[Season Finale] The Leftovers 1x10 – The Prodigal Son Returns

“I’m beyond repair. Maybe we’re all beyond repair”

Foi um dos episódios mais intensos de The Leftovers – ele ainda não chega a ser o meu episódio favorito na temporada, mas foi um fechamento sublime para uma temporada consistente que mexeu conosco do começo ao fim. Desde sua estréia, The Leftovers sempre traz episódios marcantes, com cenas chocantes e uma narrativa complexa que nos deixa intrigados o tempo todo. E se tínhamos coisas memoráveis em todos os episódios, esse Season Finale veio repleto deles, e acompanhamos momentos de puro desespero e emoção que nos deixa com os sentimentos palpáveis, e meio que nos derruba. The Prodigal Son Returns consegue nos fazer desabar.

Sensacional. O episódio colocou Kevin para lidar com a recente morte de Patti na qual teve ampla participação, e com ele um aliado que continua sendo meu personagem favorito na série: o reverendo Matt. Todas as cenas daquela dupla foram memoráveis, desde quando Matt vê o corpo, o emocionante enterro que fez Kevin derrubar lágrimas durante a leitura da Bíblia, mesmo não acreditando em nada disso, um outro devaneio louco de Kevin que o coloca exatamente na mesma situação do pai, e, por fim, um momento de realmente encarar seus próprios sentimentos: como Kevin está? Engraçado como nunca, antes de hoje, realmente paramos para avaliar a vida dele…

E o quão devastado ele estava.

Depois de Jill ter realmente decidido se unir à GR e ser incrivelmente mais decidida que Meg, eles colocam um perigoso plano em ação: um plano capaz de acabar com Mapleton. Sabe aquele momento em que sentimos uma raiva piedosa mas insistente dos GR? Foi hoje. Eles finalmente foram longe demais em sua missão de “fazer as pessoas se lembrarem”, colocando bonecos de todos aqueles que desaparecera, no dia 14 de Outubro, evidentemente deixando a cidade em um verdadeiro caos. Porque qual era a reação esperada de algo nesse nível? As pessoas reagiriam, obviamente, e seguiram dois principais cursos de ação: um como o da maioria da população, outro como o de Nora.

A maioria da população explode em raiva, e temos as melhores e mais fortes cenas do episódio – quando Kevin retorna à cidade, ele se depara com gritos e tiros por todo lado, as casas onde os GR moravam todas em chamas, até algumas outras… e os GR estão realmente pagando por tudo isso: sendo espancados, baleados ou então queimados vivos. E sinceramente, eles não mereceram isso tudo? Aquelas chamas simbolizando o completo caos eram lindas e aterrorizantes ao mesmo tempo, e nosso coração se apertou no grito sentido de Laurie, que nunca tinha falado até então: “JILL!” E Kevin entra desesperado para salvar a única coisa que lhe resta: sua filha.

Tommy inicia o episódio, e parece-me que toda a trama que envolvia Wayne chegou ao final com pouca explicação, e eu sem ter de fato entendido onde estava toda a história do Escolhido, e tudo o mais. Christine abandonou Tom com a filha dela, e ela já não é mais importante… Tom retornou para Mapleton, teve uma rápida e bonita cena de reencontro com a mãe (será que ele se une aos GR agora?), e Wayne morreu no banheiro, concedendo um último pedido a Kevin: que eu acredito que tenha sido algo similar ao de Nora enquanto escrevia sua carta – um motivo para continuar. Porque aquele perfeito final sincronizado, de Tom e Laurie, de Kevin e Jill voltando para casa, enquanto Nora encontrava um bebê abandonado…

A carta de Nora foi excepcional. Eu realmente me emocionei, tanto com as suas palavras belíssimas, como com as demais cenas que estavam sendo exibidas ao mesmo tempo – tudo foi parte de um fechamento incrível, e sentiremos saudade disso tudo enquanto a segunda temporada não estréia. Muitos pontos continuam soltos, mas temos um panorama geral de onde nos encontramos, e talvez, depois do grande caos, seja a hora de cada um começar a reconstruir sua própria vida. Porque os que foram não importam mais, mas sim aqueles que ficaram para trás…

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