Como Treinar o seu Dragão 2


Não sou o maior fã de meio de trilogia.
Eu lembro-me de como amei Como Treinar o seu Dragão, pela história quase original, mas, acima de tudo, encantadora que acompanhamos. Tínhamos o Banguela conquistando a todos com aqueles lindos olhos grandes, e aprendemos a gostar tanto de Soluço! E todos queríamos um dragão para nós… o Banguela continua fofo, ainda gosto do Soluço e ainda quero um dragão, mas parece que Como Treinar o seu Dragão 2 não atingiu as expectativas. Bem mais morno que seu antecessor, eu não cheguei realmente a me emocionar, ou mesmo me preocupar com os personagens… infelizmente.
Talvez tenha sido a história. Depois de 5 anos, o Soluço agora é um rapaz de 20 anos, com pouquíssima interação com sua namorada (o que quer dizer que eu queria ver mais disso, porque ele com a Astrid foi um dos pontos mais altos do filme!), que se aventura com Banguela para descobrir novos “mundos”, no intuito de mapear o universo à sua volta. De certa maneira, também utiliza isso como uma fuga de seu pai, Stoico, que quer que ele assuma a liderança da vila dos vikings, coisa que ele não se sente preparado para fazer… e em uma dessas andanças dele (embora eu tenha amado a interação daqueles dois no ar, e a maneira como ele criou o mecanismo para vôo, quase se sentindo um dragão) ele descobre uma espécie de pirata de dragão. Não são piratas, são ladrões, mas enfim…
É tudo tão previsível e tão longo. Criaram um universo ao estilo Viagem ao Centro da Terra onde os dragões poderiam viver felizes e em paz, longe dos humanos, e por algum motivo trouxeram a mãe de Soluço de volta. Não gostei dela, e não consigo explicar o motivo. Mas consigo explicar o motivo de terem a trazido: porque iam matar o Stoico no fim do filme, então tivemos um prolongado e forçado “romance” entre os dois que não surtiu nada de interessante… mais interessante mesmo foi ver o pequeno Soluço no berço, recebendo a cicatriz no queixo graças a um dragão amoroso que se interessou bastante por ele. Um vilão que quer controlar o universo, mensagens aqui e ali, uma batalha… fim.
Uma coisa que esse filme fez em comparação ao outro foi expandir o universo. Se tínhamos o Banguela anteriormente, e vários dragões ainda muito jovens, dessa vez eles são grandes, lindos e cheios de personalidade – embora se pareçam mais com animais de estimação como gatos e cachorros, do que de fato dragões. Talvez por isso gostemos tanto deles! Mas é bom ver a evolução da vila, que ama seus dragões, e o visual está MUITO BONITO! Temos cores muito vivas, paisagens belíssimas, e vôos fantásticos e deliciosos de se acompanhar… várias espécies de dragões, inclusive um alfa que deve retornar futuramente, as coisas aumentaram. E o crescimento de Soluço foi justificada pelo final, em que ele assume uma importante posição de liderança. Esperando um Soluço ainda mais velho para o próximo filme!
Mas, de certo modo, achei o filme mais infantil que seu antecessor! Expandiram o universo, o que pode nos proporcionar um ótimo terceiro volume (assim espero), mas perdemos o espírito de novidade, que é sempre o que parece acontecer no meio de trilogias… tivemos aquelas batidas mensagens de união (quando todos os dragões se unem em torno de Banguela para derrotarem o Alfa – e eu gostei da idéia de dragões soltando gelo!), e a previsível cena do Banguela em transe, quebrado quando Soluço conversa com ele e o faz lembrar-se de como eles se amam. Foi bonito? Sim. Eu gostei, mas eu não veria de novo, por exemplo… dragões são lindos e apaixonantes, eu queria alguns daqueles para mim, o Banguela mais parece um cachorro fofinho, e tivemos cenas bem legais, mas o filme não marca. Infelizmente, assim como Universidade Monstros, as expectativas altas não nos deixam de fato aproveitar o filme.

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