Doctor Who (1996)


Impossível eu fazer um Mês Temático sobre ficção científica e não falar sobre o nosso Doctor favorito de todos os tempos! Vindo do planeta de Gallifrey, com dois corações e Último Senhor do Tempo, Doctor Who é um clássico dos clássicos que nesse ano completará 50 anos desde seu começo… eu sou apaixonado pelas histórias e por toda essa produção, que começou em 1963 e já está em seu 11º Doctor… e mesmo apaixonado pelo Doctor de Matt Smith, acho que o Doctor do filme (sua oitava encarnação) é tão bom quanto ele!
O filme não é nada didático. Felizmente! Se você não gosta de Doctor Who (não sei que tipo de pessoa você seria se me dissesse isso, mas ok) ou se nunca assistiu, pode não gostar do filme. Acontece que ele te joga informações, e explica dentro do mínimo para que você possa acompanhar, mas não vai parar o filme para fazer explicações gigantescas a respeito da TARDIS, dos Senhores do Tempo ou qualquer coisa dessas… mas dá para entender, e se apaixonar pelo filme! A série como um todo parece ter esse espírito em que as coisas são constantemente explicadas novamente sem que nem percebamos, assim atualizando quem chegou depois.
Pobre desses.
O filme traz um dos fatos mais importantes em relação à vida de um Senhor do Tempo. Não, não o fato de que ele tem dois corações, embora isso seja divertido e deixa Grace constantemente amused. Mas o fato de todo Senhor do Tempo ter 13 vidas – assim introduzem o Mestre, vilão do filme, Senhor do Tempo que se encontra em sua última vida, e faz de tudo para roubar o que resta do nosso queridíssimo Doctor. Também vemos a transição do sétimo Doctor (da última série de TV, 26ª Temporada, 1989) para o oitavo Doctor, que infelizmente só esteve no filme.
O nono, décimo e décimo primeiro Doctor são ótimos (já falei sobre o Matt Smith!), mas eu gostava muito do oitavo Doctor. Ele tinha uma personalidade animada e meio maluca, que lembrava um Matt um pouco mais calmo. Portanto eu me divertia bastante com ele. E tinha também a tendência de dar conselhos às pessoas à sua volta, tentando preveni-los de possíveis coisas desagradáveis que podiam acontecer em seus futuros. Embora nunca tenhamos entendido exatamente como isso funcionava, afinal ele nem deveria se lembrar no começo do filme… e, como sempre, sedutor, conseguindo algumas cenas românticas com sua companion Grace (“I AM the Doctor” / “Good. Now do that again”).
Ver esse filme de Doctor Who é mais ou menos como assistir a um episódio duplo. Uma história, contada em uma hora e meia. Paul McGann foi o Doctor que teve menos tempo em seu papel, infelizmente – uma série naquela época teria sido bem vinda, aposto que ele seria um ótimo Doctor. Não sei quanto à Grace como companion, sinto que ia enjoar dela em muitos episódios, mas nunca de Paul. Enfim, de qualquer maneira os dois dividiram cenas muito divertidas e fofas. E eu gosto como as coisas se desenrolam nessas histórias de Doctor Who
A TARDIS fez sua participação sem sair do lugar praticamente. O filme todo se passa na Terra, em um único momento: a temida virada do milênio. Portanto, o prazo para resolver tudo é 00:00 quando 1999 vira 2000. E a estrutura molecular do Planeta Terra começa a mudar drasticamente ao se aproximar desse momento, com o Eye of Harmony aberto sugando tudo para que o Mestre pudesse ter para si o corpo do Doctor. Amei o timing perfeito de todos, amei as cenas no relógio de berílio… amei a curta conversa com Gareth que foi um dos melhores momentos do filme.
Gente, a TARDIS tava meio macabra, não?
E Paul foi tão fantástico como Doctor que eu o colocaria como um dos melhores. Vide aquela cena na moto em que Grace pergunta um pouco sobre seu futuro e ele dá um sorriso que é tão característico do personagem, que eu juro que não sei como os atores que o interpretam conseguem assumir isso tão bem. Porque com a regeneração e mudança de vida, o estilo e personalidade do Doctor também muda, mas parece que sempre tem alguma coisinha que fica para nos dizer que aquele ainda é o mesmo personagem de sempre, e jamais duvidamos disso!
Acho que o filme foi mais ou menos dividido em dois atos. O primeiro com a chegada do Doctor salvando Lee (involuntariamente?) e sua conseqüente morte. E a segunda (muito melhor) com Paul assumindo o personagem. Foi ótimo vê-lo se lembrando, falando depressa coisas que Grace provavelmente nem entendeu, mas era a cara dele. E citações simplesmente fantásticas como “I was with Puccini when he died”, “DaVinci had a cold when he drew that” e “Actually we did meet” (sobre Freud).
Eu assisti ao filme para esse Mês Temático e me peguei fazendo questionamentos bizarros, frutos de uma mente paranóica. Se um Senhor do Tempo tem 13 vidas, e o nosso está em sua 11ª encarnação com o Matt Smith, isso quer dizer que temos apenas mais dois? Com o risco eminente de esse ser o último ano de Matt, e mais uns três com cada um dos subseqüentes, isso totalizaria apenas mais 6 ou 7 anos? Era isso o que eu pensava fazendo o cálculo em minha cabeça. E me perguntava o que o Doctor faria em sua última encarnação. Mas aposto que o roteiro dará um jeito nisso. Porque terminar Doctor Who é uma coisa que não pode acontecer. JAMAIS!
Então Doctor Who termina, e é um dos poucos filmes que você sente a necessidade de ver os créditos. Porque eu não consigo levantar da minha cadeira enquanto aquela música tema estiver tocando. Simplesmente EMOCIONANTE! E significa demais para mim… coração disparado, olhos brilhando (como qualquer vez que eu escute), eu preciso escutar aquilo até o final. E é uma ótima experiência. Para todos os fãs de Doctor Who, essa postagem é uma homenagem a nosso Senhor do Tempo favorito! Quem não conhece, você não faz idéia do que está perdendo… assistam! Até mais…

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