Mystique in the Mirror – Episódio 6
“Trust your
own instincts. Good luck, boss”
Facilmente o
melhor episódio de “Mystique in the
Mirror” até o momento, e a série se consolida como uma das minhas favoritas
de 2025. Em outras ocasiões, eu comentei sobre como estávamos cheios de possibilidades e certezas – de
que o homem que Alan vê no espelho e pede que ele se lembre é ele mesmo e que
Win não existe, por exemplo –, e esse episódio fez algo interessante: ele não
desmentiu ou derrubou minhas certezas, mas me revelou que há muito mais em que eu não tinha parado para pensar até então…
revemos Alex, o suposto “pai” de Alan, descobrimos alguma relação dele com o
Dr. Nil, e investigamos um pouco da história por trás do hospital e seu
fundador. E, de repente, tudo se tornou muito maior do que eu imaginava!
Retornamos a
algum momento anterior à recaptura de Alan no fim do episódio anterior, quando
ele estava despertando ao lado de Win e o desenhando depois de uma noite
especial. E tal qual a borboleta que sonhou que era um homem, Alan desperta
novamente no hospital no qual o vimos na maior parte do tempo… de novo em sua
roupa azul de paciente, com o “pai” adormecido na cadeira próxima à cama. Esse
Alan que desperta novamente no hospital está dopado, fraco, distante, como se
estivesse fora da realidade – e Alex quer saber por que ele fugiu se isso nunca aconteceu antes. A conversa entre Nil
e Alex e a cobrança revelam uma relação impensada quando o Dr. Nil diz: “Eu o amo tanto quanto você, Alex”. Qual
é a relação do Dr. Nil com Alan, no fim?
Tenho teorias.
Talvez tenha
sido esse o motivo de eu chamar esse de “o melhor episódio da série até aqui”:
gosto de como essa única conversa entre o Dr. Nil e Alex, que já descobrimos
que não é o pai de Alan, tornou tudo
maior e mais complexo e abriu portas para teorias e possibilidades
interessantíssimas. E, no meio disso tudo, também temos o retorno de Si, que
convida Alan para “uma última partida de xadrez antes de ela ir embora”, porque
a família a está vindo buscar, e faz com ele um acordo: se ele vencer, ele pode perguntar qualquer coisa e ela tentará
responder. A cena é conduzida com um quê de mistério e revelação, e quando
o nome de Win é citado, Alan se dá conta de que não o tem querido ver ou
sentido sua falta – e Si entende, então,
o que isso quer dizer…
“Eles aumentaram a dose do seu remédio, não
foi?”
Que Win não
existe além dos olhos de Alan já ficou evidente há bastante tempo, mas eu ainda
gosto demais dessas cenas que vão consolidando esse entendimento. Se a fala de
Si não deixa claro o suficiente que a nova dosagem do remédio suprimiu as
visões que Alan tinha de Win, o fato de o Win só fazer o seu “retorno” quando Alan deixa de tomar a medicação deve ser
prova cabal. A conversa de Alan e Si fala sobre realidade e imaginação e sobre
a tentativa de preencher as lacunas, mas quando Alan vence a partida e pergunta
quem é o homem que ele desenhou em seu
diário, Si diz que não pode responder isso, apesar de ela ter prometido…
ainda assim, ela não deixa Alan sem nada, e fala sobre “devolver algo a ele”,
na mesa onde jogaram xadrez da primeira vez.
Ali, Alan
descobre um segundo diário. Mais
gasto, de meses atrás, e ele percebe que tem muita coisa ali a ser descoberta,
estudada, investigada… para isso, ele vomita o remédio administrado por Pete,
porque sabe que ele lhe tira a lucidez que experimenta agora. Sem medicação,
“subitamente” Alan reencontra Win, que o abraça dizendo que sente a sua falta
desde aquele dia… as palavras do
próprio Alan no diário antigo, no entanto, o confundem, porque parece que ele conhecia Win desde antes. Win “sabe”
exatamente como se explicar, como fazer com que Alan o perdoe – e não é a primeira
vez que ele o faz. Ele fala sobre ter motivos para mentir, sobre precisar se
apresentar como um estranho, e sobre como o faria quantas vezes fossem precisas
para estar com ele…
Alan pede
que ele prometa não o deixar.
Win promete que voltará, não importa quantas
vezes isso aconteça novamente.
O final do
episódio parece uma prévia de algo muito
maior que está por vir… confesso que fiquei alguns minutos pensativo após a conclusão. Alan é
levado até aquele “prédio abandonado”, que é o único separado do restante do
hospital, e ganhamos alguma história para aquele lugar: é a antiga casa de um
homem que se tornou um psiquiatra reconhecido e fundou aquele hospital no qual
eles estão agora… ali, Alan enfrenta seu próprio reflexo e, eventualmente, o
homem mais velho que pede que ele se lembre e, se não puder se lembrar, que
“volte para ele”. Ele também nos dá uma nova informação importante: que “ele
não é seu pai”. Então, vemos uma foto do homem do espelho ao lado de Alex… e
começo a me perguntar: seria Alex filho
de Alan, que é o homem do espelho, afinal de contas?!
E onde o Dr.
Nil se encaixa nisso tudo?
ESTÁ TUDO
MUITO BOM!
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