It: Welcome to Derry (It: Bem-Vindos a Derry) 1x06 – In the Name of the Father
A filha de Pennywise, o Palhaço Dançarino.
Com uma
introdução breve que nos leva à Juniper Hill de 1935, durante o último ciclo de
ataque da Coisa aprisionada em Derry, “In
the Name of the Father” é o sexto episódio da primeira temporada de “It: Bem-Vindos a Derry” e foi exibido
originalmente em 30 de novembro de 2025, começando a nos preparar para a reta final da temporada que culminará
nos eventos que ficaram conhecidos no universo de “It” de Stephen King como “BLACK SPOT”. O episódio fica aquém de
seu antecessor em termos de suspense e de ação, é verdade, mas é um daqueles
episódios que funcionam como ponte
para o que está por vir, e fiquei pensando repetidamente, enquanto assistia ao
episódio, sobre como eu me afeiçoei a
esses personagens – eu gosto de
verdade deles!
Temos um bom
grupo de protagonistas infantis conduzindo essa primeira temporada da série, e
talvez o próprio Pennywise tenha se dado conta, depois dos eventos nos esgotos
do episódio anterior, de como eles têm
força quando estão juntos – e talvez seja por isso que ele esteja
trabalhando para separá-los. O
episódio é repleto de momentos impactantes, como aquela briga que a Lilly e a
Ronnie protagonizam no esconderijo do grupo, em que ambas dizem coisas que
estavam entaladas na garganta, mas que talvez não quisessem de verdade dizer
daquela maneira… Rich é quem percebe que talvez seja justamente isso o que a
Coisa quer: colocá-los uns contra os
outros. Ainda que a percepção dele seja acertada, ele é ignorado pelas
garotas dominadas pela raiva.
Will, então,
resolve seguir Ronnie… e eu gosto muitíssimo
de como Will vem crescendo como personagem, se tornando facilmente um dos meus
preferidos em “It: Bem-Vindos a Derry”.
A sua cena com Leroy, o pai, ainda no início do episódio é de tirar o fôlego e
evidencia a complexidade das coisas e os reflexos do medo. É a primeira vez que
Will tem amigos de verdade e se sente parte de um grupo que precisa dele, então ele não pretende abandoná-los ainda que o
pai tente proibi-lo de entrar novamente em Derry – a intensidade de ambos leva
a situações extremas como quando Leroy bate no filho, que o desafia de peito
erguido e com uma boa resposta na ponta da língua, e a ação é motivada por uma
tentativa de proteção que é colocada de maneira equivocada…
Os
resultados ainda devem ser sentidos no futuro.
A decisão de
Will é, no entanto, imutável: sua cena com Ronnie é igualmente impactante,
embora com um tom completamente diferente – ele se mostra presente,
compreensível, e a conexão dos dois é palpável, até que eles sejam
interrompidos por Charlotte, que quer levar a ambos até um lugar… e ela leva as
crianças até o galpão onde Hallorann e outros companheiros negros da base estão
“se escondendo”, um lugar que já está sendo chamado de “Black Spot”. Foi para
esse lugar que Hank Grogan foi levado depois de sua fuga durante a
transferência para Shawshank, e a emoção de Ronnie correndo para abraçar o pai
é genuína… tão contagiante que arranca um sorriso emocionado de Will – e,
eventualmente, Will ganha uma “missão” do pai de Ronnie.
Enquanto
isso, Marge e Rich também compartilham algumas das minhas cenas favoritas do episódio! Eu gosto de como
o episódio é conduzido para que os dois terminem percebendo o quanto estão
apaixonados um pelo outro, e isso no meio de toda a “confusão” do terror que
estão vivendo, sem que isso se perca de vista… é tão natural, tão bem colocado,
tão gostoso de acompanhar, e serve ao roteiro, aos objetivos e ao tom da série!
Há um quê de “esquisitice” na maneira como Rich e Marge “se encontram” no que
não é convencional – gosto de como há imensa sinceridade e imediata conexão na
cena em que Rich se voluntaria para ajudar Marge com o curativo do seu olho e
ele não demonstra nojo ou repulsa… na
verdade, ele fica meio fascinado.
Marge estava
precisando de uma companhia como a de Rich… e eu sinto que, de alguma maneira,
é Rich quem lhe dá coragem para se livrar
das Pattycakes de uma vez por todas! Ela ganha um tampão “de pirata” de Rich
segundos antes de ser interrompida por Patty que tenta arrancá-la de lá e
fazê-la retornar para o grupo nojento das patricinhas, mas Marge está cansada
disso tudo, e resolve demonstrar isso da melhor maneira possível: a maneira como ela arranca o tampão e o
curativo de uma vez e grita “Patty… I am a freak!” para assustar Patty e as outras meninas é fenomenal. Se o Rich já
não estivesse completamente apaixonado
por essa garota, ele teria se apaixonado naquele momento, e é a coisa mais
fofa do mundo ver a sua carinha todo encantado!
Rich e Marge
acabam, mais tarde, em uma festa no “Black Spot” com os demais, para onde eles
vão tentando trazer Ronnie de volta, porque acreditam que precisam de sua ajuda
contra a Coisa que vive nos esgotos… eles
precisam enfrentar isso juntos. E enquanto outras coisas estão acontecendo
ao seu redor, Rich e Marge parecem quase à parte, tomando sua “coca”,
observando danças exóticas e se
conectando. Adoro o paralelo da cena
de Rich encantado com Marge anteriormente que se constrói aqui, quando ele é
convidado para tocar bateria junto com a banda, e ele simplesmente arrasa (com a coragem talvez dada pelo
álcool que ele nem sabe que está ingerindo). A expressão no rosto de Marge
olhando para ele aqui é a mesma dele olhando para ela antes…
Foi ali que ela se apaixonou de vez.
Lilly,
enquanto isso, lida com uma situação perigosa e faz descobertas que nos
conectam novamente à introdução do episódio, quando estivemos em Juniper Hill
em 1935 e descobrimos que a enfermeira que acompanhara Mabel naquela ocasião é
Ingrid, a mulher em quem Lilly tanto confia e com quem vai conversar… Lilly
adentra um sótão repleto de revelações: um álbum com fotos de um homem com o
mesmo sorriso da Coisa em forma de palhaço que a atacara no esgoto e um quadro
com o Pennywise, “o Palhaço Dançarino”, e então tudo começa a fazer sentido: Ingrid é a filha do Pennywise original… não
a Coisa, mas o Palhaço Dançarino cuja forma ele copiou. No entanto, Ingrid
claramente não sabe diferenciar o que é seu pai e o que é a criatura…
A
continuação do flashback original nos
permite entender a extensão do desequilíbrio de Ingrid, a Periwinkle, capaz de
fazer qualquer coisa para ver o pai
novamente uma única vez – ainda que “ele” protagonize aquela sequência
sangrenta e aterrorizante na qual Pennywise ataca e devora uma garotinha na
frente de Ingrid… depois daquele momento, no entanto, a criatura metamorfa
capaz de assumir qualquer forma aparece não como Pennywise, mas como o pai de Ingrid, e não é difícil
convencê-la de que se trata dele e de que ele precisa de ajuda. Desde então,
Ingrid ficou obcecada na busca por “Pennywise”, convencida de que se trata de
seu pai, e agora ela está feliz com a notícia de que Lilly o viu novamente… Lilly escapa dali por um triz, com um grito
desesperado que enfim coloca para fora.
E tem tanta
coisa naquele grito! Acima de tudo, frustração.
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