Merlin 2x07e08 – The Witchfinder / The Sins of the Father


O nível da série volta a subir com tudo nesse dois próximos episódios. Os dois episódios anteriores (Beauty and the Beast) não foram assim tão bons, nos trouxeram personagens caricaturados, uma trama aparentemente sem importância, e nada que valesse tanto o episódio (a não ser “I told you so”, claro).
Agora a série retoma seu fôlego, trazendo dois episódios absolutamente ótimos, e que me deixaram de olhos arregalados (e apertando uma almofada por aqui, mas isso não importa). Não sei identificar se Witchfinder ou Sins of the Father é o melhor dos dois, mas acho que fico com o sétimo episódio. Os dois são bons, mas o sétimo foi bom em toda sua extensão, enquanto o oitavo contou com muitas cenas extremamente boas.
Mais do que nunca o tema “bruxaria” se levanta nesse episódio. Temos as acusações contra Merlin, quase um inocente queimado vivo, e um ótimo trabalho em equipe de Merlin com Gwen. Também temos Morgause, e todo o fato de Arthur descobrir sobre “as circunstâncias de seu nascimento”. Mesmo que o fim do episódio não foi assim tão bom quanto poderia ter sido…
Estou esperançoso para o resto da temporada. A cinco episódios de seu fim, ela começou a tomar fôlego de fim de temporada, trazendo episódios fantásticos. Vamos ver como isso se desenvolve até o fim. Acho que episódios como Witchfinder, Sins of the Father e Nightmare Begins nos lembram a razão de assistir a Merlin.
 Mais detalhes no link abaixo:


