Malhação 2004 – Trabalho Comunitário

A supervisora de Gustavo!

Chegou a hora de Letícia e Gustavo se aproximarem e se conhecerem melhor… depois do julgamento do caso do estaleiro municipal, Gustavo teve a sua pena de um ano de detenção substituída por um ano de serviço comunitário, o que ele acha até que “bem tranquilo”, porque pode ser “legal” fazer algo útil e ajudar quem precisa. O que ele não esperava, é claro, é que ele acabasse trabalhando no famoso amparo social onde Letícia trabalha há tanto tempo. Quando ele chega para o seu primeiro dia de trabalho e é apresentado ao lugar e pergunta o que vai ter que fazer ali, a assistente social diz que “quem vai explicar isso é a sua coordenadora”, e sabemos exatamente quem ela foi buscar: A LETÍCIA. A sua pena acaba de se tornar um pouco menos “tranquila”.

Naturalmente, as coisas entre Gustavo e Letícia não vão muito bem inicialmente… Gustavo quase se sai bem com as crianças, porque tem carisma e sabe brincar com elas, mas, ao mesmo tempo, ele não sabe dar limites e transforma tudo em uma “baderna”, e embora distraia as crianças, ele não cumpre o objetivo real do amparo social, que tem a ver com ensinar algo produtivo às crianças e impor limites: é isso que faz com que eles consigam mudar de vida de verdade. É bom, no entanto, que Letícia tenha sido colocada devidamente em uma posição de liderança aqui, então quando ela dá broncas e Gustavo tenta contra argumentar ou se queixar, ela pode simplesmente interromper e soltar algo como: “Cala a boca, Gustavo. Eu sou a sua supervisora”.

Ele está na mão dela… e sabe disso.

Gustavo terá que passar por um sério processo de amadurecimento, como sabíamos desde que a temporada começou: não tem como torcer por um romance dele com Letícia ainda, até que ele se torne uma pessoa pelo menos um pouco melhor… quando um garotinho especialmente difícil começa a dar problema, por exemplo, porque “acha a Letícia chata”, Gustavo não age da maneira correta: quando William arma para derrubar um balde de tinta em Letícia, Gustavo faz tudo absolutamente errado, tanto quando ri de Letícia quanto quando diz que “William é um dos dele”, porque isso reforça o comportamento errado do garoto, e o pior é que o Gustavo continua errando o tempo todo, não é apenas um momento, uma risada e/ou um comentário fora de hora.

Quando a Letícia retorna, depois de ter se lavado da tinta que jogaram sobre ela, por exemplo, Gustavo debocha dela na frente de todas as crianças, perguntando por que ela se lavou “se aquela cor ficava tão bem nela” (passo um nervoso!), que é uma atitude que precisa ser corrigida no próprio Gustavo, antes de passar adiante para as crianças… ele não pode agir como um babaca dessa maneira e tem muito a aprender e mudar. As crianças precisam de limites, e Gustavo também, para entender que não está ali para brincadeiras, e que não pode tratar os outros dessa maneira. Então, Letícia começa transferindo o Gustavo de setor, dizendo que ele já provou que não está preparado para lidar com as crianças e, por isso, vai ficar com a faxina de agora em diante.

E ELA ESTAVA CERTÍSSIMA!

Como eu disse, felizmente a Letícia está em uma posição de liderança aqui. Gustavo até bufa, até diz que não quer ficar com a faxina e que “leva jeito com as crianças”, a acusa de estar se vingando porque ele a chamava de “Miss Gari”, mas Letícia segue irredutível durante todo o tempo, e diz que, ali, ele não tem querer… Gustavo até ameaça sair e conversar com a assistente social, e Letícia permite que ele vá, como um garotinho mimado que acha que está com a razão, e ele volta emburrado, mas em silêncio, e pega o balde e o esfregão para começar a faxina. FOI MUITO BOM VÊ-LO “DERROTADO”. Enquanto Gustavo fica limpando o lugar, Letícia leva as crianças para fora, para jogar queimada, e é o que eu venho dizendo o texto todo: Gustavo fez por merecer.

Agora, no entanto, Letícia passa o tempo todo irritada com o Gustavo, pensando e falando sobre ele, e esse deve ser o motivo do eventual término do namoro dela com Felipe, até porque ela e Gustavo vão, de uma maneira ou de outra, se aproximar. Existe muita provocação e muita farpa, é verdade, mas Letícia também vai descobrir coisas a respeito de Gustavo, como quando ele derruba umas coisas, Letícia lhe dá uma bronca e ele fala que “está com umas coisas na cabeça” e ela debocha, perguntando sobre seu tipo de problema: onde vai passar suas férias de julho, se em Nova York ou em outro lugar; se compra um carro importado ou uma moto de último modelo; mas, exausto e nervoso, Gustavo diz que não, que o que tem na cabeça é que os pais estão se separando.

Naquele momento, Letícia para: não sabia que Gustavo podia ter problemas reais.

Aos poucos, as coisas tendem a mudar para eles.

 

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