Goddess Bless You From Death – Episódio 5

Romance do passado.

Com pouco avanço na investigação e mais centrado no romance – tanto na relação de Singha com Thup, que está começando agora, quanto na sua relação com King, com quem ele tem um passado sobre o qual não fala muito –, o quinto episódio é onde eu me despeço da série. Eu queria muito assistir a uma série protagonizada pelo Pooh e pelo Pavel, mas sinto que a série fica aquém de suas possibilidades e todo episódio me dá uma sensação estranha de que “eu queria estar gostando mais”. Não sei se o tom e o ritmo conseguiram se alinhar de verdade, acho que alguns personagens estão fora do tempo, e as diferentes partes da trama seguem conversando da maneira errada, o que prejudica o fluxo da narrativa… não é uma série ruim; mas tampouco é ótima.

No episódio anterior, Thup descobrira um relacionamento entre Singha e King no passado, através de uma foto encontrada nas coisas de Singha enquanto ele arrumava a casa… e agora ele está “bravo” sem que Singha saiba por que ele está bravo, até que ele resolva trazer o assunto à tona – mas não é como se esse relacionamento fosse um segredo, tampouco como se o Singha precisasse contar tudo a Thup, então parece algo bastante imaturo para dois homens supostamente adultos… tudo se revela uma espécie de “jogo” de Thup, que entende, apesar da surpresa inicial, que Singha não “tinha que” contar-lhe nada, mas ele gosta de ver o Singha se esforçando para que eles façam as pazes… então, ele segue para saber até onde ele vai.

Eventualmente, os dois conversam a respeito do passado, e eu preciso dizer: não posso negar que gostei da química de Singha e King. A relação que começa com algum desentendimento rende uma química mais intensa e um envolvimento que é interrompido antes que possamos ver o beijo deles porque “Thup não faz questão de tantos detalhes”. De todo modo, é uma história que ficou no passado e Singha não vê possibilidade de um retorno – embora eu ache que eles precisam conversar e se acertar para serem, de fato, página virada. O passado de um King apaixonado por Singha, no entanto, dá mais corpo às interações no trabalho – das quais, diga-se de passagem, Thup nem deveria fazer parte. Mas ele está ali… ele está presente o tempo todo.

Supostamente, a desculpa para a presença constante de Thup é o fato de que ele vê fantasmas, e o mistério dos sete corpos que está sendo investigado passa pelo sobrenatural. No episódio passado, uma fantasma a la Coringa atacou diretamente o Singha, que foi salvo por Thup, e o Darin, que agora está no hospital, com a companhia de Sey que não sai do seu lado… a descrição de Darin sobre o fantasma que vira bate exatamente com o desenho feito mais cedo por Thup, e essa deveria ser prova o suficiente para Singha de que fantasmas existem, mas ele ainda prefere bancar o cético. De todo modo, as investigações estão dando passos discretos quando eles chegam até um templo por onde algumas das vítimas recentes passaram.

A minha decisão de deixar “Goddess Bless You From Death” por aqui vem, principalmente, da sensação de que a série não é imperdível… o mistério não foi apresentado de forma envolvente o suficiente para que eu esteja ávido por respostas; o romance, por sua vez, não tem nenhuma grande novidade que o torne marcante. É verdade que temos boas cenas entre Singha e Thup, e eu me diverti os assistindo flertar quando Thup se aproxima de Singha e o deixa completamente desnorteado, por exemplo, ou quando o Singha entra na barraca que Thup armara na sala para dormir com ele, mas sinto que não é nada que eu não possa encontrar em algum outro BL com outro roteiro… ainda assim, torço para que a série se saia bem em sua segunda metade!

 

Para mais postagens de “Goddess Bless You From Death”, clique aqui.
Visite também nossas páginas: Reviews de BLs e Produções LGBTQIA+

 

Comentários