Black Box 1x06 – Forget Me


Guiado pela emoção.
Uma das coisas de que mais estou gostando em Black Box (e na verdade é difícil dizer isso, uma vez que estou gostando de tanta coisa) é a emoção que os personagens conseguem passar. Então como uma “típica” série médica, temos esses casos semanais – e personagens como esse de hoje, com a dor fantasma em um membro amputado, contribuem com cenas realmente comoventes que nos marcam! E nos apaixonamos por Catherine mais a cada episódio, porque ela transmite no olhar a confusão de sua personagem, bem como a competência e o envolvimento emocional que sempre tem com seus pacientes… e ela está transformando as pessoas à sua volta.
Leo está de volta, finalmente. Eu juro que fiquei com medo que o personagem fosse tirado da série, mas o fato de o termos novamente hoje meio que nos provou que não. Foi perfeitamente EMOCIONANTE. Foi muito bonito e ao mesmo tempo muito triste acompanhar a sua história de recuperação, ver suas cenas com Ali na qual ele não lembra de coisas simples, ou ainda aquela terrível consulta com o Dr. Bickman na qual ele testa sua memória e prova que Leo está mesmo um desastre – o cúmulo foi aquele teste das dez palavras. Incrivelmente difícil de assistir, e a raiva de Bickman acabou crescendo um pouquinho mais. Foi horrível ver os olhos brilhantes de Leo, e a maneira como ele sai sem falar com a Dra. Black.
“Your insensitive bastard” – amei tudo o que a Catherine disse ao Bickman!
Ao mesmo tempo em que estamos cada vez mais apaixonados por Catherine, e conhecendo-a mais profundamente, temos uma constante relação de amor e ódio com o Bickman que me deixa bastante confuso. Em alguns momentos eu estou adorando o que ele faz, em outros eu estou detestando e querendo realmente socá-lo ou algo parecido. Por outro lado, a série parece querer nos convencer a gostar dele, com cenas nas quais ele prova sua humanidade, como as últimas com Catherine, que mostram-no ajudando Leo e o paciente dela, de maneira muito bonita! Tem como não amá-lo nesses momentos? E sinceramente? Eu torço pelos dois! Aquela primeira cena, completamente provocante, nos deixou apreensivos, e eu gostei de como ela não o beijou.
Mas eu odeio o Will.
Toda a trama da dor fantasma foi incrivelmente bem desenvolvida – é complicado pensar que isso é um problema real, e imaginar a dificuldade para lidar com isso! É muito comum que pessoas com membros amputados continuem a sentir dores onde eles estariam, e esse ator colocou tudo isso no personagem muito bem: a dor inegável, mas a confusão de saber que o braço não está ali, e portanto não deveria estar doendo. Foi bem emocionante. Achei que, pela primeira vez, Catherine fosse estar errada, e que aquilo era mesmo um problema psicológico e não físico, mas tudo girou, com uma cena incrivelmente sarcástica, e ela se provou certa mais uma vez, como sua intuição sempre parece estar. A história teve um desfecho belíssimo, e bastante real, sem toda a fantasia de que tudo está resolvido e perfeito novamente.
A segunda paciente no Cubo do episódio foi a senhorita King – diferente de tudo o que acompanhamos antes, ela foi uma paciente consciente de seu problema. Depois de cair do topo de uma montanha e ter algumas lesões, ela começa a ter visões em sua cabeça, como filmes sendo projetados. Mas ela tem plena consciência de que aquelas imagens não são reais, e por vontade própria ela procura a Dra. Black como ajuda. Efeitos muito bonitos e imagens de encher os olhos (eita trocadilho infame!), tudo teve uma explicação muito plausível e interessante, de que, pelo fato de ser quase cega, o seu cérebro ainda guarda memórias de como era enxergar, e tenta preencher esse vazio com essas imagens criadas por ele, que comumente são muito bonitas.
Síndrome de Charles Brunnet.
Sobre o lado mais pessoal de Catherine, fora do Cubo, o seu pai está de volta depois de muito tempo, e ela ainda está tentando se decidir se deve ou não dar-lhe outra chance de aproximação. “Memories are a funny thing” – o mais interessante foi notar a diferença das memórias entre Joshua e Catherine sobre o dia em que o pai deles foi embora. Como ele o vê como um herói que foi embora para sustentá-los, sem querer de fato ir; e como ela via a situação como abandono, e o culpou a vida inteira por isso. Qual das duas é verdade? Provavelmente nenhuma, mas uma mistura de ambas! É muito bom como Black Box nos leva a reflexões, e é verdade que manipulamos nossas memórias para que condizam com aquilo no que acreditamos, e realmente acreditamos nisso. Interessante, huh?
Final muito bonito, bem como todo o episódio, simples e bem emocionante. Apaixonado!

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