Rebelde 2x05 – El Show Debe Continuar

“Bienvenidos al nuevo EWS”

Olha, sinceramente? Bem fez a Celina em fugir dessa palhaçada… “El Show Debe Continuar” deve ser o episódio mais ruim dessa segunda temporada de “Rebelde” para mim, e a principal prova disso é que nem com os personagens cantando “Rebelde” e “Bésame Sin Miedo”, o que deveria ter me feito surtar por causa da nostalgia e tudo o mais, eu consegui gostar… o episódio é ruim em vários sentidos: o roteiro é ruim e não faz sentido, os personagens são chatos e não dá vontade de acompanhá-los… definitivamente é uma série que eu já teria abandonado se eu não estivesse investido em comentar episódio a episódio (mas é uma série que eu cogito a possibilidade de abandonar se ela for renovada para uma terceira temporada, o que não acho que será, não depois de uma segunda temporada tão absurdamente fraca). E a série poderia ter trilhado vários outros caminhos.

Depois de Andi ter uma overdose durante uma aula, ela é internada em uma clínica de reabilitação, o que quer dizer que não tivemos Andi nesse episódio – Andi era uma das poucas personagens de quem gostávamos, e sua saída significa mais tempo de tela para Esteban… e, bem, acho que ninguém pediu por isso. Esteban é um caso à parte de “Rebelde”: o ator fez o favor de deixar todo mundo com ranço dele desde antes da estreia da série, com seus comentários desnecessários sobre como “não gostava de Rebelde e RBD”, mas a isso se soma o fato de que ele é um péssimo ator (totalmente sem expressão, sem emoção, sem carisma, e parece atuar de mau gosto, o que, a julgar pelos comentários que fez, pode ser verdade) e que o personagem é insuportavelmente chato. Foi extremamente difícil acompanhar qualquer cena dele.

O escândalo da overdose tira Celina da direção do EWS e coloca Gus (!) no seu lugar, e então ele estabelece mudanças – como o fato de que os estudantes do MEP são “liberados” de todas as demais aulas para se dedicarem a um musical… o mais bizarro e, convenhamos, sem sentido é que Gus propôs um musical sobre a história da RBD… justo o Gus que chegou fazendo todo aquele discurso sobre como bandas não faziam sucesso, ninguém queria o retorno da RBD, e eles precisavam se destacar como artistas solos e tudo o mais. Não me surpreende que os personagens estejam comentando sobre como o MEP perdeu o sentido e o Under de Dixon esteja ganhando força, com um apoio bacana de MJ, Sebas e Claudia – e essa é uma das poucas partes do episódio que foram mais legais de se acompanhar… poderíamos ter ficado o tempo todo ali.

A ideia toda de “Rebelde: O Musical” é, infelizmente, usada de uma maneira pavorosa – porque é simplesmente jogada, não explorada e vai acabar em um único episódio… não sei se seria o mais acertado para a série “Rebelde” focar na montagem de um musical sobre a novela e a RBD, mas eu digo que isso apelaria para a nostalgia e, se bem feito, poderia trazer muitos dramas diferentes da novela para os personagens, ao mesmo tempo em que intercalava músicas e referências a histórias que conhecemos… a primeira temporada de “High School Musical: The Musical: The Series” fez isso e fez isso MUITO BEM. Talvez fosse algo menos megalomaníaco que seria nostálgico, cheio de referências e com a possibilidade de explorar o novo, porque “HSMTMTS” é a prova de que se pode fazer isso sem ficar para sempre preso a Troy e Gabriella, por exemplo.

Mas não… o musical é desrespeitoso, tratado de qualquer maneira e com pressa, e tem uma escalação péssima também. A série tenta vender Jana como “uma nova Mia Colucci” desde o início e, sinto muito, mas isso não vai pegar; muito menos o Esteban como “um novo Miguel”, o que me incomodou profundamente, porque o Poncho não merecia o Esteban interpretando o mesmo personagem que ele – felizmente não houve muito de Esteban e Jana tentando recriar cenas icônicas de Mia e Miguel… então poderia ter sido pior. MJ é escalada como Roberta, Sebas como Diego, Claudia como Lupita e Luka como Giovanni, mas eles não têm qualquer relevância, e como o tempo é acelerado e o episódio termina na noite de estreia do musical, eu acho que toda essa história vai ficar por aqui mesmo, com a sensação de que desperdiçaram algo que podia ser legal.

A noite da apresentação traz “Bésame Sin Miedo” – e só teve uma coisa que valeu na apresentação: O BEIJO DE LUKA E OKANE. É um beijo de protesto, que modifica a peça, faz a plateia aplaudir, mas Gus e Marcelo surtarem, e o protesto segue com a entrada de vários mascarados, acusando Gus de estar tentando transformar os estudantes do EWS e do MEP em “clones”. Não sei se isso vai dar em alguma coisa, e particularmente acredito que ainda é muito cedo para que Gus seja derrubado, até porque agora ele vai se aliar a Esteban (Esteban promovido de um personagem chato, como ele sempre foi, a um personagem nojento, asqueroso e mau-caráter), mas ainda assim valeu ver que eles não vão ficar quietos… e o retorno de Emilia foi, sem dúvida, o ponto alto do episódio. Afinal de contas, a personagem nem devia ter saído.

 

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