Doctor Who 8x02 – Into the Dalek


Um dos melhores episódios de Daleks que essa série já viu!
Quando estamos falando em vilões de Doctor Who, impossível não voltarmos aos Daleks – os tão adorados vilões que nutrem um ódio incomparável contra o Doctor, e basicamente todo o restante. Daleks são feitos de ódio, e é isso o que os define. Não fazem parte dos vilões mais assustadores de Doctor Who, lista na qual eu incluo os Weeping Angels e os Silence, mas certamente são um dos mais icônicos, porque escutá-los gritar “Ex-ter-mi-na-te” naquela voz mecânica é incomparável. Me dá arrepios e uma nostalgia terrível toda vez que isso acontece!
Lembram-se da teoria do Dalek bom? Sempre nos pareceu que isso não existe, embora a conduta dos Daleks já tenha sido questionada repetidas vezes – tivemos até um conto muito interessante no ano passado sobre isso! Mas dessa vez, o Doctor se depara com um Dalek aparentemente doente, que precisa de ajuda. E ele resolve ajudá-lo, com um pouco de pressão externa, ao ouvi-lo afirmar que “os Daleks precisam ser destruídos”. Um vazamento de radiação está danificando suas próprias programações básicas, e o tornando diferente daquela imagem clássica que todo mundo produziu de um Dalek. E se o Doctor conseguir, mesmo, ajudá-lo e ele se provar um “Dalek bom”?
DANNY PINK! \o/
Adoro como a série resolve brincar conosco. Lembram-se quando Clara foi anunciada como a nova companion do Doctor na sétima temporada, mas apenas para a segunda metade? O que fizeram então? Em um outro fantástico episódio envolvendo Daleks, a incluíram como Clara Oswin Oswald, e tivemos um gostinho do que teríamos pela frente… Danny Pink retornará à série como novo companion do Twelfth Doctor em breve, mas já o conhecemos nesse episódio, coisa pela qual eu não estava esperando, mas achei fascinante! Foi bom conhecê-lo com antecedência, entender um pouco mais de quem é ele, e ver a ligação dele com Clara que me deixa esperançoso de que ela talvez não precisa deixar a série por enquanto. Mas vai saber…
O Doctor vai buscar Clara três semanas depois dos acontecimentos do último episódio – levando consigo o café que ela tinha pedido, tanto tempo atrás, em Glasgow. Porque acho que, apesar de tudo, o Doctor não tem muita noção de tempo. Olha quanto tempo ele deixou a Amy esperando! Tivemos uma nova candidata a companion, que inclusive usou a frase de Clara de “It’s smaller on the outside”, não com o mesmo impacto, evidentemente, e chegou a pedir ao Doctor que ele a levasse consigo, mas ele não aceitou, porque ela era um soldado. Eu fico me perguntando, então, como é que Danny Pink subirá a companion se o Doctor não quer soldados? Por enquanto, ficamos com as cenas de Clara flertando com ele, que foram divertidíssimas.
Toda a equipe que vai “ajudar” o Dalek “doente” é encolhida e mandada para dentro dele, Into the Dalek. Temos uma infinidade de cenas interessantes, e podemos conhecer mais do Doctor de Peter Capaldi, e consequentemente nos apaixonar semrpe mais e mais por ele. Sinceramente? Ele é absurdamente diferente do que estávamos acostumados. Muito menos gentil ou humano, ele faz comentários bem maldosos às vezes, e age sensatamente quando precisa salvar-se – como naquela cena dos anticorpos e o “He was dead already, I was saving us”. Essa frieza com a qual ele reage à morte de Ross é inovadora, mas tão profundamente real. E eu estou adorando essa nova personalidade. Os trocadilhos, a inteligência, e a preocupação com os demais que ocorre apenas de uma maneira mecânica, mas não realmente humana.
Não sei se fui claro.
Afinal, eu não sou a Clara, que consegue realizar coisas fantásticas! “He’s getting us out of here. The difficult part is not killing him before he can. Also there’s the puns”. Afinal, tentar “ajudar” ou “consertar” um Dalek foi retorná-lo à sua função normal de Dalek, que nada mais é do que o ódio. E enquanto o Doctor estava de certa maneira satisfeito por estar certo, e não existir Daleks bons, e conformado com a morte, foi ela, novamente, que o deu um tapa na cara e o chamou para a realidade: de que eles tinham aprendido que sim, um Dalek pode ser diferente. E tivemos aquele plano genial no qual Clara foi mandado para o cérebro do Dalek a fim de reaver suas memórias, enquanto o Doctor fazia um daqueles seus discursos…
E se conectava a ele. Foi tudo muito bonito e incrivelmente bem feito, mas também foi muito triste – e parece que temos um dos Doctors mais difíceis de se adaptar, de aceitar quem ele é, questionar ele mesmo e suas motivações. Clara conseguiu as memórias de volta, o Doctor conseguiu se conectar aos Dalek a ponto de compartilharem uma alma; e o que ele descobriu? O ódio do Doctor pelos Daleks, e saiu por aí ainda exterminando, Daleks dessa vez. “You looked inside of me and saw hatred. That is not victory. Victory would be a good Dalek”. Isso realmente me partiu o coração, mas foi uma jogada do roteiro muito inteligente e emocionante. E sabe a realidade e a verdade que aprendemos hoje, mas na qual nunca tínhamos pensado? Existe, sim, Dalek bom: e é o Doctor.
A grande pergunta que guiou esse episódio foi aquela que vimos nos trailers antes da estréia da temporada: “Am I a good person?” Coisa que Clara responde duas vezes, de maneiras um tanto diferentes. Primeiro ela usa um “I… don’t know” – porque realmente, como saber? Depois ela expande isso, com os acontecimentos todos do episódio, e fica muito bonito: “You asked me if you are a good person and the answer is ‘I don’t know’. But I think you try to be, and that’s probably the point”. Mas de uma maneira menos profunda e reflexiva, os dois tiveram outros ótimos momentos que mostram a química desses dois, e foi fantástico, como: “Do I pay you? I should give you a raise” “You’re not my boss. You’re one of my hobbies” e a fantástica [amo você, Capaldi!] resposta a “Como estou?”: “Meio baixa e rechonchuda, mas com boa personalidade. É isso que importa”.
Por fim, a pergunta que não quer calar: QUE DIABOS É A MISSY?
“Hello, I’m Missy. Welcome to Heaven”

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