Em Witchfinder, tudo começa com a fumaça em forma de cavalo conjurada por Merlin. Foi uma cena bastante melancólica, na minha opinião, sentimos a tristeza e solidão do mago, mas não achei que teria tão sérias repercussões. Achei que seria só uma introduçãozinha qualquer. Bem, aquilo nos deu toda a história do ótimo episódio.
Quando Uther diz que chamará o caçador de bruxa, podemos sentir o medo de Morgana. E não é a única vez; no momento em que (mais adiante no episódio) ele diz que o feiticeiro está ali naquela sala, podemos sentir a inquietação de Morgana – “The boy. Merlin.” É bonito ver Arthur não acreditar, mas Aredian (o caçador) é realmente de se assustar…
Momento cômico: Merlin dizendo “Eu não sou uma bruxa; sem vestido nem nada”. E a maneira como Gaius o olha sério. E é basicamente o único momento divertido que temos no episódio, sendo que depois disso ele toma rumos bastante melancólicos e sombrios. Um ar pesado toma conta da série, que transmite isso perfeitamente a quem está assistindo. Mas toda a angústia transformou ele em um ótimo episódio.
Como eles procuram por evidências de bruxaria na casa é grotesco. Senti muita pena de Gaius e raiva de Aredian, que só aumentou de tamanho conforme o episódio passava. Ao menos gostei de ver Arthur dizendo “Você não vai encontrar nada aqui”. E quando o amuleto é encontrado e Gaius assume a culpa… bem, aquilo mexeu comigo. É muito sofrido ver Merlin olhar para a casa naquele estado, e ver Gaius preso. E pensar que o amuleto fora plantado pelo próprio Aredian… Colin Morgan estava melhor do que nunca em sua interpretação! Seus olhos lacrimejantes e tudo o mais… interpretação cada vez melhor, ele conseguiu me emocionar em diversos momentos. E é bom ver Arthur tentando defender o médico.
E Gaius sofreu… e os telespectadores sofreram junto, inevitavelmente. E ainda havia a ameaça de queimar Morgana e Merlin também… Gaius confessando foi algo que me partiu o coração, a maneira como Uther o tratou. Sério, só eu sei como espero ansiosamente pelo episódio em que Uther morrerá! As expressões de Merlin, Gwen e Arthur era basicamente a expressão de cada pessoa assistindo. A sensação de que aquilo não podia estar acontecendo, e de que algo precisava ser feito. Gostei bastante de Arthur nesse momento, por ter detido Merlin quando ele gritou com Aredian e partiu para cima dele. Ele não foi rude, nem nada, apenas disse “Eu cuido disso” e tirou Merlin de lá… e melhor do que isso foi ele deixar que o mago visse Gaius. E novamente os olhos de Colin estavam ótimos.
E a solução aparece num trabalho em equipe de Merlin com Gwen, extremamente bem executado, e que me agradou bastante. Fazia tempo que não víamos os dois trabalhando juntos, e foi bom. Eles convencendo o vendedor a testemunhar foi ótimo, quase aplaudi. E o plano de Merlin… os braceletes, e melhor do que tudo: o sapo saindo da boca de Aredian! Muito mais do que eu esperava. E ele morreu. Mas seria mais legal se ele tivesse sido queimado vivo.
Gostei especialmente do final, por dois motivos: primeiro, por Uther ter pedido desculpas (era mais que sua obrigação) e depois, por Gaius não ter ficado de frescura, simplesmente foi seco com o rei, não importando quem ele fosse. E ainda disse algumas verdades, como “Não sofri nas mãos dele. Sofri nas suas. Ele trabalhava para você. Estava sob as suas ordens”. E é bom ver que ele não cede em momento nenhum. Parabéns Gaius, virei seu fã! Mais.
The Sins of the Father, mesmo sendo um episódio de tamanho normal na série, pareceu passar extremamente depressa. E eu gostei bastante. Gostei de ver Arthur trabalhando ao lado da magia e descobrindo toda a verdade sobre o pai. Colin Morgan novamente interpretou o perfeito Merlin. Só não gostei tanto assim de no fim a magia ter sido considerada má e perigosa como sempre. Mas é a história, que só mudará com Arthur no poder, fazer o quê?
Gostei da apresentação a Morgause, com o duelo, e especialmente o fato de Arthur ter perdido. E é claro que isso gerou algumas partes cômicas, em que Merlin não se agüenta e ri (“I’ll stop talking now”)! Mas era claro que nenhum dos dois ia se matar naquele duelo, e então ele propõe o desafio. É legal ela ajudar Morgana a dormir (sua meia-irmã, é bom Morgana parecer se lembrar dela), e ela enfeitiçando o cavalo de Arthur.
Quanto ao Merlin contando para Gaius sobre como está Arthur (humilhado por ter perdido para uma garota), eu ri bastante: “Você parece estar gostando disso”, “Talvez um pouco”. Por isso que estou ficando tão fã do Colin, porque ele consegue fazer as partes cômicas com perfeição, ter uma expressão malandra, e transmitir muita emoção nos momentos certos. É…
Também foi ótimo Arthur fugindo do quarto – e Merlin o derrubando em cima do estrume (De Volta Para o Futuro?). E após a batalha (que como sempre, Merlin salvou a sua vida, sem ser reconhecido) eu ri com a fala: “Não se preocupe, Merlin. Eu vou sozinho. Fique confortável, deitado aí”.
A passagem através da cachoeira, e o castelo do outro lado foi algo realmente mágico. “Now what?”, “Maybe we should ask the horse”. E gostei de ver Morgause quase cortando a cabeça de Arthur. Mais uma vez era óbvio que não ia acontecer, mas ainda assim dá certa apreensão.
Por um momento, tivemos um Arthur adepto a magia, sem dizer que todos que o praticam são maus, como seu pai tanto afirma. Antes mesmo de descobrir sobre o pai, e Merlin o advertir que Uther não gostaria se soubesse o que ele estava fazendo, ele diz: “Talvez nem todos que praticam magia sejam maus. Talvez não seja tão simples quanto meu pai quer que eu acredite”. E a expressão de esperança de Merlin foi genuína. Gostei de ver Igraine, a mãe de Arthur, e de ele descobrir que ela não podia ter filhos, e que num trato com Nimueh (saudades!), Uther trocou a vida de sua mãe por um filho legítimo, para não acabar com a dinastia Pendragon. Me desculpem a expressão, mas Uther filho da puta! Fiquei revoltadíssimo como Arthur, pela hipocrisia do “rei”.
Ótimas cenas se seguem. Merlin para Gaius: “Ele é tão culpado quanto as pessoas que executou. Ele sacrificou a mãe de Arthur. A assassinou. As pessoas devem saber a verdade sobre o que ele fez”. E foi ótimo ver Arthur revoltado, e brigando com o pai: “Minha mãe morreu por causa do seu egoísmo e arrogância. Seu sangue está em suas mãos. […] Você cassou sua raça como animais. Quantos deles condenou à morte para aliviar a sua culpa? […] MAS VOCÊ NÃO É NADA ALÉM DE UM HIPÓCRITA E UM MENTIROSO!”.
Por tudo isso, Arthur já mereceria aplausos. Simplesmente amei toda a discussão. Mas vê-lo desafiando o pai a um duelo não tem preço. E, como Uther não acreditou, se ele não tivesse se defendido de primeira, Arthur já o teria matado. E tivemos uma bela luta de espadas, vencida por Arthur, que não matou o pai. É claro que foi o melhor, pois o nobre Rei Arthur não poderia ter matado o pai, e isso ficaria em sua consciência para sempre, mas só eu sei como quero ver Uther morto (“Não pense em mim como seu filho”). No episódio que isso acontecer, eu vou rir e festejar. Desculpem-me a crueldade.
E quem colocou juízo na cabeça de Arthur foi Merlin (claro). É claro que foi bonito o que ele fez, e foi o certo, mas isso não impede que a cena toda fique muito triste. Afinal, ele disse que o que Morgause dissera era mentira, e os feiticeiros ficaram como vilãos mais uma vez. Coitado do Merlin, de verdade. E Colin fez seu trabalho perfeitamente. E tivemos Arthur dizendo que Merlin o ajudou a ver que quem usa magia é mau e perigoso. A tristeza nos olhos de Merlin foi de cortar o coração. Imaginem como é, para ele, ouvir essas palavras?
Piada final: “Arthur me agradece; Uther está satisfeito, você orgulhoso. Nunca fui tão popular!”. E o final do episódio, em que Morgause vê Arthur ainda conversando normalmente com Uther através do… bem, aquilo não é uma bola-de-cristal, galera, então sei lá. Mas tem a mesma função… que seja. Quando ela vê a cena e faz aquela cara… não pude deixar de pensar: “Vai lá, Morgause. Faça alguma coisa!”.

Comentários