Dead Boy Detectives 1x07 – The Case of the Very Long Stairway

“Charles, I’m in love with you”

Com gostinho de Season Finale, “The Case of the Very Long Stairway” é, provavelmente, O MELHOR EPISÓDIO DA TEMPORADA. Estou muito ansioso pelo que o próximo episódio vai nos entregar, mas eu acho muito difícil que eu venha a considerá-lo melhor do que esse aqui, porque foi um episódio impecável, que focou na relação de Edwin Payne e Charles Rowland, depois de Edwin ser levado de volta para o Inferno e Charles fazer de tudo para resgatar o seu melhor amigo, com direito a emoção, uma declaração das mais belas possíveis, muito ação e efeitos de tirar o fôlego! É o episódio através do qual eu me lembrarei de “Dead Boy Detectives” de agora em diante – e, mais uma vez, eu reitero o que venho dizendo há muito tempo: eu amo essa série!

Desde que Edwin foi levado para o Inferno no fim do episódio passado, Charles está disposto a qualquer coisa para salvá-lo… ele só precisa que alguém abra um portal para o Inferno para ele – e talvez a Enfermeira da Noite possa fazê-lo. Então, Charles faz um acordo com ela: se ela o ajudar a ir até o Inferno para resgatar Edwin, então eles irão com ela para o Departamento de Achados & Perdidos do Além quando eles voltarem, enquanto ela decide o que fazer com eles… afinal de contas, ela já está se perguntando se o fato de Edwin ter sido designado para o Inferno pode mesmo ter sido um erro. Na verdade, Edwin foi sacrificado a um demônio durante o ritual de uns garotos em sua escola, não parece justo que ele seja condenado a uma eternidade no Inferno!

Para provar que está dizendo a verdade e pretende honrar seu acordo, Charles deixa que a Enfermeira da Noite entre em sua mente, e essa é uma das melhores cenas não só do episódio, mas da série, quando acompanhamos a morte de Charles Rowland. Logo que foge do Inferno, em 1989, e visita a escola em que estudara e morrera, Edwin encontra Charles morrendo de hipotermia e hemorragia interna – e o fato de Charles poder vê-lo é o suficiente para que Edwin saiba que é tarde demais para ele, mas ele não lhe diz nada, apenas lhe faz companhia em uma sequência de cenas lindas que é onde nasce a amizade e o amor deles… e a Enfermeira da Noite entende, na morte de Charles, que ele abriu mão da possibilidade de uma eternidade tranquila para estar com Edwin.

ALI, EU JÁ TAVA TODO EMOTIVO.

Enquanto isso, Edwin está enfrentando a angústia de estar de volta no Inferno, onde ele ficou durante sete décadas e de onde escapou com muito custo… e dessa vez, quando ele reencontra Simon, um dos garotos responsáveis pelo ritual e o sacrifício que o matou em 1916, ele acaba sendo atraído para dentro de um espelho que o leva a conhecer um rosto já familiar aos fãs desse universo de Neil Gaiman: DESESPERO. Em uma cena rápida, mas perturbadora e cheia de possibilidades para o futuro (!), Edwin Payne conhece Desespero, um dos Perpétuos que já foram apresentados em “The Sandman”, e Desespero parece ter demonstrado um interesse especial em Edwin… mas Edwin é devolvido ao Inferno, onde ele tem “contas a acertar” com Simon.

A cena com Simon é surpreendente e forte. O encontro com Desespero “salva” Edwin, de alguma maneira, porque ele percebe que estava, sim, prestes a tripudiar de Simon, de dizer que ele merecia estar ali depois do que fizera com ele, mas então ele diz que não é isso o que ele quer fazer… o diálogo gera uma importante conclusão para ambos, e é nesse diálogo que algumas coisas são reveladas quando Simon diz que “Edwin ficava muito bonito com aquele chapéu azul que ele usava” e diz que Edwin “nunca conversou com ele”. Isso não inocenta o Simon, de maneira alguma, mas entendemos que há mais complexidade na maneira como ele tratava o Edwin do que “que ele era um bully” e só. E Edwin o perdoa… até o chama para fugir dali com ele.

No mundo dos vivos, como Charles foi veementemente contra a possibilidade de Crystal ir ao Inferno com ele porque ele não quer colocar mais ninguém em perigo nem se preocupar com ela enquanto tenta salvar o Edwin, Crystal empreende uma jornada sozinha (ou quase, porque Jenny acaba a acompanhando e tendo um papel importante em toda a história) em busca de David, o seu ex-namorado demônio que ela espera que possa abrir uma porta para o Inferno ele mesmo… e isso acaba gerando um dos maiores embates de Crystal na temporada. No fim, ela não consegue uma passagem para o Inferno, mas os seus novos poderes, descobertos no último episódio, a ajudam a se livrar temporariamente de David e, mais do que isso, a recuperar as suas memórias.

Mas ela não deve gostar do que vai ver.

Charles, por sua vez, desce as camadas do Inferno em busca de Edwin usando as anotações meticulosas feitas por ele no caderninho que sempre carrega consigo depois de sua fuga. E é profundamente desesperador o momento em que Charles finalmente encontra Edwin, encolhido em um canto, chorando, todo sujo de sangue, e quando ele tenta conversar com ele, ele é carregado novamente pela “aranha” feita de cabeças de bonecas que veio à Terra para levá-lo de volta ao Inferno… quando Charles volta a encontrá-lo, outra “versão” dele, Edwin explica qual é a sua punição, o que ele tem que aturar de novo e de novo e de novo, incessantemente, para toda a eternidade – mas Charles não pensa em deixá-lo para trás. Ele vai ajudá-lo a fugir.

E QUE CENA MARAVILHOSA!

A dinâmica perfeita entre Charles e Edwin enquanto eles passam novamente pelas camadas do Inferno, agora diferentes para Charles, rende uma cena que é eletrizante e surpreendente. E enquanto eles sobem a longuíssima escada de volta ao portal aberto pela Enfermeira da Noite, que os levará de volta à Terra, Edwin diz o que está guardado dentro dele há tanto tempo e que o está consumindo, por isso ele precisa colocar para fora: ele diz a Charles que o ama… e mais do que como a um amigo; ele está apaixonado por ele. Edwin está mais lindo do que nunca quando ele diz isso, e eu me enchi de orgulho de vê-lo conseguir dizer isso. Charles também é um fofo e diz que ele é seu melhor amigo, que não existe mais ninguém no mundo por quem ele iria ao Inferno e eles têm a eternidade toda para desvendar o resto.

AI COMO EU AMO ESSES DOIS.

 

“I love you”

“Great. Love you too. Can we go?”

“As more than a friend, I'm afraid. Charles, I'm in love with you. You don't have to feel the same way. I just need you to know […] Charles, I'm being quite serious, in the event that wasn't obvious”

“I want you to listen to me. You, Edwin Payne, are my best mate. That will never change. You are the most important person in the world to me. And I can't really say that, like, that I'm in love with you back, but there's no one else, no one else, that I would go to Hell for. And we've got... And we've got literally forever to figure out what the rest means. As long as we get out of here. Okay?”

 

Que episódio perfeito. Não quero me despedir de “Dead Boy Detectives”.

 

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