Primeiro Capítulo de “Além do Tempo” (13 de julho de 2015)

A noviça e o conde.

CAMPOBELLO, SÉCULO XIX. De um lado, Lívia Diffiori, uma jovem cuja mãe a quer manter no convento mesmo contra a sua vontade, como se estivesse “a escondendo do mundo”; de outro, o Conde Felipe Castellini, o sobrinho-neto de uma poderosa Condessa que está retornando para a cidade supostamente para vender a sua propriedade, mas que tem outros motivos para estar em Campobello. Exibido em 13 de julho de 2015, o primeiro capítulo de “Além do Tempo” é uma narrativa calma, linear e contida, que se restringe a apresentar seus protagonistas individualmente, até o momento em que os seus caminhos se cruzam à beira de um penhasco, culminando em um primeiro encontro com direito a um ato heroico e, é claro, amor à primeira vista.

Lívia está há anos no convento, não por escolha, mas porque a mãe impôs sua vontade… seus poucos tempos de “liberdade” são durante licenças ou quando a mãe não está bem e ela precisa sair para ajudá-la na taberna da família. É assim que a encontramos nesse primeiro capítulo de “Além do Tempo”: trabalhando na taberna, sabendo que em breve precisa retornar para o convento. Não é segredo para ninguém que essa não é a vida que ela escolheu para si… em uma conversa com a mãe, ela externa, e não pela primeira vez, a vontade de se casar e ter filhos, porque ela “gosta de crianças”, mas a mãe diz que nada a impede de cuidar de crianças no convento, e ela não vai mudar de ideia – ela aconselha Lívia a nem perder seu tempo, ela não vai voltar atrás.

Enquanto isso, a poderosa Condessa Vitória está retornando para Campobello e, por isso, a sua propriedade na cidade está sendo preparada para o seu retorno – e novos criados estão sendo contratados. Quando Lívia acompanha Anita na entrevista de emprego, sua mãe fica furiosa, e resolve adiantar o seu retorno para o convento de maneira suspeita… mesmo quando ela passa mal e desmaia, ela diz ao médico que Lívia precisa ir embora ainda hoje, e o médico retruca dizendo que quem decide isso é ele e, no momento, Dona Emília precisa de repouso. Consequentemente, ela precisa de alguém que possa ajudar na taberna. Mas Dona Emília já disse antes e ela vai fazer valer a sua vontade: Lívia não pode passar nem mais um dia em Campobello.

Dona Emília não está “escondendo Lívia do mundo” no convento, mas ela está escondendo Lívia de Vitória – por isso é tão importante que Lívia vá embora antes da chegada da Condessa. O capítulo explora brevemente a história de amor com final trágico de Emília e Bernardo, o filho de Vitória cuja vida foi desgraçada pela mãe, que nunca aceitou o romance dele com alguém “de classe inferior”. Em um flashback, vemos Emília/Allegra sendo levada para longe do marido sem poder vê-lo uma última vez, enquanto grita e chama Vitória de “bruxa”. Agora, ela está determinada a nunca deixar que a Condessa Vitória descubra que ela tem uma neta… ela não pode deixar que Vitória estrague a vida de Lívia como estragou a sua e acabou com a de Bernardo.

Em paralelo, acompanhamos os preparativos da Condessa Vitória, em São Paulo, para sua viagem de volta a Campobello, acompanhada de seu sobrinho-neto, o Conde Felipe, que ele quer casar com sua afilhada, Melissa, uma jovem mimada que vive como se já fosse parte da realeza, e que em breve também partirá para a cidade no sul, porque Vitória não quer ela deixe seu noivo sozinho e quer que ela apareça deslumbrante. A chegada atrasada de Melissa, no entanto, vai permitir uma espécie de “desvio” do destino, quando o caminho de Felipe se encontrar ao de Lívia. Enquanto ele está indo para a cidade, Lívia está saindo dela para ir para o convento o mais rápido possível, porque Dona Emília conseguiu mandá-la embora antes da chegada da Condessa…

No caminho a Campobello, Felipe vê um acidente prestes a acontecer quando um cavalo aparentemente desgovernado parece estar levando uma carruagem direto para a morte certa em um penhasco, então ele não pensa duas vezes: ele pega um cavalo e parte para evitar o acidente, salvando a vida de Ariel, o cocheiro, e a moça que ele está levando consigo, Lívia Diffiori. É, digamos, UM PRIMEIRO ENCONTRO IMPACTANTE. Os olhos de Lívia parecem brilhar ao olhar, já encantada, para o homem que acabou de salvar a sua vida, e quiçá ela já esteja imaginando futuros que nunca poderiam acontecer, por causa do convento e tudo o mais; os olhos de Felipe ainda expressam mais surpresa do que qualquer outra coisa. Mas, no fundo, ele está igualmente encantado.

E, assim, a história de amor de Lívia e Felipe começa!

 

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