conhecemos Númenor, e é um espetáculo), além de sequências de ação eletrizantes (a cena dos elfos contra os orcs nas Terras do Sul foi excelente). “O Senhor dos Anéis: Os Anéis do Poder” vai ser um marco.

Já é.

Galadriel e Halbrand são levados por Elendil até o Reino da Ilha de Númenor – uma coisa que está me chamando a atenção em “Os Anéis do Poder” até o momento é a capacidade da série de incluir em seus diálogos explicações que são pertinentes para a história, mas sem impedir que a narrativa flua, sem que soem excessivamente didáticas… em poucas palavras claras e precisas, Galadriel conta a história de Númenor, o maior Reino dos Humanos, que foi um presente de gratidão dos elfos àqueles que ficaram ao seu lado na guerra contra Morgoth, já que a maior parte dos humanos lutou do outro lado… ainda que Númenor tenha sido um presente dos Valar, os humanos daquele lugar eventualmente pararam de aceitar os navios dos elfos e romperam qualquer relação que existisse entre as espécies. As coisas mudaram muito nesse tempo.

Agora, portanto, Galadriel é vista com olhos temerosos e julgadores, por ser uma elfa… Míriel, a Rainha-Regente, não está nem um pouco interessada em ajudar Galadriel a retornar para a Terra-Média, mas Halbrand negocia, por seus próprios interesses, alguns dias para que ele e Galadriel possam permanecer em Númenor, enquanto Míriel considera o pedido de dar-lhes um barco. Halbrand caça confusão e tenta fazer amigos por Númenor, enquanto Galadriel vai com Elendil até o Salão do Saber, criado por Elros, um lugar onde a história élfica é valorizada e onde ela faz descobertas interessantes para o futuro da trama: parece que Morgoth deixou um plano de criação de um reino onde o mal não apenas prospere, “mas se expanda”, a ser levado a cabo por seu sucessor, e ela também descobre que Halbrand não é quem diz ser, mas, na verdade, um rei.

Como essas duas descobertas vêm junto, seria Halbrand, quem sabe, Sauron?

Afinal de contas, o episódio fala sobre os “muitos nomes de Sauron”.

Mas isso ainda é algo que precisamos explorar com calma… é uma possibilidade, mas sem indícios o suficiente para que se sustente de verdade – mas eu tenho a teoria de que uma história de um rei reassumindo seu lugar seria algo muito parecido com o que já vimos com Aragorn em “O Retorno do Rei”, e talvez a série escolha outro caminho. Em paralelo, o episódio também nos apresenta um nome importantíssimo para toda a história que acompanhamos em “O Senhor dos Anéis”: Isildur. Isildur virá a ser o rei que cortará a mão de Sauron em uma batalha, o separando do Um Anel, dando início aos eventos da trilogia original (conforme acompanhamos na narração do início de “A Sociedade do Anel”), e agora o conhecemos em sua versão jovem, impulsiva e rebelde, na sua relação com o pai e com a irmã… ainda há um longo caminho pela frente para ele.

Por fim, Arondir – que já é um dos meus personagens favoritos de “Os Anéis do Poder”, e que entrega algumas das melhores cenas do episódio, e certamente a fração mais eletrizante dele. Capturado por orcs e feito prisioneiro/escravo ao lado de outros elfos, a trama de Arondir nos apresenta a Adar, alguém aquém os orcs obedecem e veneral, o possível “sucessor de Morgoth”, que atende por vários nomes e é, provavelmente, o próprio Sauron… Arondir protagoniza uma revolta contra os orcs para tentar salvar a própria vida e de seus amigos prisioneiros, e temos uma sequência de ação MARAVILHOSA – e eu adoro como a maneira de se mover de Arondir nos remete, de algum modo, a Legolas… afinal de contas, ambos são elfos e lutariam parecido. Adorei a cena em que ele corre sobre as correntes, a sequência contra o warg, cada detalhe épico… é intenso, é grandioso, é cinematográfico.

Que experiência está sendo “Os Anéis do Poder”. Como valeu a espera!

 

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